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Natália brinca com escolha da 18 e diz: ‘A Brait sempre me inspirou’

Além de homenagear a líbero do Osasco, a ponteira e capitã da seleção brasileira comentou sobre os atletas do país que atuam no exterior por falta de oportunidades no Brasil

A jogadora usa a camisa 12 quando atua pela seleção brasileira (vldinamo-ru/Divulgação)

 

Por: Rafael Zito

 

Em 2020/21, a ponteira Natália está no vôlei da Rússia jogando pelo Dínamo Moscou. Na Liga Russa, o time da brasileira está na liderança com 62 pontos em 23 partidas, trajetória de 21 vitórias e duas derrotas. Na última quarta-feira (24), a equipe da campeã olímpica nos Jogos de Londres-2012 venceu, fora de casa, o Kaliningrado, por 3 sets a 1, parciais de 25/11, 26/24, 15/25 e 25/20. Capitã do Brasil, onde atua com o número 12, ela precisou escolher outro em seu clube atual e aproveitou para ‘homenagear’ sua amiga Camila Brait, líbero do Osasco São Cristóvão Saúde.

 

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“A segunda levantadora aqui é a Marina Babeshina, uma jogadora experiente e que participou da Olimpíada de 2004. Ela já joga no clube há alguns anos e eu não ia chegar de gaiato e roubar a camisa dela. Jamais faria isso. Por isso, acabei escolhendo a 18 porque estava disponível e aproveitei para homenagear a minha companheira. Tenho que tentar honrar a camisa dela (Camila Brait)”, brincou Natália. “Fico pensando: se ela está jogando com a 18 e passando pra caramba porque eu não posso? A Brait sempre me inspirou”, completou a jogadora.

 

 

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Além dos elogios à Camila Brait, Natália revelou que admira a posição de líbero. “Eu adoro e acho muito bonito o trabalho do líbero. Joguei com a Fabizinha e assisti o Serginho Escadinha. A Brait, para mim, é uma das melhores líberos do mundo. Sempre tive grandes inspirações e tento fazer o meu melhor. Mas isso aí da camisa 18 deu uma forcinha e um ânimo a mais”, disse a capitã da seleção brasileira em tom descontraído ao falar sobre seu desempenho no sistema defensivo, tanto no passe quanto na defesa.

 

PRIMEIRO EPISÓDIO DO PODCAST #NAGRINGA COM NATÁLIA

 

Opção ou necessidade: os brasileiros no exterior
Natália Dínamo Moscou

Natália, com a 18 do Dínamo Moscou, ao lado das companheiras e da dona da camisa 12 (vldinamo-ru/Divulgação)

 

A Superliga 2020/21, tanto no feminino quanto no masculino, conta com 12 clubes participando. Existem também os times que jogam a segunda divisão da competição nacional em ambos os naipes. Porém, a quantidade de equipes em atividade não comporta a fartura de jogadores que o vôlei nacional revela. Natália tem um currículo vitorioso com a camisa da seleção brasileira e por diversos clubes no país e no exterior e suas saídas sempre foram por opção. No Brasil, ela já atuou por times como Osasco (Sollys/Nestlé), Campinas (Vôlei Amil), Rio de Janeiro (Unilever), Itambé/Minas.

 

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Já no exterior, Natália vestiu as camisas do Fenerbahçe e Eczacıbaşı, ambos da Turquia, e, no momento, está no Dínamo Moscou, da Rússia. “Acho que tem falta de oportunidade no Brasil, por isso, os atletas estão cada vez mais vindo para fora. E, para mim, isso é muito bacana porque, querendo ou não, o voleibol dá essa oportunidade de conhecer o mundo. Se não fosse pelo vôlei eu não sei se um dia moraria em Moscou e Istambul. Eu tive essa chance e agarrei com unhas e dentes. Amadureci muito como pessoa e atleta”, disse a campeã olímpica.

 

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“Acho que vale a pena vir para fora, principalmente hoje. Cada atleta está vendo seu lado e seu bem próprio. Considero super correto e apoio. Sempre falo para minhas amigas que se elas tiverem oportunidade de jogar fora do Brasil que tenham essa experiência, principalmente no aspecto pessoal, como crescimento e amadurecimento. Eu sou meio aventureira e acho bacana conhecer lugares e pessoas novas”, completou Natália, que tem consciência que é uma privilegiada por ter mercado no Brasil e no exterior e sabe que não é o caso de outros atletas.

 

Falta de valorização
Natália Dínamo Moscou

Natália disputa sua primeira temporada na Rússia (vldinamo-ru/Divulgação)

 

“Eu, particularmente, não posso reclamar porque deixei o país por opção e sempre tive oportunidade em times tops no Brasil e aqui fora. Mas não é o que acontece com todos os atletas. Acho que não é só a questão do Euro, pois sei de atletas que saíram bem novos. Então, acho que falta patrocínio, mas também sei de jogadoras que se deram melhor aqui fora porque no Brasil as pessoas criticam e não dão valor e, quando chegam aqui fora, conseguem jogar, se dar bem, ganhar bem, fazer o chamado pé de meia e tudo mais, coisa que não conseguiriam no Brasil”, disse Natália.

 

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“Acho a Superliga uma das maiores competições do mundo, porém, falta oportunidade e investimento. A gente tem os 12 times da Superliga A, as equipes da B, mas não é o bastante. E tem atleta que joga na Superliga B sem ter um salário bom e acaba vindo para fora para se dar bem”, concluiu a ponteira. Atualmente, Natália está com 32 anos e vive sua terceira experiência internacional. E, no momento, existem rumores de que a campeã olímpica em Londres-2012 jogará na Itália na temporada 2020/21. Desta forma, ela deixaria o vôlei russo para atuar no Scandicci, ex-clube da central Adenízia.

 

 

PRIMEIRO EPISÓDIO DO PODCAST #PIPEDOVÔLEI COM SASSÁ

 

CONFIRA NA ÍNTEGRA A EDIÇÃO 73 DO PROGRAMA “MAIS VÔLEI, POR FAVOR”

Rafael Zito é jornalista formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Acumula passagens pelas redações do Olimpíada Todo Dia, Terra, Federação Paulista de Futebol e, há mais de dez anos, cobre voleibol de quadra.

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