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Pedro Moska: o ‘chato’ que conduz a boa campanha do Curitiba

Em entrevista ao Saque Viagem, o técnico comentou sobre o bom desempenho do time no principal campeonato nacional e revelou detalhes de sua carreira

Pedro Moska Cutiriba Vôlei Superliga 2020/21 Vôlei feminino

Com apenas 40 anos, Pedro Moska já tem uma vasta experiência no vôlei (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

 

Por: Rafael Zito

 

Ele nunca foi jogador de vôlei, mas em determinado momento de sua vida decidiu que seria treinador da Superliga. Trata-se de Pedro Castelli Filho, de 40 anos, atual técnico do Curitiba. Porém, na modalidade poucos sabem seu sobrenome, pois é mais conhecido como Moska, apelido que ganhou na adolescência. Após um mês sem jogar pelo campeonato por conta de casos de Covid-19, o time paranaense atuou sexta-feira (12) e venceu o São Caetano, por 3 sets a 0, e ganhou neste domingo (14) do Brasília, por 3 a 2, ambos como visitante.

 

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Em entrevista ao Saque Viagem, o treinador comentou sobre o bom desempenho do time na Superliga e detalhes de sua carreira. “Eu não tinha a intenção de ser treinador e nem de trabalhar com voleibol. Eu só jogava no colégio e na faculdade. Só que tive técnicos de vôlei nas escolinhas e no próprio colégio que me inspiraram. Eram pessoas bacanas e eu queria ser igual a eles. Fui jogar um torneio e atuava na categoria acima. O técnico não poderia estar nos dois times ao mesmo tempo e fui ser técnico da categoria menor”, contou Pedro Moska.

 

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Nesta ocasião, ele ainda estava no colégio. No entanto, foi a partir desse instante que começou a pensar: “a gente ganhou o jogo e gostei daquilo. Passei a procurar saber o que precisava fazer para ser técnico de voleibol”, disse Pedro Moska. Ciente do que necessitava, o treinador se formou em Educação Física, fez pós graduação em vôlei e depois os cursos da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol). “Eu tenho o nível 4 da CBV e fiz cursos de arbitragem e de estatística. Fiz todos os cursos que você puder imaginar”, relatou o profissional.

 

Persistência na caminhada

 

“Pensei da seguinte maneira: não vou querer só ser um técnico de voleibol. Vou querer ser técnico de voleibol da Superliga. Costumo falar para as meninas que estou como técnico da Superliga porque sou um cara muito chato. Eu sou tão chato e corri atrás que hoje, com 40 anos, estou aqui. Lógico que algumas pessoas me deram oportunidades, como presidentes de federações e os próprios técnicos com quem trabalhei, como o Rogério Portela, que treina o Brasília, e o Spencer Lee, que está no Osasco”, acrescentou Pedro Moska.

 

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Pedro Moska começou sua trajetória no vôlei em times de Santa Catarina, mais precisamente na cidade de São João Batista. Depois disso, ele foi para a Intelbras, que na época tinha time masculino que jogava a Superliga. Com o fim do projeto, o técnico foi para a Unisul que, na sequência, se desmembrou em dois: Unisul e Cimed. e eu fiquei na Unisul. Naquele período, o tricampeão olímpico José Roberto Guimarães trabalhava na Unisul e o Giovani era o diretor. Em seguida, na ordem, ele foi para São José dos Campos, Rio do Sul e Cazaquistão (Europa).

 

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“No Cazaquistão eu fui técnico. O mesmo clube tinha duas equipes na primeira divisão. A equipe principal chegou a jogar o Mundial na temporada que Praia e Minas estavam. O Altay participou e algumas meninas que foram minhas atletas estavam jogando. Eu era o treinador da segunda equipe do Altay, que era praticamente a equipe juvenil do Cazaquistão”, revelou Pedro Moska, que também foi técnico da seleção catarinense masculina de base quando tinha 26 anos.

