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Roberta: “Acho que fiquei bonita de vermelho”

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Roberta participou da apresentação do Osasco na última terça (Foto: João Pires/Fotojump)

 

Por Vanessa Kiyan
14 de agosto de 2019

 

Trocar o Rio por Osasco, ou o Osasco pelo Rio, dependendo da situação, pode causar mal-estar na torcida. No caso de Roberta, agora do lado paulista da Dutra, não foi bem assim. De perfil tranquilo, a levantadora nunca entrou em polêmica sobre a maior rivalidade do voleibol brasileiro. Tanto que os fãs cariocas, quando Roberta foi anunciada pelo Osasco-Audax, lhe desejaram boa sorte. Os osasquenses lhe receberam de braços abertos para a temporada 2019/20.

“Eu venho com muito orgulho para cá. A torcida do Osasco me recebeu muito bem. A do Rio se despediu com muito amor. Eu nunca destratei ninguém, sou muito profissional, tenho um carinho muito grande pela torcida do Osasco, sempre admirei a torcida deles e agora estar do lado deles é muito melhor. Espero jogar bem e estar à altura do que eles estão esperando de mim. Com certeza, vou me doar por inteiro”, disse ela durante a apresentação do novo time nessa terça-feira (13), no Teatro Municipal da cidade.

Roberta faz parte agora de um grupo de jogadoras que já vestiu o azul e o vermelho, como Sheilla, Mari, Fernanda Venturini, Carol Gattaz, Jaqueline, Walewska, Tandara, Bia… Depois de nove anos com a mesma camisa, ela gostou da novidade. “Quando eu cheguei aqui (para a apresentação), eu fui dar ‘oi’ pro Luiz (Luizomar de Moura) e falei: ‘Acho que fiquei bonita de vermelho’. É diferente vestir um novo uniforme depois de tanto tempo com o mesmo, mas nem parece que passei por uma mudança tão grande de tão bem que estou me sentindo.”

 

 

SUPERAÇÃO
No Osasco, Roberta espera recuperar o bom voleibol. Na última temporada pelo Sesc-RJ, a pior da história do clube carioca, a levantadora teve dificuldades para jogar em um time que sofria uma enormidade na recepção. Apesar dos bons nomes do elenco, como as atacantes Kosheleva, Monique, Peña e Bia, a equipe não deu liga. Resultado: o time de Bernardinho sequer chegou às semifinais da Superliga e Copa Brasil. Com o fim de 2018/19, Roberta entendeu que era hora de mudar.

“Eu sou muito grata ao Rio de Janeiro, fiz toda minha base lá. Cresci, aprendi muito lá, mas acho que é sempre bom a gente buscar uma mudança, um crescimento, se desafiar, ouvir novos técnicos, respirar novos ares. Eu vim para cá muito segura do que vou ter. Quando a gente fica nove anos no mesmo lugar, acaba que vira uma rotina. Pode ser que agora eles analisem coisas que nunca tinham sido vistas. Passei uma temporada muito difícil com o Rio no ano passado e não vou querer passar por aquilo de novo. Com certeza, venho muito mais forte para esta temporada. Tudo isso faz parte do crescimento.”

 

Roberta ficou nove anos no time do Sesc-RJ (Foto: Divulgação/FIVB)

 

SONHO OLÍMPICO
A mudança é em um ano chave para a jogadora. Presente na seleção desde 2015, Roberta conta com a ajuda do novo time para realizar o sonho de jogar as Olimpíadas de Tóquio, no ano que vem. No ciclo passado, ficou perto do objetivo, mas acabou perdendo a disputa com Dani Lins, a titular absoluta da seleção na época, e Fabíola, levantadora que hoje lidera a armação no Sesc-RJ. Um ciclo depois, a jogadora vive um momento diferente da Rio-2016, com mais oportunidades na seleção de José Roberto Guimarães.

“O sonho de estar nas Olimpíadas existe muito forte em mim. Eu tinha começado na seleção em 2015, nem tinha criado tanta expectativa também. Não digo que esperava (o corte), mas, como cheguei de última hora, não criei tanta expectativa para não sofrer muito. Dani Lins e Fabíola estavam ali há muito tempo, tenho um respeito absurdo por elas. Vi toda a história delas, o que aconteceu com a Fabíola (o corte antes de Londres-2012), era mais do que merecido elas estarem ali (nas Olimpíadas) naquele momento.”

 

Roberta teve uma participação mais consistente na seleção no ciclo de Tóquio-2020 (Foto: Divulgação/FIVB)

 

EXPERIÊNCIA
Se não pôde ir à Rio-2016, ao menos a experiência pré-olímpica serviu para que Roberta se preparasse melhor para ir a Tóquio-2020. Desta vez, a jogadora participou de todo o ciclo. Primeiro, ao lado de Dani Lins. Desde o início da atual temporada de seleções, ganhou outra concorrente de peso, a minastenista Macris, eleita seis vezes a melhor levantadora da Superliga. Apesar de seguir na reserva, a osasquense tem a confiança de Zé Roberto e costuma ser bastante usada durante os jogos.

“Cada ano que passa a gente se transforma mais como jogadora. Hoje me vejo uma Roberta diferente em relação àquela de 2016, me vejo uma Roberta mais madura. Acho que agora (a Olimpíada) está mais presente pra mim. Tenho me preocupado mais com o meu físico, em comer e dormir bem. Não adianta se preparar só ano que vem. Preciso pensar agora porque, senão, depois não dá para correr atrás. Estou me doando ao máximo, aproveitando as oportunidades que eu tenho para que, se eles (comissão técnica da seleção) confiarem no meu trabalho e acharem que eu estou pronta… O que tiver que ser vai ser. Estou fazendo a minha parte e espero que aconteça.”

 

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