‘Mais Vôlei, Por Favor’ faz análise tática da decisão da Superliga masculina
EMS Taubaté Funvic e Fiat/Minas realizam nesta quarta-feira (14) o primeiro jogo da série melhor de três da final. A partida será no CDV (Centro de Desenvolvimento de Voleibol), em Saquarema (RJ), às 19h
Escobar é o principal atacante do Minas (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
EMS Taubaté Funvic e Fiat/Minas realizam nesta quarta-feira (14) o primeiro jogo da série melhor de três da decisão da Superliga masculina 2020/21. A partida será no CDV (Centro de Desenvolvimento de Voleibol), em Saquarema (RJ), às 19h. E um dos duelos mais esperados no encontro entre as duas equipes é o do saque taubateano contra a recepção dos minastenistas. Na semifinal, os comandados do técnico argentino Javier Weber anotaram 16 aces diante do Vôlei Renata e quebraram o passe em vários momentos. Já o time mineiro tem três dos dez melhores passadores da competição.
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“Entrando na análise tática, esse é um dos pontos principais dessa final (saque do Taubaté e recepção do Minas). O William é um diferencial, o cara que pode transformar o jogo, mas ele só pode fazer isso se tiver o passe na mão. Se isso não acontecer, ele se torna um colocador de bolas na ponta. O passe do Minas tem chegado, pois o rendimento dos três passadores está lá em cima (Lazo, Honorato e Maique), por isso, que o Lazo está jogando no lugar do Jonatas porque ele é um cara que passa e faz com que o Escobar jogue e os centrais sejam acionados mais vezes”, disse Cacá Bizzocchi.
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“O jogo do Honorato cresceu muito com o Lazo firmado como titular. Mas, se o Taubaté sacar e tirar a bola da mão do William, acabou. Aí não tem história e acho que será 2 a 0. Não tem como jogar contra o Taubaté, que está com um volume de jogo muito alto, veio crescendo no campeonato e mostra que se preparou para chegar na final. Sabia que ia chegar e tinha que chegar forte”, acrescentou o comentarista do Saque Viagem na edição 80 do programa “Mais Vôlei, Por Favor” que, nesta semana, é exclusivo para assinantes da VolleyPlay.
Bola de segurança dos levantadores
Dando continuidade às análises táticas desse confronto, Cacá Bizzocchi avaliou os dados com as opções que os levantadores Bruninho e William mais utilizaram nos playoffs de semifinal. “Eu fiz também uma análise em relação a distribuição dos dois levantadores nas semifinais. O William jogou 20% das bolas com os centrais. Já o Bruno jogou 19%, ou seja, tanto Minas quanto Taubaté jogam, a cada cinco bolas, uma para o meio”, comentou o especialista que, na sequência, apresentou números que mostram a diferença entre as escolhas.
“Porém, olha a diferença: o Minas trabalha com 35% das bolas para os ponteiros e 42% para o Escobar, já o Taubaté, em contrapartida, joga 51% com Douglas Souza e Maurício Borges e 31% com o oposto Felipe Roque. Então, quem decide o jogo para o Minas é o Escobar e, mais ou menos nessa mesma faixa, no Taubaté está distribuído entre Douglas Souza e Maurício Borges. Sendo assim, se um não estiver bem, o outro resolve. Do outro lado, se o Escobar não estiver bem, quem vai resolver? Então tem aí uma dependência explícita do quanto o Minas precisa do Escobar”, completou Cacá Bizzocchi.
De acordo com Cacá Bizzocchi, o ataque do Taubaté é mais homogêneo em comparação com o do Minas. “O Taubaté não precisa tanto do Felipe Roque quanto o Minas do Escobar, podendo dividir entre os três atacantes de extremidade a responsabilidade de virar bolas. A distribuição ofensiva do Taubaté é muito mais segura do que a do Minas”, concluiu o especialista. Na temporada, o time taubateano está em vantagem em relação ao minastenista, já que venceu dois dos três confrontos, sendo os êxitos no jogo do primeiro turno e no Troféu Super Vôlei e o revés na partida do returno da Superliga.
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