 

Super Vôlei mostrou margem de evolução
Pedro Moska Cutiriba Vôlei Superliga 2020/21 Vôlei feminino

Essa é a primeira temporada de Pedro Moska como técnico do Curitiba (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

 

Com apenas 15 jogos, pois teve alguns adiados devido aos casos de coronavírus, o Curitiba aparece na sexta colocação da Superliga, com 22 pontos. A equipe dirigida por Pedro Moska soma sete vitórias e oito derrotas no campeonato. A boa campanha do clube na competição colocou o trabalho do técnico em evidência. De acordo com o treinador do time paranaense, o desempenho eficiente reproduz o trabalho que está sendo realizado. Ele também contou que passou a sentir que as coisas aconteceriam depois do Troféu Super Vôlei.

 

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“Antes da Superliga, a gente fez um jogo contra o Praia no Super Vôlei, quando ganhamos um set deles. A gente montou um time muito tarde, tanto que algumas atletas vieram no decorrer da competição. Não fizemos nenhum jogo e nem amistoso antes de encarar o Praia. Para mim era uma surpresa o que ia acontecer lá no começo. Individualmente, eu conhecia o potencial das atletas, mas não sabia o que esperar da equipe coletivamente, pois não tinha visto elas jogarem juntas”, destacou.

 

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“A gente foi jogar contra o Praia e eu não tinha substituição. A Sassá machucou, a Mari Aquino estava voltando e eu não tinha as inversões ainda. Aquela equipe que entrou em quadra era a que ia jogar e, se acontecesse alguma coisa, a gente ia embora. Foi uma surpresa, positivamente falando, muito grande. Aquele jogo nos mostrou o quanto poderíamos crescer como equipe e a pensarmos um pouco mais além do que a gente estava pensando antes de começar a temporada”, completou Pedro Moska.

 

Meta traçada

 

Na conversa, o treinador revelou a meta traçada para a Superliga. “O nosso objetivo é estar entre os seis e acabamos o turno em sétimo, com o mesmo número de pontos do Barueri. É com essa motivação e, entendimento de onde poderíamos chegar, que a gente foi construindo nossos alicerces para conseguir buscar nosso objetivo. A gente viu que poderia jogar contra os grandes e de igual para igual com as outras equipes para buscar as vitórias que a gente precisava. E a gente construiu esse pensamento e atitude”, destacou o comandante.

 

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“Não imaginei que fosse dar 100% certo: ganhar das equipes mais equilibradas com a gente os cinco jogos e somar três pontos em todos. E também quase ganhamos do Rio e do Barueri. Foi o melhor turno da história do Curitiba nesses três anos de projeto. Não foi inesperado porque achava que poderíamos conseguir esses pontos e até mais, mas foi surpreendente termos conseguido já de cara. Isso nos deu uma gordura, mas nesse segundo turno precisamos fazer por onde para garantir a vaga nos playoffs”, complementou Pedro Moska.

 

Como surgiu o ‘Moska’?
Pedro Moska Vôlei feminino Curitiba Vôlei Superliga 2020/21

Pedro Moska contou a origem de seu apelido (Reprodução/Saque Viagem)

 

Na parte final da entrevista, o treinador contou a história de seu apelido. “Eu tinha 14 anos e fazendo determinado exercício de voleibol. A gente estava treinando e, na hora de pisar em cima do caixote, pisei errado e ao tentar ganhar impulsão para cima não consegui. A minha impulsão foi para frente e, quando vi a rede na minha frente, me grudei nela e caí para trás no colchão e de braços abertos. Aí alguém berrou lá atrás: parece uma mosca. Ainda pensei assim: não vou dar bola porque se eu não der bola não pega. Mas não adiantou”, disse.

 

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“A única coisa que fiz foi retirar o C e colocar um K para ficar mais bonito. E algumas pessoas até acham que é sobrenome. Eu sou conhecido como Moska só no voleibol. Os meus amigos de fora do vôlei e minha família me chamam de Pedro ou Pedrinho”, concluiu o técnico, que é casado com a jogadora Elis Bento, que está com 32 anos. No momento, a ponteira está jogando no Engelholms, da Suécia. O treinador ainda não viu a esposa no ano e pretende encontrá-la assim que acabar a Superliga.

Rafael Zito é jornalista formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Acumula passagens pelas redações do Olimpíada Todo Dia, Terra, Federação Paulista de Futebol e, há mais de dez anos, cobre voleibol de quadra.

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