Cacá Bizzocchi analisa os cinco principais times do feminino
Destaque para Minas, Osasco e Sesi Bauru na avaliação do comentarista do Saque Viagem
Itambé/Minas é o líder da Superliga 2020/21 com 39 pontos (Arte/Saque Viagem)
Por Saque Viagem
01 de fevereiro de 2021
A Superliga feminina 2020/21 conta com a participação de 12 times. Após mais de um turno disputado, a classificação mostra uma divisão entre os cinco primeiros, que podemos chamar de Big Five, em comparação com os outros sete. Itambé/Minas é o líder, com 39 pontos, seguido por Dentil/Praia Clube, segundo, com 37; Osasco/São Cristóvão Saúde, terceiro, com 36; o Sesi Bauru, quarto, com 34; e o Sesc Flamengo, quinto colocado, com 33. As equipes de Uberlândia, Rubro-Negra e bauruense com um jogo a mais (15 a 14).
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Na edição 69 do programa “Mais Vôlei, Por Favor“, exibido no canal do Saque Viagem no YouTube e também na plataforma Volleyplay, o comentarista Cacá Bizzocchi fez uma avaliação das diferenças e semelhanças entre os cinco principais times da Superliga feminina. “Hoje em dia é fundamental que a central jogue, principalmente atacando. Isso faz com que o vôlei moderno aconteça de forma eficaz. Fiz um levantamento dos pontos feitos pelas principais centrais de cada um dos times e tem uma diferença fundamental”, disse.
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“O time que mais pontua com as centrais é o Minas. Thaisa e Carol Gattaz foram responsáveis por 210 pontos da equipe. Aí a gente tem uma distância muito grande em relação aos outros times. O segundo é o Sesi Bauru, já que Mara, Adenízia e Fê Ísis fizeram 183. Depois aparece o Praia Clube, com Jineiry Martinez, Walewska e Carol, com 161. Em seguida, figura o Flamengo, pois Juciely, Valquíria e Milka marcaram 156 e, por último, o Osasco, com Bia, Mayany e Camila Paracatu, com 153 acertos de ataque”, acrescentou Cacá Bizzocchi.
Centrais do Minas e ponteiras do Osasco
De acordo com o especialista, o Minas é o destaque quando o assunto são as centrais. “No Minas, a Macris faz essa opção de jogar com as centrais porque, primeiro, tem que jogar com a Thaisa, já que a ela é uma máquina de pontuar. Colocou para ela e a chance de a bola ir para o chão é grande. É a maior pontuadora, a melhor atacante e bloqueadora e o nome da Superliga por enquanto. E, como a Macris não tem atacantes de extremidade com tanta regularidade, ela tem que fazer esse jogo”, destacou Cacá Bizzocchi.
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Para que as centrais possam jogar, a recepção é fundamental para que a levantadora receba a bola na mão, o conhecido passe A. E, além da líbero, as duas ponteiras são determinantes para que aumentem as opções de ataque. No conjunto das obrigações dessa função, Cacá Bizzocchi apontou o Osasco como o melhor. “Em relação às ponteiras, considero o Osasco o time com as melhores no quesito recepção. Com Gabi Cândido e Jaqueline jogando, a equipe tem uma linha de passe muito forte e uma regularidade na recepção”, apontou.
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“Com isso, as duas estão fazendo com que o time jogue ofensivamente de modo mais dinâmico. E elas não são jogadoras que só estão lá para passar. A Gabi Cândido está atacando muito bem e a Jaqueline evoluiu demais da temporada passada para essa nesse fundamento”, completou o comentarista, que avaliou as ponteiras do Minas e do Flamengo com rendimento irregular, o Praia Clube com enorme dependência de Fe Garay e o Sesi Bauru aparecendo logo em seguida ao Osasco com a chegada da búlgara Rabadzhieva.
Sesi Bauru: segundo entre as ponteiras
“Eu acredito que o Bauru tenha, agora com a Rabadzhieva, um equilíbrio entre recepção e ataque, mas em relação ao Osasco ainda não tem uma dupla (Rabadzhieva e Tiffany) em condições de competir com Jaqueline e Gabi Cândido. O Flamengo é a mesma coisa, pois a Ana é espetacular e está crescendo, mas ainda tem uma irregularidade, já que a eficácia de ataque dela não é constante. E a Amanda que é uma boa passadora, talvez uma das melhores do Brasil”, avaliou Cacá Bizzocchi.
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“O Praia Clube depende muito do rendimento da Fê Garay porque a Anne não vêm bem. Ela não é uma jogadora que traz confiança ao time. Então, se a Garay não estiver bem a Anne também não joga. É um time fortíssimo de ataque, com a Anne e a Martinez em uma pegada altíssima, mas que depende da Garay para jogar. Portanto, penso que a diferença entre as ponteiras, por enquanto, é essa”, complementou o comentarista.
Definidoras, líberos e levantadoras
Na sequência das análises, Cacá Bizzocchi indicou o Sesi Bauru como a equipe com as melhores jogadoras decisivas nas extremidades. “Acho que o Sesi Bauru com a Tiffany, do jeito que está jogando, ao lado da Polina, é o time com a melhor referência entre as definidoras. O Flamengo pode melhorar nesse quesito, já que a Lorenne está crescendo e parece estar evoluindo jogo a jogo. Mas essa instabilidade da Lorenne, que também ficou fora do time por um tempo, fez com que a Ana Cristina também virasse referência para a Fabíola”, comentou.
“No Osasco, a referência é a Tandara que, em minha opinião, é a mais técnica de todas as referências em bolas decisivas. Já o time do Minas não tem alguém que possamos falar: ‘o negócio apertou e tenho a certeza que a fulana vai colocar no chão’. Cuttino, Megan e Pri Daroit são jogadoras que precisam de atuações no mesmo nível para que possam render. O Praia Clube tem a Martinez como principal definidora e a Anne é uma atleta que não mostra que pode definir a qualquer momento”, acrescentou Cacá Bizzocchi.
Para finalizar as avaliações, o especialista citou os times que se destacam nas posições de líbero e levantadora. “Sesi Bauru e Osasco são as equipes com as duas melhores líberos atuando no Brasil, com a Brenda e a Camila Brait, respectivamente. E o hoje o Minas possui a melhor levantadora. A Macris está um pouco acima das demais, mas não vejo diferença entre Roberta, Dani Lins, Fabíola e Claudinha. Se tirasse a Macris, eu não sei se o time renderia tanto, mas sorte do Minas que tem ela”, concluiu Cacá Bizzocchi.
Cacá Bizzocchi considera Thaisa a melhor jogadora da Superliga (Orlando Bento/MTC)