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Brasil estreia na Olimpíada contra Coreia do Sul no feminino e Tunísia no masculino

No último encontro entre Brasil e Coreia do Sul, a seleção de Kim Yeon-Koung levou a melhor (Fotos: Divulgação/FIVB)

 

Por Sidrônio Henrique
13 de fevereiro de 2020

 

A 162 dias da abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) divulgou nesta quinta-feira (13) as tabelas dos torneios feminino e masculino. As comandadas de José Roberto Guimarães estreiam contra o time treinado pelo italiano Stefano Lavarini (ex-Minas), a seleção sul-coreana, que derrotou o Brasil por 3 a 1 na Copa do Mundo 2019. Já a equipe do técnico Renan Dal Zotto tem o melhor cenário possível para quebrar o gelo na primeira rodada: vai encarar a modesta Tunísia. Elas buscam o tricampeonato olímpico, enquanto eles querem o tetra.

 

Confira as partidas do Brasil na fase de grupos dos torneios de vôlei indoor em Tóquio-2020 (horário de Brasília):

Feminino
– vs. Coreia do Sul, dia 26/07 (9h45)
– vs. República Dominicana, dia 28/07 (7h40)
– vs. Japão, dia 30/07 (7h40)
– vs. Sérvia, dia 01/08 (4h25)
– vs. Quênia, dia 03/08 (9h45)

 

Masculino
– vs. Tunísia, dia 24/07 (23h05)
– vs. Argentina, dia 27/07 (9h45)
– vs. Rússia, dia 29/07 (9h45)
– vs. Estados Unidos, dia 30/07 (23h05)
– vs. França, dia 01/08 (23h05)

 

Seleção brasileira masculina vai enfrentar a Tunísia na estreia em Tóquio-2020

 

O ÚLTIMO ATO É DELAS
Como ocorre desde Moscou-1980, mulheres e homens entrarão em quadra em dias alternados. Porém, assim como em Tóquio-1964, quando a modalidade foi introduzida nos Jogos Olímpicos, e na Cidade do México-1968, elas é quem encerrarão as competições de voleibol, quebrando uma tradição masculina desde Munique-1972. A final entre os homens está marcada para 9h15 (horário de Brasília) do dia 8 de agosto, enquanto a decisão do ouro feminino está programada para começar 1h30 (madrugada no Brasil) do dia 9.

 

A MELHOR DO DIA NA FASE DE GRUPOS, ALÉM DA PARTIDA DO BRASIL (horário de Brasília)
25 de julho
Poloneses e iranianos, que quase foram às vias de fato na Rio-2016, quando a seleção do leste europeu venceu por 3 a 2, se enfrentam logo na primeira rodada. Começa às 7h40. Atual campeã mundial, com três títulos no currículo, mas perseguindo um ouro olímpico que não vê desde Montreal-1976, a Polônia tem uma parada indigesta na estreia. Embora os europeus tenham uma equipe superior, a rivalidade entre os dois lados pesa. O Irã vai a sua segunda Olimpíada. Os poloneses foram eliminados nas quartas de final nas últimas quatro edições e a pressão sobre eles é enorme.

 

 

26 de julho
Às 4h25, madrugada de domingo por aqui, vale a pena estar acordado para ver a estreia das atuais campeãs olímpicas contra o bem estruturado time de Giovanni Guidetti: China vs. Turquia. Zhu Ting e cia são favoritas disparadas diante das turcas, mas essa é, provavelmente, a melhor pedida da primeira rodada feminina.

27 de julho
Na rodada do dia 27, o jogão começa às 23h05 do dia 26, com EUA vs. Rússia pelo torneio masculino. OK, é de domingo para segunda-feira e você provavelmente precisa trabalhar ou estudar de manhã, mas vale o sacrifício.

28 de julho
Embora a segunda rodada feminina seja dia 28, aqui começa antes por causa da diferença de 12 horas no fuso horário. Às 23h05 do dia 27, tente superar o sono e não perca China vs. Estados Unidos. Com os dois times completos, as atletas de Karch Kiraly foram surradas pela equipe de Lang Ping na Copa do Mundo 2019. Zhu e suas colegas vão repetir a dose?

29 de julho
A melhor pedida do dia é, de longe, o confronto entre brasileiros e russos às 9h45, mas como o negócio é apontar outras partidas que não sejam as do Brasil, vamos lá: às 2h20, argentinos e franceses medem forças e, para muitos, essa partida decide o quarto lugar (e última vaga para as quartas de final) do grupo da morte. Será? Ninguém garante que brasileiros, americanos e russos vão bater França e Argentina, mas a lógica aponta para isso. Além da pinta de partida decisiva, vale conferir a plasticidade do jogo desses times – promessa de jogadas caprichadas e defesas espetaculares.

30 de julho
Logo depois de Brasil e Japão, que começa às 7h40, você confere EUA vs. Turquia, a partir das 9h45. Quem ganha essa: a equipe de Andrea Drews ou a de Meryem Boz? Favoritismo americano, mas a Turquia quer colocar água no chope das grandes seleções.

