Bernardinho volta a treinar seleção ao assumir França no ciclo Paris-2024

Bernardinho no comando do Brasil nos Jogos Rio-2016 (FIVB/Rio-2016)

Bernardinho está de volta ao vôlei de seleções após pouco mais de quatro anos. Nesta segunda-feira (12), o treinador bicampeão olímpico pelo Brasil, em Atenas-2004 e Rio-2016, foi confirmado pela FFVB (Federação Francesa de Voleibol) como técnico da seleção masculina da França para o ciclo de Paris-2024. O brasileiro, que além as duas medalhas de ouro soma mais quatro pódios em Olimpíadas, assumirá o lugar de Laurent Tillie assim que acabar dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, confirmado de 23 de julho a 8 de agosto.

+ Assine a VolleyPlay e tenha acesso aos conteúdos exclusivos do vôlei

“Estou muito honrado com o convite. Esta decisão não foi fácil porque requer alguns sacrifícios pessoais, mas, quando olho para a seleção da França e sua evolução, fico muito entusiasmado com a ideia de levar minha experiência. O objetivo é a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris. É um verdadeiro desafio que nos espera. Esta equipa tem potencial e gostaria de destacar o trabalho admirável que Laurent Tillie tem feito com os seus jogadores ao longo dos últimos nove anos”, afirmou Bernardinho, que está com 61 anos.

“Quero continuar este trabalho, ultrapassar os limites e as capacidades de cada um, continuar a fazê-los crescer como atletas e como seres humanos. É uma etapa necessária. Mas, por enquanto, só pode haver um objetivo: a Olimpíada de Tóquio. Então, vou deixar Laurent, sua equipe e seus jogadores trabalharem para ter o melhor desempenho em Tóquio. Eles têm a capacidade e o talento”, acrescentou o treinador, que foi técnico das seleções feminina e masculina do Brasil entre 1993 e 2016.

+ Acompanhe o Saque Viagem no Youtube, Instagram e Facebook

O primeiro desafio de Bernardinho com a seleção masculina da França será a disputa do Campeonato Europeu de 2021, entre 1° e 19 de setembro, na Polônia, República Tcheca, Finlândia e Estônia. O técnico brasileiro assume um time que conquistou recentemente o Europeu, em 2015, e a Liga Mundial em 2015 e 2017, porém, fracassou em grandes competições como Jogos Olímpicos e Campeonato Mundial. Além do desafio de levar os Bleus ao ouro olímpico dentro de casa, o treinador terá a missão de unir um grupo rachado desde a briga entre o ponteiro Ngapeth e oposto Boyer.

💣💣💣 Bernardinho à la tête de l’Equipe de France après les Jeux Olympiques de Tokyo !
Tout simplement le plus grand palmarès du coaching mondial 💥
Le communiqué ➡️ https://t.co/KnVwnkMb7B pic.twitter.com/SfwCc6gsxU

— FFvolley (@FFvolley) April 12, 2021

Dirigentes comentam chegada de Bernardinho

Bernardinho observa ataque de Lucão no jogo entre Brasil e França na Rio-2016 (FIVB/Rio-2016)

Jogando em casa, a França buscará em Paris-2024 sua primeira medalha olímpica no vôlei masculino e, para isso, contratou um técnico acostumado a estar no pódio em Olimpíadas. Medalha de prata como jogador em Moscou-1984, Bernardinho conquistou duas medalhas de bronze com a seleção brasileira feminina, em Atlanta-1996 e Sydney-2000, e duas pratas com o masculino, em Pequim-2008 e Londres-2012. Além do ouro em Atenas-2004, o técnico foi campeão em 2016 pelo Brasil e, no caminho, eliminou a França na última partida da fase de grupos.

“Ficamos muito felizes que o Bernardinho aceitou nossa proposta. A sua enorme história é a prova do nosso desejo de ver a equipa francesa continuar a evoluir ao mais alto nível e ambicionar pódios. Estamos convictos de que, com a sua experiência e os seus elevados padrões, saberá ajudar na Olimpíada que será, particularmente, muito importante para nós, tendo em vista que os Jogos acontecerão em Paris em 2024″, declarou Eric Tanguy, presidente da FFVB. Quem também vibrou com a chegada de Bernardinho foi Axelle Guiguet, diretor técnico da entidade.

“A chegada de Bernardo Rezende é uma ótima notícia para o voleibol francês, que se aproxima da próxima Olimpíada com a maior das ambições. Recrutar o melhor recordista mundial como treinador era óbvio em vista dos nossos objetivos (a medalha de ouro em Paris-2024)”, disse o dirigente, que agradeceu o apoio de Claude Onesta, diretor da Agência Nacional do Desporto. “Quando Eric Tanguy me falou sobre a possibilidade de recrutar Bernardo Rezende, aprovei a medida por causa de sua experiência internacional, histórico e o pode trazer para a seleção francesa de vôlei”, disse Onesta.

Golden Set #18 – Semis da Superliga + Fê Garay + Seleção feminina

#79 NA ÍNTEGRA – O MINAS É TRICAMPEÃO DA SUPERLIGA