Brasil e Polônia na disputa do título da VNL será a prévia da final olímpica?
Pedro Moska, técnico do Uberlândia, participou da edição 70 do Golden Set e projetou o confronto entre brasileiros e poloneses destacando o saque da equipe europeia
Kubiak enfrentando bloqueio de Bruninho e Maurício Souza (Divulgação/FIVB)
Brasil e Polônia passaram pela semifinal da Liga das Nações (VNL) 2021 com relativa facilidade e se enfrentam na decisão neste domingo (27), às 10 horas (horário de Brasília). Junto com a Rússia, campeã da competição em 2018 e 2019 e da Olimpíada de Londres-2012, brasileiros e poloneses dominam o cenário mundial do vôlei masculino. E, segundo Pedro Moska, técnico do Azulim/Gabarito/Uberlândia, a final do torneio disputado em Rimini (ITA) será “uma prévia da final olímpica”.
“O Brasil atropelou a França. A Eslovênia conseguiu dar mais trabalho, apesar dos poloneses terem passeado também. A seleção masculina tem o histórico de que, quando precisa, vai lá e dá conta do recado. ‘Tá valendo? Então vamos lá’. Eles simplesmente não deram chance para a França. O Maurício Souza foi o dono da rede no bloqueio e jogou demais. O Brasil sobrou de longe nas extremidades. Hoje, o que ainda falta, é um pouco mais de ritmo do Lucão”, disse Pedro Moska na edição 70 do Golden Set.
Somando os atacantes de extremidade, o Brasil fez 17 pontos a mais que a França. Juntos, Lucarelli (9), Leal (20) e Wallace (13) anotaram 42 pontos. Já Jean Patry (12), Earvin Ngapeth (5), Kevin Tillie (3), Trevor Clevenot (3) e Stephen Boyer (2) marcaram apenas 25. Os maiores pontuadores da seleção brasileira na VNL 2021 são o ponteiro Lucarelli e o oposto Wallace, ambos com 147 pontos, seguidos de perto pelo ponta Leal, com 145 acertos.
HISTÓRICO FAVORÁVEL
Nos últimos 20 anos, o Brasil disputou cinco Campeonatos Mundiais e quatro Jogos Olímpicos e esteve na final em todos. Neste período, a seleção verde-amarela, com Bernardinho no comando de 2001 até 2016 e Renan Dal Zotto de 2017 em diante, soma dois títulos olímpicos (Atenas-2004 e Rio-2016), duas pratas (Pequim-2008 e Londres-2012), três conquistas mundiais (Argentina-2002, Japão-2006 e Itália-2010) e mais dois vice-campeonatos (Polônia-2014 e Bulgária/Itália-2018).
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Além de Mundiais e Olimpíadas, o Brasil venceu a Copa do Mundo de 2019, com a Polônia em segundo. A seleção polonesa é a atual bicampeã Mundial, conquistando a glória nas edições Polônia-2014 e Bulgária/Itália-2018, e ganhou o título do Campeonato Europeu de 2009, na Turquia. A equipe liderada por Kubiak e Kurek foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Montreal-1976 e, em Moscou-1980, ficou em quarto. Desde então, o time europeu não sabe o que é superar a fase de quartas de final
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No histórico entre as finalistas da Liga das Nações, o time sul-americano está em vantagem. Em grandes competições internacionais, Brasil e Polônia duelaram 62 vezes, com os brasileiros vencendo 41 jogos e os poloneses 21. Na atual edição da VNL, a equipe do capitão Bruninho bateu os comandados do técnico belga Vital Heynen por 3 sets a 0. As duas nações jogaram três finais de Campeonatos Mundiais, com os brasileiros ganhando em 2006 (3 a 0) e os poloneses levando em 2014 (3 a 1) e 2018 (3-0).
“Projetando o Brasil e Polônia da final, a seleção vai enfrentar outro tipo de saque. Esquece o saque da França. Bieniek, Kurek e Leon são três passagens com mísseis o tempo inteiro. A gente tem que sair contando que eles farão 10 a 5 em aces. Temos que ter isso em mente. A gente saca bem, mas eles sacam mais forte e possuem mais consistência. Eles costumam fazer uma sequência de saque maior e erram menos pelo tanto que forçam. Polônia e Brasil estão acima das outras. As duas melhores equipes da VNL e do cenário mundial chegaram na final”, concluiu Pedro Moska.