31 de julho
Russos e franceses fecham o dia, às 9h45. A Rússia é uma das mais cotadas para conquistar o ouro. A França já não é mais aquela e, convenhamos, tem tremido em Mundial ou Olimpíada mesmo com essa geração talentosa. No entanto, não dá para subestimá-la. Vai que o time do técnico Laurent Tillie finalmente deslancha… E aí, quem ganha esse duelo?

 

 

1º de agosto
É o dia de Brasil e Sérvia, às 4h25. Mais tarde, às 9h45, fechando a rodada, tem Zhu Ting de um lado, Paola Egonu do outro: China vs. Itália. O seu sábado já começa repleto de emoções. Haja pancadão!

2 de agosto
Encerrando a fase de grupos do vôlei masculino, americanos e argentinos se enfrentam, a partir das 9h45. Dependendo da trajetória de cada um, a partida pode se tornar crucial. As duas seleções costumam fazer grandes duelos. No Mundial 2014, por exemplo, os EUA estavam com um pé na terceira fase, mas foram surpreendidos pela Argentina (já eliminada) por 3 a 2 e deram adeus à competição. No ano passado, na Copa do Mundo, sem três titulares (Facundo Conte, Luciano De Cecco e Sebastián Solé), os nossos vizinhos derrotaram os americanos (sem Taylor Sander, mas com Matt Anderson e Micah Christenson) também em cinco sets.

3 de agosto
Último dia da etapa de classificação no naipe feminino. EUA vs. Itália a partir das 23h05 do dia 2 e ninguém vai querer perder esse jogão. Mas olha, fica acordado, tem confronto decisivo pintando às 2h20 do dia 3, com russas e turcas provavelmente disputando a quarta e última vaga do grupo da morte. A essa altura da Olimpíada você já virou um zumbi, sabe bem o que são noites mal dormidas, mas não está nem aí… Quer mesmo é ver quem se dá bem: Nataliya Goncharova ou Meryem Boz? Sai pra lá, sono!

 

 

SUPERSTIÇÃO
Você é supersticioso? Nós não. Mas o Zé Roberto é – que o digam os corcundas que ele encontra mundo afora.

O jogo entre Brasil e Sérvia, pela quarta rodada da fase de classificação, tem tudo para ser a definição do primeiro lugar do grupo. Esperamos que as brasileiras, que finalmente deverão ter todas as titulares inteiras para a reta final deste ciclo (você que é supersticioso, cruze os dedos), tenham superado antes sul-coreanas, dominicanas e japonesas, além de vencer as fracas quenianas na derradeira partida da chave.

A Sérvia, atual campeã mundial, vice-campeã olímpica e vencedora dos dois últimos Campeonatos Europeus, é osso duro de roer. Encarar o time da oposta Tijana Boskovic após três jogos, tendo portanto mais ritmo, é alentador, mas elas são favoritas e certamente fazem questão do primeiro lugar da chave para, em tese, escapar de chinesas, italianas ou americanas nas quartas de final. O Brasil também não quer carne de pescoço no mata-mata e vai com tudo para cima das sérvias.

E a superstição? Então, o jogo será no dia 1º de agosto e essa data, em Jogos Olímpicos, não traz boas lembranças para o vôlei feminino brasileiro.

Em Los Angeles-1984, o Brasil, então uma equipe do segundo escalão, abriu 2 a 0 sobre as anfitriãs na fase de grupos, mas os EUA, que seriam prata, viraram o jogo.

 

Brasil perdeu para a Coreia do Sul, em Londres-2012, no dia 1º de agosto

 

Doze anos depois, a batalha na semifinal de Atlanta-1996 diante de Cuba foi nessa data. O placar, você sabe bem, foi 3 a 2 para as caribenhas, com briga na rede logo após a partida e troca de sopapos no corredor que dava acesso aos vestiários.

Finalmente, em Londres-2012, foi num 1º de agosto que o Brasil tomou um 3 a 0 da Coreia do Sul na etapa classificatória, no pior jogo da seleção de Zé Roberto naquela competição, deixando o time em situação delicada – chegaria à última rodada dependendo das americanas para avançar na Olimpíada. Dessa vez, porém, o desfecho foi excelente, com o segundo ouro olímpico do voleibol feminino brasileiro dez dias depois, batendo justamente os EUA na decisão.

Perder para a fortíssima Sérvia na primeira fase de Tóquio-2020 não é nenhum demérito. Até porque, uma vez garantida a classificação, o Brasil segue na briga por uma medalha, ainda que o caminho fique mais difícil. Mas quebrar essa escrita do 1º de agosto em Jogos Olímpicos não seria nada mal, hein, caro amigo supersticioso? Já imaginou, neutralizar Boskovic, espantar a ziquizira e, de quebra, enfrentar um adversário menos complicado nas quartas de final.

 

 

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