Itália supera a Sérvia e fatura o tricampeonato europeu
Azzurra começou atrás a decisão, mas se recuperou a partir do segundo set para faturar o caneco de 2021
Itália e Sérvia fizeram um jogo de quatro sets em Belgrado (Divulgação/CEV)
Esqueça aquela Itália capenga que se apresentou nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A Azzurra do Campeonato Europeu, embora ainda não tenha a mesma força da equipe de antes da pandemia, mostrou um conjunto mais sólido na disputa continental. E menos dependente de sua estrela Paola Egonu.
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Já a Sérvia, embora contasse com a ponteira Katarina Lazovic, destaque da Liga das Nações (VNL), foi a mesma Sérvia dependente ao extremo de Tijana Boskovic. Até a decisão, a estratégia de se apoiar sobre a camisa 18 deu certo. Porém, na final deste sábado (4), em um ginásio lotado de Belgrado (SRB), a conta chegou.
Com um conjunto melhor, a Itália apagou a má imagem deixada nas quadras de Tóquio e conquistou o título da edição 2021, após marcar 3 sets a 1 nas donas da casa, com direito a parciais de 24/26, 25/22, 25/19 e 25/11. A geração de Egonu, com o resultado, coloca fim a um hiato de 12 anos desde a última conquista no continente.
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Agora tricampeãs (2021, 2009 e 2007), as italianas, que viram Egonu marcar 29 pontos (53% de aproveitamento ofensivo) na grande final, interrompem também uma sequência de duas conquistas da Sérvia. Menos decisiva que o normal, Boskovic pontuou 20 vezes (40%) no último jogo do campeonato.
O JOGO
A torcida da Sérvia compareceu em peso à Arena de Belgrado para empurrar a equipe da casa rumo ao tetracampeonato. Em quadra, a seleção de Zoran Terzic correspondeu à expectativa dos fãs. Maja Ognjenovic jogou com um bom passe e acionou com frequência as centrais. Na saída, Tijana Boskovic, quando solicitada, correspondeu. Na Itália, Paola Egonu foi a bola de segurança de Alessia Orro. As duas equipes chegaram juntos à reta decisiva, mas a Sérvia foi mais eficiente para fechar em 26 a 24.
Torcida sérvia empurrou a equipe de Boskovic (Divulgação/CEV)
A Itália não se abateu com o resultado e entrou melhor no segundo set. Elena Pietrini, no saque, ajudou a Azzurra a liderar a parcial até a metade. Mas a Sérvia se recuperou a partir dos golpes de Boskovic, e do crescimento do bloqueio, e chegou ao momento decisivo da segunda parcial em vantagem (20/19). Ficou melhor ainda após um erro de Egonu pela saída (22/20). Mas, com cinco pontos em sequência, a Itália se recuperou e empatou a final em 1 a 1 (22/25).
As sérvias, que tiveram a parcial na mão para abrir 2 a 0, começaram melhor o terceiro set. O jogo parecia controlado pelas donas da casa até o 12º ponto (12/10). A partir daí, a Itália, com dois bons saques de Pietrini, começou a preocupar a torcida da casa. O time de vermelho sentiu e viu as azuis tomarem à frente após outra boa passagem de Egonu pelo saque. Era a injeção que a Azzurra precisava para deslanchar e fechar em 25 a 19. E também para calar o ginásio de Belgrado, que acusou o golpe.
No quarto set, nem a torcida local, nem a Sérvia tiveram forças para jogar de igual para igual com as visitantes. O saque adversário mais uma vez complicou a vida do time de Terzic, que espirrou tudo que foi bola. Boskovic, até então o nome da competição, não conseguiu reverter o cenário que se pintou. A Itália, mais equilibrada, empilhou ponto atrás de ponto. Foi questão de tempo até a comemoração das italianas pelo tricampeonato europeu.
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