Zé Roberto: “Muita gente que nunca ganhou nada se dá o direito de criticar”
Zé Roberto vem de um ano difícil com a seleção feminina do Brasil (Foto: Divulgação/FIVB)
Por Sidrônio Henrique, de Brasília (DF)
27 de maio de 2019
O atual ciclo olímpico tem sido duro para o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães. O time terminou o Campeonato Mundial de 2018 com um resultado decepcionante. O sétimo lugar foi a pior colocação desde a edição de 2002, sendo que aquela equipe do início da década passada, sob o comando de Marco Aurélio Motta, não contava com as principais jogadoras da época.
É sob intensa pressão que Zé Roberto, 64 anos, caminha para a Olimpíada de Tóquio, em 2020. O treinador reclama das contusões, do calendário e fala também das cobranças. “Muita gente que nunca ganhou nada, nunca competiu, nunca dirigiu um time, nunca treinou ninguém se dá o direito de criticar”, afirma ao Saque Viagem.
O clichê “ir do céu ao inferno” se fez presente na vida dele mais de uma vez. Sua história à frente das seleções masculina e feminina de vôlei do Brasil é superlativa.
Logo em sua temporada inicial, em Barcelona-1992, de forma invicta, cedendo apenas três sets em oito partidas, os homens trouxeram o primeiro ouro olímpico de um esporte coletivo para o País. Em Atlanta-1996, viu uma equipe taticamente defasada parar nas quartas de final. Saiu de cena.
Começou com as mulheres em 2003. Viveria em Atenas-2004 um dos capítulos mais dolorosos da história esportiva brasileira. A virada russa na semifinal daquela Olimpíada abriu uma ferida que levaria quatro anos para ser cicatrizada. Em Pequim-2008, conduziu o time numa das melhores campanhas da história da modalidade – oito vitórias, apenas um set perdido na decisão diante dos Estados Unidos. Além do inédito ouro para o voleibol feminino do Brasil numa Olimpíada, garantiu como bônus o fim da pecha de “amarelona” para uma seleção que sempre ficava no quase nas grandes competições.
Zé Roberto repetiria a dose em Londres-2012. Outro ouro olímpico, novamente batendo as americanas na final. Desta vez, no entanto, a trajetória foi sofrida: derrotas na primeira etapa e um triunfo épico na fase de mata-mata contra as russas – algozes das brasileiras em Atenas-2004 e nas decisões dos Mundiais de 2006 e 2010.
Já era o único a vencer Olimpíadas tanto com uma equipe masculina quanto com uma feminina, quando somou ao currículo mais um feito exclusivo: ser tricampeão olímpico de vôlei como treinador – o cubano Eugenio George Lafita conquistou dois ouros como técnico e um como assistente.
Em Londres-2012, Zé Roberto se tornou o único tricampeão olímpico entre os treinadores de vôlei (Foto: Divulgação/FIVB)
Porém, o sonho do quarto ouro – o terceiro seguido da seleção feminina – foi brecado em casa, na Rio-2016, pela China. Zé Roberto, que havia visto o favoritismo no Mundial de 2014 resultar numa medalha de bronze, saiu de mãos vazias na Olimpíada disputada no Brasil, eliminado nas quartas de final.
Quando perguntado se a ausência no pódio em Tóquio-2020 o faria deixar o cargo, responde: “A gente nunca sabe o dia de amanhã. Não sei, eu não sei… Deixa a vida me levar, deixa as coisas acontecerem.”
Zé Roberto conversou conosco ainda sobre veteranas, novatas, adversários, prioridades e preocupações. Fez apenas um pedido: que a conversa se restringisse à temporada de seleções, sem tratar do Hinode Barueri, sua equipe, que recentemente fechou uma parceria com o São Paulo Futebol Clube.
Confira a entrevista que ele concedeu ao site, em Brasília (DF), antes da estreia na Liga das Nações:
Saque Viagem – Como você avalia o calendário do voleibol e o impacto dele sobre o físico das atletas?
