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Bethania de la Cruz: “Se você tem a oportunidade de jogar, tem que aproveitar”

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De la Cruz está no Brasil para a disputa da etapa de Brasília da Liga das Nações (Fotos: Divulgação/FIVB)

 

Por Sidrônio Henrique, de Brasília (DF)
22 de maio de 2019

 

Ela foi uma das maiores atacantes desta década. Defendendo a razoável seleção da República Dominicana ou em um clube do primeiro escalão mundial como o Eczacibasi-TUR, a ponta/oposta Bethania de la Cruz marcou época nas quadras com seu alcance e potência. Difícil para um fã da modalidade não lembrar sua participação em momentos como a conquista da Champions League 2014/15 pela equipe turca ou a marcação pesada que exigia das oponentes em Campeonatos Mundiais e na Olimpíada de Londres, em 2012.

Aos 32 anos, essa atleta de 1,88m vive outra realidade, depois de uma lesão no ombro direito em 2015 que a obrigou a passar por uma cirurgia e ficar quase um ano afastada do voleibol. “Se você tem a oportunidade de jogar, tem que aproveitar. Fisicamente me sinto forte, tenho treinado bem, posso dar algo, seja num clube, seja na seleção”, afirma ao Saque Viagem, em Brasília, onde enfrenta o Brasil nesta quarta-feira (22), às 20 horas (com transmissão do SporTV2), pela segunda rodada da Liga das Nações. Nessa terça-feira (21), ela marcou 12 pontos na vitória dominicana por 3 a 1 sobre o time B da Rússia.

 

 

RETORNO
Antes do Eczacibasi, havia brilhado nas ligas japonesa e sul-coreana. Após a cirurgia, de la Cruz voltou às quadras no Dínamo Moscou-RUS, na temporada 2016/17. Na seguinte, foi para o italiano Scandicci, mais modesto. No período 2018/19, primeiro esteve na fraca liga indonésia e depois seguiu para o campeonato nacional dominicano.

“Recebo propostas de vários países, mas tenho que avaliar prós e contras. Não tenho pressa, apesar da idade, e sou feliz jogando em qualquer lugar”, garante. Ela diz que, há alguns anos, recebeu mais de uma oferta do Brasil, mas optou pela Europa. Que equipes brasileiras a queriam? “Ah, isso já passou, não vou comentar”, desconversa abrindo um sorriso.

Bola de segurança no auge da carreira, a atacante dominicana se via às voltas com uma carga pesada. Por exemplo, na terceira fase do Mundial de 2014, na partida apontada como a mais emocionante que disputou, um duelo perdido pela República Dominicana para a China no tie-break após estar vencendo por 2 a 0, de la Cruz recebeu 80 bolas, colocou 37 no chão e ainda marcou dois aces. Não foi um caso isolado. O corpo, claro, acusaria cedo ou tarde. Mas ela não reclama. “Eu sigo adiante. Vou jogar nos clubes e não penso em parar com a seleção, ainda pretendo ser atleta por mais algum tempo.”

 

Atacante dominicana jogou em grandes centros do vôlei, entre eles a Rússia

 

TÓQUIO-2020
Em seus planos, mais uma Olimpíada – em Londres-2012, ajudou o time a chegar às quartas de final. “Vai ser difícil enfrentar o Brasil aqui no Pré-Olímpico, em agosto, quando apenas o vencedor do grupo se classifica (Azerbaijão e Camarões também estão na chave). Porém, teremos outra chance em janeiro, na Norceca (Confederação da América do Norte, Central e do Caribe). Para nós, é muito importante ir a Tóquio-2020, mantendo o interesse pelo vôlei em nosso país”, analisa. As dominicanas esperam que os Estados Unidos confirmem, em 2019, seu favoritismo diante de Bulgária, Argentina e Cazaquistão, deixando mais fácil a luta pela vaga regional no início do próximo ano.

Veterana de quatro Campeonatos Mundiais, desde 2006, de la Cruz afirma que fica impressionada com a juventude das principais atacantes da atualidade, como a chinesa Ting Zhu, a italiana Paola Egonu ou a sérvia Tijana Boskovic, que brilhavam antes dos 20 anos. “O que vejo hoje em dia é que há muitas jovens sendo a bola de segurança em suas equipes. Quando comecei isso não era comum. Elas não sentem o peso dessa função apesar da pouca idade.”

De la Cruz acredita que a modalidade está cada vez mais desafiadora. “O vôlei avançou muito, ganhou velocidade e potência. Hoje em dia é muito mais difícil jogar do que há 10 anos”, observa.

A dominicana não poupa elogios a Marcos Kwiek, treinador brasileiro que dirige a seleção daquele país desde 2008. “Com ele conseguimos muita coisa, a equipe evoluiu. O Marcos tem uma preocupação grande em sempre nos motivar e fazer com que a gente busque soluções para o time ser mais competitivo.”

 

R. Dominicana tem o Brasil como um dos adversários do Pré-Olímpico em agosto

 

 

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