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Pedro Moska cita duas atuações de destaque do Curitiba na Superliga

O técnico do time paranaense também comentou sobre as dificuldades de trabalhar em uma temporada em meio à pandemia do coronavírus

Pedro Moska classificou o Curitiba aos playoffs da Superliga (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

 

Por: Rafael Zito

 

O Curitiba Vôlei entra em quadra nesta quarta-feira (3) para enfrentar o Dentil/Praia Clube, em Uberlândia, às 18h, em partida atrasada da Superliga 2020/21, adiada por casos de Covid-19 no elenco paranaense. Já classificado para os playoffs de quartas de final da competição nacional e com sua melhor campanha na história, o time comandado pelo técnico Pedro Moska ocupa a sétima posição, com 27 pontos: nove vitórias e 11 derrotas. Com 20 jogos disputados, o treinador foi indagado a citar duas atuações de destaque da equipe, sendo um triunfo e um duelo em que sofreu revés, mas o desempenho foi satisfatório.

 

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“Um jogo que vencemos e não tivemos tantos altos e baixos e que, digamos assim, ficamos a frente do placar o tempo inteiro, foi o 3 a 0 contra o Brasília no primeiro turno. Nessa partida nós ficamos na liderança do marcador nos três sets. Não foi nenhum 25 a 11, mas, se não me engano, foi um confronto em que nem pedi tempo. Posso dizer que, nesse duelo, nós estivermos mais confortáveis. Não que o Brasília não seja um time difícil, mas acho que não estava em um dia inspirado e conseguimos mandar no jogo do início ao fim”, afirmou Pedro Moska em entrevista ao Saque Viagem.

 

 

No primeiro turno, quando atuou em casa, o Curitiba ganhou por 3 sets a 0, parciais de 25/21, 25/17 e 25/19, com a oposta Ivna como a maior pontuadora do jogo com 16 pontos. Assim como na ida, o time dirigido por Pedro Moska também derrotou o Brasília no returno, no Distrito Federal, porém, com mais dificuldades, em cinco séries: 25/22, 22/25, 22/25, 25/19 e 15/12. Neste duelo mais equilibrado, Ivna liderou a pontuação das visitantes, com 21 acertos, mas a oposta Ariane, da equipe brasiliense, foi a atleta que colocou mais bolas no chão, com 25.

 

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Pedro Moska igualmente apontou uma partida que o Curitiba foi superado, mas teve chances de vencer e atuação satisfatória. “O jogo contra o São Paulo/Barueri foi aquele que poderíamos ter fechado em 3 a 0. Depois, tivemos chances de ganhar por 3 a 1. Aí foi para o tié-break e poderíamos ter vencido por 3 a 2, porém, acabamos perdendo por 3 a 2. Então, ali teve de tudo. Esse jogo me marcou bastante porque perdemos, mas poderíamos ter ganhado de 3 a 0”, citou o treinador, que reencontra o time comandado por José Roberto Guimarães na sexta-feira (5), em Barueri, às 17h.

 

Adversidades em trabalhar em meio ao coronavírus
Jogadoras do Curitiba Vôlei Superliga 2020/21

O Curitiba, assim como alguns rivais, sofreu com casos de Covid-19 no seu elenco (Ricardo Bufolin/Panamerica Press/ECP)

 

A temporada 2020/21 sofre com a pandemia do coronavírus assim como aconteceu com a fase decisiva de 2019/20, quando a Superliga foi cancelada antes da fase de playoffs. Diversos times, tanto no feminino quanto no masculino, tiveram atletas e membros da comissão técnica contaminados Em contato com o Saque Viagem, Pedro Moska, que já precisou cumprir quarentena por ter se infectado, comentou às dificuldades e como está sendo trabalhar em meio aos frequentes casos de Covid-19.

 

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“Essa não é uma particularidade só do Curitiba. Todo mundo está passando por uma coisa inédita. Ninguém nunca imaginou passar por essa situação. O que está pegando é a questão de um determinado grupo que pegou Covid em um tempo e outra parte em outro momento. E é difícil porque você tem que equalizar a preparação física, já que um grupo volta antes do outro e apresenta sintomas diferentes, umas com mais falta de ar e sem ter aquela respiração 100% normal, pois acometeu um pouco mais o pulmão, em comparação com outras sem sintomas e treinando normal”, disse Pedro Moska.

 

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“É também um desafio que te faz crescer não só como técnico, mas também como ser humano ao observar o outro lado e ter a consciência que não é só o atleta que está ali, que é um ser humano que está com dificuldade de saúde também. Eu tive Covid-19 e fiquei com um pouquinho de febre, dor de cabeça e sem olfato”, completou o treinador, que teve dois companheiros de profissão que apresentaram sintomas mais fortes e ficaram um período internados na UTI: os técnicos Luizomar, do Osasco São Cristóvão Saúde, e Rubinho, do Sesi Bauru.

 

Relato de respeito ao Sesi Bauru

 

Inclusive, antes do jogo contra o Sesi Bauru pelo segundo turno, quando Rubinho voltava ao comando do time após ter se recuperado do coronavírus, o Curitiba antecipou os testes com seu elenco em consideração ao que o treinador do time bauruense havia passado. “Quando a gente foi jogar contra Bauru, no dia 11, em Curitiba, a gente ia fazer o teste apenas no dia 12 pelo protocolo da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol). Por um acaso, na noite do dia 10, Pietra, Jujú Perdigão e Ivna sentiram certo desconforto e dor de cabeça”, contou.

 

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“Na manhã do dia 11, no treino de saque e passe, elas também não estavam 100% bem. Por respeito a equipe do Bauru, principalmente pelo que o Rubinho tinha passado, a gente antecipou os testes de todo mundo para aquele dia. A gente saiu do treino e foi todo mundo fazer o teste. E as três deram positivo e já saíram do jogo. Muito por respeito àquilo tudo que eles tinham passado, que o Rubinho passou. No dia 11, a Mari Aquino e eu testamos negativo. A Mari, no dia 12, já deu positivo e eu voltei a fazer no dia 13 e deu positivo”, concluiu Pedro Moska.

 

 

PRIMEIRO EPISÓDIO DO PODCAST #PIPEDOVÔLEI COM SASSÁ

 

CONFIRA NA ÍNTEGRA A EDIÇÃO 73 DO PROGRAMA “MAIS VÔLEI, POR FAVOR”

Rafael Zito é jornalista formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Acumula passagens pelas redações do Olimpíada Todo Dia, Terra, Federação Paulista de Futebol e, há mais de dez anos, cobre voleibol de quadra.

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