Zé Roberto – O calendário tem que ser melhorado por causa dessas lesões. Isso é algo que vem ocorrendo no cenário internacional como um todo. Nós precisamos preservar ao máximo as nossas jogadoras para que elas tenham um bom rendimento nas duas temporadas: no clube e na seleção. Temos trabalhado muito nos últimos anos pensando na longevidade dessas atletas. O calendário é algo que precisa ser sempre revisto, discutido. Agora o que me chama a atenção é a forma como encaram os resultados. Aqui no Brasil a gente não pode pensar somente em participar, tem que ganhar, seja lesionado ou não. É um grande problema que a gente enfrenta.
Seleção feminina teve baixas neste início de temporada em razão das lesões (Foto: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
Saque Viagem – Você fala da pressão, mas especificamente de quem? Da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), da imprensa, dos fãs?
Zé Roberto – De todo lado. No Brasil, segundo ou último lugar é a mesma coisa. É um problema grande. Aqui, quando somos o segundo, o terceiro ou o quarto do mundo, isso não significa absolutamente nada.
Saque Viagem – A Liga das Nações é uma competição secundária para as principais seleções. Você quer dizer que não tem a opção de colocar, por exemplo, somente as mais novas?
Zé Roberto – No Brasil, não. Aqui você tem que ganhar ou ganhar. Sempre foi assim, em qualquer esporte. Agora, nós temos o nosso planejamento e vamos colocá-lo em prática. O importante é executar o que programamos. A gente está se preparando para o Pré-Olímpico, essa é a prioridade.
Seleção começou a jogar a Liga das Nações em Brasília (Foto: Divulgação/FIVB)
Saque Viagem – Suponha que na última etapa da fase classificatória da Liga o Brasil corra o risco de não ir para as finais. Você se vê na obrigação de colocar em quadra Tandara e Natália, duas jogadoras importantes, mas que estão se recuperando fisicamente?
Zé Roberto – Se eu sentir que elas estão com um nível bom, estão com ritmo e bem fisicamente, elas podem participar do jogo inteiro. Se não for nessas condições, de jeito nenhum. Vou preservá-las.
Saque Viagem – Natália vai para o Eczacibasi, a Gabi, para o VakifBank. Você acompanhou a experiência da Thaisa no Eczacibasi e da Natália no Fenerbahçe, sabe que os grandes clubes turcos exigem demais fisicamente das atletas. O quanto isso te preocupa?
Zé Roberto – Muito e sempre. A gente trata as jogadoras de uma forma diferente aqui. A gente tem a preocupação de preservá-las, de que estejam bem para jogar. Eu fui técnico na liga italiana durante três anos e na turca por dois anos. Minha preocupação sempre foi de preservar as atletas. Tem gente que não tem essa postura, tem clube que não se preocupa com isso. Aí a jogadora entra em quadra lesionada às vezes porque eles estão pagando. Jogar lá fora é um risco sempre grande e o preço pode ser muito alto.
O treinador já trabalhou no Fenerbahçe e sabe como é feita a preparação dos clubes turcos (Foto: Divulgação/FIVB)
Saque Viagem – O melhor exemplo do ápice físico quando falamos da seleção brasileira feminina de vôlei é o time campeão em Pequim-2008. Você já disse que em Londres-2012 atingiu aproximadamente 70% do programado e na Rio-2016 também não chegou ao ideal. Quando pensa em Tóquio-2020, qual sua expectativa com tantas atletas importantes recuperando-se de lesões?
Zé Roberto – Acho que o time pode chegar fisicamente tão bem quanto aquele de Pequim. Acredito que ainda há tempo para que todas apresentem sua melhor forma. O que vai pesar são essas recuperações que algumas atletas precisam passar, mas isso eu não tenho como estimar. Foge ao meu controle quando elas estão em clubes fora do Brasil, por exemplo.
Saque Viagem – Aqui no Brasil você dialoga com os clubes sobre essa questão?
