Mesmo com a derrota, Brasil continua em evolução visando Tóquio
Tempo de bola entre Macris e Tandara e evolução defensiva crescem a cada jogo do Brasil
Tandara e Camila Brait seguem melhorando a cada partida na VNL (Divulgação/FIVB)
Mesmo com a derrota para o time B da China na última rodada da Liga das Nações (VNL), o Brasil tem alguns pontos de seu jogo para valorizar. A queda no tie-break não traz um cenário de terra arrasada. O desempenho brasileiro contra as chinesas nos faz ver com bons olhos a evolução do sistema defensivo e o ajuste de bolas entre a levantadora Macris e a oposta Tandara.
Se a ponteira Changning Zhang foi o grande nome do jogo com 36 pontos, Tandara foi o destaque brasileiro, com 26 bolas no chão. Mas, diferentemente de partidas anteriores, em que a oposta brasileira seguia sempre no bloco das atacantes com o maior número de pontos, no desafio contra as chinesas a camisa 16 do Brasil foi a grande protagonista, embora tenha caído de rendimento na reta decisiva, sobretudo no tie-break.
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“O Brasil continua em evolução, é uma evolução que vem desde o começo, já vemos um entrosamento que está em 92,5% entre a Tandara e a Macris. A Macris está conseguindo ajustar a bola da Tandara. Não está uma bola tão rápida, mas não está um balão. Está uma meia bola, e a Tandara está conseguindo se ajustar, enxergar o bloqueio, largar. Este ajuste está ficando cada vez mais fino, mais perfeito para as Olimpíadas”, disse o técnico Pedro Moska na edição 52 do programa “Golden Set”, exibido no canal do Saque Viagem no YouTube.
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Além da melhora do entrosamento de Tandara e Macris, outro ponto destacado por Moska no programa foi a evolução da líbero Camila Brait em quadra. Por tabela, cresceu também o sistema defensivo da seleção feminina na Liga das Nações.
“A Brait jogou muito bem contra a Bélgica, fez seu melhor jogo na Liga das Nações. Ela já deu um recado: “nesta Olimpíada, sou eu e mais onze, viu, Zé. Você convoca as outras onze, porque eu já estou garantida”. Ela está fazendo uma excepcional Liga das Nações. Eu acho que a equipe titular está montada, digamos assim. A Brait sempre foi deste jeito de comandar, de falar. Ela já cravou a vaga dela na Olimpíada, ela já está plantada com raiz. E está fazendo jus para isso, fazendo por onde. A VNL dela está beirando a perfeição, lembrando os grandes tempos da Fabizinha. A Camila Brait é uma das grandes merecedoras da Olimpíada”, finalizou o treinador do Azulim/Gabarito/Uberlândia.
Em nove jogos disputados na fase classificatória da Liga das Nações, a equipe nacional soma sete vitórias e duas derrotas, campanha que coloca o Brasil na terceira posição.
Golden Set #52 – Análise de Brasil x Bélgica