‘Acho que ela não tem condições’, diz especialista sobre lesão de Rabadzieva
Rabadzieva durante um treino no Sesi Bauru (Marcelo Ferrazoli/Sesi-SP)
Por: Rafael Zito
A ponteira Dobriana Rabadzhieva, do Sesi Bauru, deixou a quadra com dores no joelho direito no terceiro set do terceiro e decisivo confronto de quartas de final da Superliga 2020/21 diante do Sesc Flamengo. A equipe bauruense ganhou por 3 sets a 2 e se garantiu entre os quatro melhores. Na próxima fase, as comandadas do técnico Rubinho encaram o Itambé/Minas, em mais uma série melhor de três e que começa na sexta-feira (26), às 21h30, em Saquarema (RJ), em bolha criada pela CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) no CDV (Centro de Desenvolvimento de Voleibol).
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De acordo com o Sesi Bauru, a jogadora búlgara, de 29 anos, realizou exame de ressonância magnética no sábado (20) e foi constatada uma lesão no menisco medial do joelho direito. Segundo os especialista do departamento médico do clube, Rabadzieva é dúvida para o duelo com o Minas. Porém, a reportagem do Saque Viagem entrou em contato com uma fonte da área médica que trabalha com vôlei há anos e o profissional consultado acredita que a ponteira não terá condições de entrar em quadra na semifinal e, também, em uma eventual decisão.
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“Pelo mecanismo da lesão, acredito até que ela pode ter tido também uma lesão no colateral medial ou o colateral medial que acabou avulsionando um pouquinho do menisco. Esse tipo de lesão, em tratamento conservador, pode levar até quatro semanas. Acho que ela não tem condições e pode ser que, dependendo da lesão, uma artroscopia não é descartada”, comentou o profissional. Essa informação foi veiculada primeiramente nesta segunda-feira (22) na edição 77 do “Mais Vôlei, Por Favor”, programa exibido no YouTube do Saque Viagem e que debate os acontecimentos do vôlei de quadra.
Posição oficial do Sesi Bauru
A informação oficial divulgada pelo clube traz a posição do médico Carlos Eduardo Moraes Matos, que integra o Sesi Bauru. “Foi constatada uma lesão no menisco medial do joelho direito e só estamos definindo a melhor hora para realizarmos o tratamento. Ela ainda é dúvida para o jogo contra o Minas. Iremos tratá-la de maneira intensiva essa semana para vermos se ela terá condições de jogo e postergarmos esse tratamento cirúrgico para após o término da temporada, visto não ser uma emergência, e sim uma patologia que vai requerer um procedimento cirúrgico”, detalhou Matos.
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“Temos de esperar. A atleta está ciente disso e manifestou interesse em tentar fazer esse tipo de tratamento e, se ela conseguir jogar essas últimas partidas que restam, será muito bem-vinda, mas só teremos essa posição mais próximo do final da semana”, acrescentou Matos, que também compõe o departamento médico do Bauru Basket. E, de acordo com o médico, ele já adotou tratamento semelhante com dois atletas da equipe masculina de basquete da cidade, um dos principais do país na modalidade.
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“Fizemos esse tipo de procedimento no Larry Taylor, na pré-temporada, e também no Alexey Borges, na intertemporada em janeiro, e conseguimos colocá-los em ação em duas semanas. No entanto, como a Superliga já está em sua reta final, no caso da Dobriana não teríamos esse tempo disponível para recuperá-la após a realização da cirurgia”, concluiu o médico do Sesi Bauru. Além da sexta-feira (26), o time bauruense encara o Minas no domingo (28), às 21h30, pela segunda partida da semifinal da Superliga e, se necessário, o terceiro e decisivo jogo está marcado para terça-feira (30), às 19h.
Dobriana Rabadzieva foi submetida a exame de ressonância magnética no sábado (20) (Priscila Nóbrega/Divulgação)