Zé Roberto – Com alguns, sim. Mas o nosso preparador físico (José Elias Proença) está sempre em contato com os preparadores de todas as comissões técnicas das equipes da Superliga. No Brasil, a gente trabalha bem tanto física quanto tecnicamente. Em termos de treinamento, talvez o Brasil seja o país onde mais se treina no mundo, temos ótimos profissionais. O que me preocupa são aquelas jogadoras que estão no exterior.
Zé Roberto, junto com sua comissão, monitora as jogadoras da seleção durante a Superliga (Foto: Divulgação/FIVB)
Saque Viagem – Você diria que as seleções da Sérvia, da Itália, da China e dos Estados Unidos estão acima da brasileira?
Zé Roberto – Se nós pudermos contar com todas as nossas jogadoras, brigamos de igual para igual com qualquer time. É que até agora, e estamos no terceiro ano desse ciclo olímpico, nós não conseguimos jogar com a equipe completa. Sempre tivemos uma ou outra atleta machucada. Mas veja bem, tira a (Ting) Zhu da China para ver se elas mantêm a qualidade. Tira a (Paola) Egonu da Itália e a (Tijana) Boskovic da Sérvia para ver se fica a mesma coisa. Eu digo o mesmo sobre a Tandara, a Natália e a Gabi. Você não vai encontrar facilmente pelo mundo jogadoras com essa qualidade e experiência. Todas aquelas seleções ainda não têm atletas prontas, preparadas para substituir suas principais peças nesse momento.
Saque Viagem –Tandara, Natália e Gabi seriam o tripé da seleção brasileira, a referência do time?
Zé Roberto – Sim, elas hoje são a referência da seleção pelo nível que elas atingiram ao longo dos anos, pela qualidade que elas apresentam. É o caso da Sérvia com a (Milena) Rasic, a Boskovic e a (Brankica) Mihajlovic. O da Itália com a Lucia Bosetti, que dá volume ao time, e ainda tem a Egonu. Na China existe a Zhu e tem as passadoras.
Saque Viagem – Recentemente, o técnico Karch Kiraly (EUA) afirmou que o saque está cada vez mais agressivo e que isso tem comprometido a linha de passe das equipes. Você concorda?
Zé Roberto – Sim, tanto é que ele teve que improvisar a (Kelsey) Robinson como líbero. O saque tem causado problemas para a maioria das recepções. Realmente, está cada vez mais agressivo. Por que foi que eu citei a Natália e a Gabi? Porque elas são exímias passadoras. Poucas equipes no mundo têm ponteiras no nível dessas duas na recepção.
A ponta americana Robinson foi utilizada como líbero na última temporada (Foto: Divulgação/FIVB)
Saque Viagem – A Natália é reconhecida como uma grande atacante. Você a considera uma exímia passadora?
Zé Roberto – A Natália é uma excepcional passadora. Ela tem nesse fundamento uma qualidade fora do comum, bem como a Gabi. A gente teve excelentes passadoras como a Jaqueline, a Fernanda (Garay)… A Paula (Pequeno) era uma boa passadora. O mundo carece de boas passadoras hoje. Por isso, os Estados Unidos sofreram no Mundial. A Sérvia sofre bastante, mas tem o desafogo da bola alta com a Boskovic e a Mihajlovic. A Itália tem a possibilidade de contar com a Lucia Bosetti e com a Monica De Gennaro, ambas muito boas na recepção, e ainda tem a Egonu para as bolas altas. Na China, a Zhu não é boa passadora, mas é uma atacante privilegiada e há outras para cobrir o passe. A Zhu, naquele tie-break das quartas de final contra o Brasil, na Olimpíada do Rio, marcou 11 pontos. Nós demos dois pontos em erros de saque e o restante da seleção chinesa fez dois. Sozinha, a Zhu marcou 11 vezes em um tie-break num jogo decisivo. (Nota do site: Ting Zhu marcou seis pontos naquele tie-break.)
