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Thales atinge posição que nenhum outro jogador da seleção alcançou na Liga das Nações

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Na seleção do Brasil, Thales é responsável pela recepção (Fotos: Divulgação/FIVB)

 

Por Vanessa Kiyan*
9 de julho de 2019

 

Thales não é de comemorar quando faz uma grande defesa. Tampouco é dono de gestos mais acrobáticos que causam suspiros na arquibancada. Mais introspectivo, o líbero do Brasil, por vezes, passa despercebido dentro de quadra. E não é só por causa de seu perfil. Thales erra muito pouco. E o acerto, quase sempre, chama bem menos a atenção do que a falha.

Como resultado da qualidade de seu jogo, o gaúcho de São Leopoldo foi o único brasileiro a terminar a fase de classificação da Liga das Nações como líder em um fundamento. Foram 27,67% de eficiência na recepção (considerando apenas os passes A), um rendimento superior ao do argentino Santiago Danani, o segundo colocado com 23,82%, e muito à frente do ponteiro Leal, o segundo melhor brasileiro no passe, com 4,10%.

“Fiquei muito feliz, foi muito bom. Estudamos muito os adversários, o Henrique Modenesi, nosso analista de desempenho, mostra bastante material com os saques dos times com quem vamos jogar. Tudo isso é de grande importância para o nosso dia a dia. Venho evoluindo bastante, conhecendo os jogadores que estão no cenário internacional, e esse estudo fez com que eu tivesse um resultado melhor, com certeza”, conta Thales.

 

 

O atleta ganhou mais espaço na seleção depois que Renan Dal Zotto assumiu o time nacional em 2017. Até então, era em Tiago Brendle que Bernardinho, que deixou o comando da equipe após a conquista dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, apostava para a vaga de Serginho. Desde 2018, Thales divide a função com Maique, revelação do Minas.

Dentro das quatro linhas, os dois jogam em sistema de revezamento. Quando a bola está de posse do time adversário, é Thales quem é convocado a entrar em quadra para segurar o passe. Se o saque muda para o lado brasileiro, é Maique quem assume a função para reforçar a defesa. A divisão visa proporcionar um maior volume de jogo para a seleção.

“Vejo que a minha defesa melhorou bastante nos últimos anos. Procuro estar sempre treinando para evoluir cada vez mais, tanto no clube, o EMS Taubaté Funvic, como aqui na seleção brasileira. O objetivo é crescer sempre mais”, diz Thales, que elogia o colega de função. “O Maique defende muito bem. Não tem nem o que falar sobre isso. Sem dúvidas, é um excelente defensor.”

 

Thales ganhou mais espaço na seleção após a chegada de Renan Dal Zotto

 

O desempenho de Thales na recepção chama ainda mais a atenção porque, com a chegada de Leal, a seleção passou a ter uma dupla mais ofensiva de ponteiros. Tanto o cubano naturalizado brasileiro quanto Lucarelli, o outro titular da posição, são atacantes de finalização, não de preparação. Quando a recepção falha, cabe a Maurício Borges fortalecer a linha de passe.

O líbero garante, no entanto, que não existe sobrecarga pela formação da equipe. “A responsabilidade é grande, independentemente de quem esteja passando ao meu lado. Acho que quem estiver não muda muito. A responsabilidade sempre vai ser grande e isso parte do fato de estar representando o Brasil. Vou ter sempre que fazer o melhor para ajudar o time.”

A partir desta quarta-feira (10), às 18h30 (horário de Brasília), Thales coloca mais uma vez seu passe à prova diante da potência dos saques da Polônia, o primeiro adversário do Brasil na fase final da Liga das Nações. E o líbero vai encontrar, em Chicago (EUA), três colegas de posição que admira: “Erik Shoji, dos Estados Unidos, Paweł Zatorski, da Polônia, e Jenia Grebennikov, da França, são os melhores, na minha opinião.”

 

* Colaborou Sidrônio Henrique

 

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