Com time base consolidado, Brasil está mais próximo das 12 olímpicas?
O comentarista Cacá Bizzocchi analisa a formação do grupo olímpico brasileiro na reta final da Liga das Nações feminina, com indefinições entre levantadoras, opostas e centrais
A seleção brasileira feminina está na vice-liderança da Liga das Nações (Divulgação/FIVB)
Não é segredo para ninguém que o Brasil tem um time base na edição feminina da Liga das Nações (VNL). Macris, Tandara, Carol Gattaz, Carol, Gabi, Fernanda Garay e Camila Brait têm começado a maioria das partidas da equipe e são a base do técnico José Roberto Guimarães para a competição. Contudo, com a proximidade dos Jogos Olímpicos, isso é um sinal de que a definição das 12 atletas de Tóquio já está mais próxima?
Para projetar Tóquio-2020 precisamos levar em consideração o momento do Brasil. Apesar de não ter atuado ainda na Liga das Nações, a ponteira Natália, que se recupera de uma lesão no dedo mínimo da mão esquerda, não ficará de fora da Olimpíada. Com isso, o número de atletas “confirmadas” nos Jogos Olímpicos sobe para oito e as maiores dúvidas começam a aparecer.
BRIGA ENTRE AS LEVANTADORAS
Macris está em Tóquio-2020. Não só pelo que vem jogando nas quadras pelo mundo, mas também pelo que apresentou de forma consistente durante todo o ciclo olímpico. E quem será a sua suplente no Japão? Roberta e Dani Lins vêm se alternando nas partidas da VNL e, a cada semana que passa, a ex-osasquense parece abrir ligeira vantagem sobre a jogadora do Sesi Vôlei Bauru.
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“Eu acho que essa briga está pendendo para a Roberta. A Dani Lins não está tão bem, ela poderia estar melhor e penso que a expectativa do Zé Roberto era uma Dani superior. Acho que ele teria uma preferência pela Dani, mas essa preferência só vai se confirmar com o rendimento dela, assim como é com a Sheilla. Mas o Zé Roberto só vai exercer essa preferência se ela estiver melhor, porque ele não é bobo de levar alguém que não esteja bem, ele precisa ser justo no julgamento dele. Acho que a Roberta entrou melhor que a Dani. Pode ser que as próximas partidas mudem isso, mas, neste momento, eu vejo a Roberta na frente”, disse Cacá Bizzocchi, comentarista do Saque Viagem, na edição 89 do programa “Mais Vôlei, Por Favor”.
QUAL SERÁ A OPOSTA JUNTO COM TANDARA?
Outra posição que se tem uma indefinição é a de oposta. Com Rosamaria, Sheilla e Lorenne disputando essa posição, José Roberto Guimarães mostra, a cada partida da Liga das Nações, que uma das atletas pode estar sim à frente das demais concorrentes.
“Pra mim, a Rosamaria está em Tóquio. O Zé Roberto tem colocado ela em todas as situações e ela tem resolvido. Ela entrou no rabo de foguete, entrou em situação mais tranquila, tirando a primeira partida, ela mostrou que é a melhor aposta para substituir a Tandara e fazer a inversão 5-1. Nem a Sheilla, nem a Lorenne tiveram a mesma oportunidade”, disse Cacá.
Por já ter jogado de ponteira na carreira, Rosamaria tem atuado também na posição durante a Liga das Nações e tem correspondido. Por conta disso, se sua presença for confirmada em Tóquio-2020, a jogadora do Novara-ITA pode trazer uma variedade tática maior para a seleção brasileira.
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E A TERCEIRA CENTRAL?
A disputa mais nebulosa era pela terceira vaga de centrais na Olimpíada. Digo era porque, depois do que vimos nas últimas duas séries de partidas, e se levarmos tudo o que foi feito no ciclo para Tóquio-2020, é possível ver a central Bia um passo à frente de Adenizia e Mayany. “Acho que a Bia, pelas escolhas do Zé Roberto nas últimas partidas, deu um passo à frente das demais pra Tóquio. Eu acho que o Zé Roberto mostrou que confia nela, mas ainda está longe do que a gente precisa, do que a Bia jogou nos dois anos anteriores na seleção”, finalizou Cacá Bizzocchi.