Saque Viagem – Você trouxe duas líberos a Brasília para a primeira etapa da Liga das Nações, a Léia e a Natinha. Mais alguma vai se juntar ao time?
Zé Roberto – A Suelen se apresenta em Saquarema em três semanas.
Saque Viagem – Como foi sua conversa com a Camila Brait sobre o pedido de dispensa e a possibilidade dela voltar à seleção?
Zé Roberto – Olha, temos que ver o que vai acontecer. Ela tem os motivos dela.
Convocada novamente este ano, Brait pediu dispensa da seleção (Foto: Divulgação/FIVB)
Saque Viagem – Se a Brait jogar na próxima temporada o que jogou nessa recém-encerrada, você a convocaria novamente?
Zé Roberto – A gente tem que convocar as melhores jogadoras. Isso depende da Superliga que ela fizer, depende também do que as outras fizerem. As portas estão abertas para todas. O que aconteceu este ano, por exemplo, a Carol Gattaz, com a Superliga que ela fez, aos 37 anos… A Gattaz já foi da seleção, saiu, agora está numa fase muito boa, mas está com um problema no joelho (tendinite patelar no joelho esquerdo) e se não fosse por isso estaria de novo na seleção, seria uma das nossas centrais.
Saque Viagem – A Gattaz está nos seus planos para o Pré-Olímpico, no início de agosto, que é uma competição curtíssima, com apenas três partidas?
Zé Roberto – Ela não está na Liga das Nações por causa do problema no joelho. Ela tem que se recuperar e precisa de tempo. Isso foi uma conversa que ela teve com o clube, teve comigo também. Talvez, mais adiante, ela seja convocada para outra competição. O Pré-Olímpico está muito próximo para que ela esteja lá.
Carol Gattaz segue nos planos do técnico para defender a seleção (Foto: Divulgação/FIVB)
Saque Viagem – Depois da Rio-2016, Fabiana e Sheilla disseram adeus à seleção. No entanto, em mais de uma oportunidade, você afirmou que as queria de volta. A Fabiana segue na ativa e a Sheilla vai voltar a jogar depois de três anos parada. Ainda pensa em contar com elas?
Zé Roberto – Não é só a Sheilla, a Fabiana, ou ainda a Walewska… Qualquer jogadora apresentando um bom jogo e estando bem fisicamente pode ser chamada. Veja, eu acho uma pena que jogadoras com 34 anos, que é o caso da Fabiana, e quase 36, como a Sheilla, e tendo uma boa condição física, não joguem pela seleção. Hoje a gente vê atletas nessa faixa etária que estão se apresentando muito bem. A italiana (Francesca) Piccinini tem 40 anos e acabou de ganhar o sétimo título da Champions League. A Fofão jogou em alto nível acima dos 40. É uma pena quando essas jogadoras ainda podem estar na seleção e não estão. É uma opção delas. Claro que isso não quer dizer que as portas estão fechadas para elas. Tudo depende de fazerem uma boa Superliga.
Saque Viagem – Você conversou com a Fernanda Garay sobre seleção após a Superliga?
Zé Roberto – Eu falo sempre com a Fernanda, mas ela está com outras coisas na cabeça, quer se dedicar à família, ao clube… Mas a seleção está aberta para qualquer uma.
Saque Viagem – Como você encara os pedidos de dispensa?
Zé Roberto – Eu não vou ficar falando disso, cada uma tem um motivo, algumas com lesões, outras com questões pessoais… O foco está em quem atendeu a convocação, quem está presente.
Saque Viagem – A Macris, depois da temporada que fez no Itambé/Minas, pode ser considerada a levantadora titular da seleção?
Zé Roberto – Vai depender dela, não de mim. Quem se escala é ela, quem vai mostrar se deve ser titular é ela. Sem dúvida, a Macris fez uma Superliga excepcional. Vai ter oportunidade de jogar, de mostrar o que sabe.
