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Seleção sub-20 do Brasil tem 6 jogadoras acima de 1,90m

brasil

Nova geração tem média de altura de 1,88m (Foto: Caio Florentino)

 

Por Vanessa Kiyan
12 de julho de 2019

 

Vem lá do México a boa notícia sobre o processo de renovação do vôlei feminino do Brasil. Das 11 jogadoras (sem contar a líbero) convocadas pelo técnico Hairton Cabral para buscar o sétimo título mundial na categoria sub-20, seis delas têm 1,90m ou mais. No geral, a média de altura das juvenis é de 1,88m (novamente tirando a líbero da conta), quatro centímetros a mais em relação à seleção que acabou de ser vice-campeã da Liga das Nações.

Do grupo de Zé Roberto que jogou em Nanjing (CHN), apenas duas atletas tinham 1,90m: a central Mara e a ponteira Tainara, também integrante do time sub-20. “Eu não tenho como precisar sobre toda a história da seleção sub-20, já estamos no 20° Campeonato Mundial da categoria, mas o que a gente pode constatar é que as atletas das extremidades são, certamente, das mais altas que já passaram”, falou Hairton.

A ponteira Julia Bergmann, que teve uma rápida experiência na Liga das Nações, é a mais alta do grupo sub-20, com 1,96m. A oposta Jheovana Sebastião não fica muito atrás, 1,94m, nem a ponteira Ana Cristina Menezes, com 1,92m. A oposta Kisy Nascimento, com 1,90m, empata com Tainara. “A média de altura de nossas ponteiras e opostas chega a ser mais alta que a das centrais, o que realmente não é comum”, destacou o treinador.

 

Ana Cristina é uma das mais altas da seleção, com 1,92m (Foto: Divulgação)

 

Entre as meios de rede, Daniela Seibt é a mais alta, com 1,90m, e é seguida por Júlia Kudiess e Laura Kudiess, donas de 1,89m e 1,88m, respectivamente. Apenas a levantadora Rose Evaristo está abaixo do 1,80m, com 1,75m.

“A altura não foi um fator determinante (para a convocação), a gente busca a qualidade técnica também. Mas, na nossa avaliação, essas jogadoras mais altas, que estão aqui para o Campeonato Mundial sub-20, são as que detêm a melhor condição técnica entre as convocadas ao longo deste ano. Não é apenas uma questão de porte físico. O grupo, tecnicamente, tem todas as condições”, comentou Hairton, que vai para seu segundo Mundial à frente do time verde-amarelo.

 

 

Desde que assumiu a seleção adulta, em 2003, o técnico Zé Roberto teve raros casos de ponteiras ou opostas com mais de 1,90m. Régis, hoje na Polônia, foi um deles. Sua passagem pelo time, porém, foi breve. Das campeãs olímpicas, Mari, com 1,88m, foi quem mais se aproximou da marca. Principal nome da equipe nacional nesta temporada, a ponteira Gabi não passa do 1,80m. Entre as centrais, a barreira foi batida ou superada por Thaisa (1,96m), Fabiana (1,93m) e Walewska (1,90m).

Segundo Hairton, o País só tem a ganhar com os novos valores que chegam. “Estamos preparando esta geração para que tenham um padrão internacional de estatura. As centrais brasileiras, de modo geral, já têm um perfil de altura bastante interessante, mas ainda temos necessidade de renovação com ponteiras e opostas mais altas, e essas meninas que estão agora na sub-20 têm muito potencial para suprir essa necessidade. Acredito que elas ainda vão ajudar muito o voleibol brasileiro em um futuro próximo.”

 

Hairton: “A média de altura de nossas ponteiras e opostas chega a ser mais alta que a das centrais” (Foto: Divulgação/FIVB)

 

No Campeonato Mundial que se inicia nesta sexta-feira (12) – o Brasil faz sua estreia contra a República Dominicana, às 19h30, pelo horário de Brasília -, Hairton terá à disposição Tainara e Júlia. A dupla foi testada por Zé Roberto durante a Liga das Nações. Júlia até foi bem na etapa de Brasília (DF), mas depois caiu de rendimento e acabou cortada. Já Tainara aproveitou melhor a oportunidade e chegou até a jogar a final com os Estados Unidos após a lesão de Natália.

“A participação da Júlia e da Tainara na Liga das Nações foi fundamental. Elas trazem uma experiência que obtiveram jogando em um alto nível. A Júlia veio um pouquinho antes, não esteve na fase final. Mas elas conseguem passar uma certa tranquilidade para as demais meninas. O grupo se sente mais à vontade. A Tainara acabou de se apresentar e já conversei com ela sobre o papel dela de liderança na equipe. Dá para perceber como a experiência que elas adquiriram na Liga tem ajudado”, falou Hairton.

 

Depois de disputar a Liga das Nações, Tainara reforça a seleção sub-20 no Mundial (Foto: Secretaria Especial do Esporte)

 

Além das dominicanas, as brasileiras enfrentam também Japão e Ruanda na primeira fase. Apenas os dois melhores da chave seguem adiante. Por isso, a vitória contra o elenco caribenho, já na estreia, é considerada fundamental para as pretensões na edição 2019. Ainda mais para uma geração que quer ir além do resultado conquistado pelo grupo de 2017, que parou na quinta posição. O desafio é ainda maior quando se pensa em título. A última vez que o País subiu no degrau mais alto do pódio foi em 2007, com uma equipe que tinha Natália, Tandara, Camila Brait e Amanda.

“Quando a gente dirige a seleção brasileira, temos duas missões: a gente tem que formar os novos talentos, mas também tem que conquistar os títulos. E sabemos que a pressão é muito mais interna, que parte das próprias jogadoras, de nós da comissão, que uma pressão externa da instituição. O nosso compromisso é com a formação. Preciso colocar o máximo de jogadoras em condições de representar o Brasil na categoria principal”, explicou Hairton.

Na história da competição, o Brasil soma 13 medalhas, sendo seis ouros, cinco pratas e dois bronzes.

 

Confira o elenco do Brasil no Campeonato Mundial sub-20:
1 – Rose Evaristo – levantadora – 1,75m – 18 anos
3 – Laura Kudiess – central – 1,88m – 18 anos
4 – Júlia Kudiess – central – 1,89m – 16 anos
6 – Julia Bergmann – ponteira – 1,96m – 18 anos
7 – Daniela Seibt – central – 1,90m – 19 anos
8 – Jheovana Sebastião – oposta – 1,94m – 18 anos
9 – Kisy Nascimento – oposta – 1,90m – 19 anos
10 – Tainara Santos – ponteira – 1,90m – 19 anos
11 – Mayara Barcelos – ponteira – 1,82m – 18 anos
13 – Kenya Malachias – levantadora – 1,85m – 18 anos
18 – Ana Cristina Menezes – ponteira – 1,92m – 15 anos
20 – Letícia Moura – líbero – 1,59m – 16 anos

 

 

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