Zé Roberto sobre Macris: “Fez uma Superliga excepcional” (Foto: Divulgação/FIVB)
Saque Viagem – A Macris e a Roberta vieram para Brasília e seguem para a segunda etapa em Apeldoorn, na Holanda. Você pretende utilizar as outras levantadoras que inscreveu no torneio, a Fabíola e a Juma?
Zé Roberto – A Juma vai participar mais adiante. A Fabíola deve ser utilizada em outras competições.
Saque Viagem – Há caras novas, como a Julia Bergmann, a Tainara, a Mayany, a Natinha e mesmo a Lorenne, que embora tenha sido convocada antes não tem muita experiência. Como você as avalia, Zé Roberto? Tóquio-2020 é cedo para elas ou vai depender do que vão apresentar?
Zé Roberto – Não dá para dizer não para elas em relação a Tóquio. Não dá para fechar isso com ninguém, sejam as mais velhas ou as mais jovens. Se as atletas novas jogarem bem e estiverem numa boa condição física, não há por que não as levar. A gente tem que ir com o que tem de melhor. Vamos ver o que elas vão apresentar, são meninas promissoras, com muito potencial. Nós temos cinco torneios este ano, as mais jovens terão bastante espaço nos Jogos Pan-Americanos e no Campeonato Sul-Americano. (Nota do site: além dessas duas competições citadas, mais a Liga das Nações e o Pré-Olímpico, a seleção disputará ainda a Copa do Mundo.)
Saque Viagem – O sétimo lugar no Mundial de 2018 te incomodou muito, independentemente de o time ter rendido menos por causa de algumas lesões?
Zé Roberto – Todos os momentos de derrota, quando você fica fora do pódio, são muito difíceis, principalmente pela cobrança que existe em nosso país. Mas eu vejo esses momentos como uma oportunidade de aprendizado, de melhorar o planejamento, a nossa organização.
Saque Viagem – Qual a maior deficiência da equipe?
Zé Roberto – O que nos prejudica hoje são as lesões, comprometem o rendimento.
Seleção do Brasil foi apenas a sétima colocada no Mundial de 2018 (Foto: Divulgação/FIVB)
Saque Viagem – Mas você vê equilíbrio em todos os fundamentos? Não vê deficiências técnicas do time em certos aspectos?
Zé Roberto – O Brasil sempre se destacou pela qualidade técnica das suas jogadoras, isso diante de qualquer seleção. Sempre foi o nosso diferencial. Nosso time não é o mais alto ou o mais forte, mas chama a atenção pela técnica. Temos velocidade, jogadoras versáteis.
Saque Viagem – Você reclamou da falta de reconhecimento quando não se alcança o topo do pódio, embora tenha convivido com essa pressão desde a seleção masculina, depois como dirigente de futebol por três anos (dois no Corinthians e um no Cruzeiro). Já pensou em desistir da seleção feminina?
Zé Roberto – Não. A cobrança faz parte da nossa cultura, é preciso aprender a conviver com ela. No futebol é muito maior do que no vôlei, mas há pressão em todas as modalidades. Muita gente que nunca ganhou nada, nunca competiu, nunca dirigiu um time, nunca treinou ninguém se dá o direito de criticar… Somos assim, faz parte do nosso jeito.
Saque Viagem – Seu contrato com a CBV tem sido renovado a cada ciclo olímpico. Se a equipe ficar fora do pódio em Tóquio-2020, você deixa o cargo, mesmo que a CBV queira mantê-lo?
Zé Roberto – A gente nunca sabe o dia de amanhã, vai vivendo o hoje, tentando melhorar a cada dia, procura aprender e evoluir. Eu planejo a melhoria das jogadoras, planejo os campeonatos que vamos disputar. Há situações que te obrigam a mudar no meio do caminho. Então eu não penso “ah, depois da Olimpíada”… Não sei, eu não sei… A gente depende de resultados, então eu não sei. Deixa a vida me levar, deixa as coisas acontecerem.
Contrato de Zé Roberto com a seleção vai até as Olimpíadas de Tóquio-2020 (Foto: Ricardo Botelho/Inovafoto/CBV)