Ariane reforça inspiração em Tandara e revela sonho de disputar Paris-2024
A oposta canhota foi a convidada da edição 33 do Golden Set (Nadine Oliver/Divulgação)
Ariane Helena Pinto Teixeira foi a convidada da edição 33 do Golden Set, programa veiculado de segunda a sexta no canal do Saque Viagem no YouTube. Com 25 anos, a oposta canhota participou do programa e comentou sobre o início no vôlei, seu melhor momento na carreira, a inspiração em Tandara e a meta e sonho de figurar na lista de convocadas da seleção brasileira para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A jogadora, natural de Guarulhos (SP), vestiu a camisa do Brasília Vôlei na temporada 2020/21 e foi um dos destaques da Superliga.
Confira abaixo alguns trechos da entrevista:
– A temporada 2020/21 foi a melhor de sua carreira?
“Estou no meu melhor momento da carreira. Foi uma das temporadas que mais me agregou e cresci. O meu objetivo era ajudar o Brasília, mas trabalhar da melhor forma possível para que eu pudesse me destacar, entrar no mercado e ter propostas de bons clubes, pois esse é o objetivo de todo atleta. A gente sempre quer melhorar cada vez mais para que grandes clubes possam olhar e falar: ‘quero essa atleta no meu time, essa oposta na minha equipe’. Esse era meu objetivo. Eu queria que os clubes olhassem e falassem: ‘quero ter a Ariane no meu time’. E aí fiz todo trabalho técnico, físico e psicológico que envolveu várias pessoas que me fez chegar nesse momento”.
+ Acompanhe o Saque Viagem no Youtube, Instagram e Facebook
– O que mudou para que alcançasse esse desempenho?
O trabalho com a minha psicóloga foi fundamental. Acima de tudo, as coisas acontecem quando elas precisam acontecer. Ficaria muito feliz se tivesse sido convocada? Com toda a certeza desse mundo. Toda atleta sonha com esse momento. Mas eu também sei que tenho muita coisa para acrescentar na minha carreira para estar 100% preparada para a Olimpíada. Nada me tira da cabeça que no ciclo olímpico de Paris o meu nome estará lá e já venho trabalhando isso. Vou continuar trabalhando até meu nome estar na lista.
Tem muitas coisas que precisam ser melhoradas: questões técnicas, e isso durante o treinamento a gente vai aprimorando, e a questão psicológica, que é manter meu lado emocional muito bom e firme e com meus objetivos muito bem traçados e sabendo do meu potencial e do que posso e quero conquistar. Na sequência, é trabalhar em função disso para que cada vez que uma meta seja alcançada e eu esteja mais fortalecida psicologicamente e evoluída como atleta. Que essas metas só aumentem cada vez mais para que eu conquiste todos os objetivos que foram traçados.
+ Assine a VolleyPlay e tenha acesso aos conteúdos exclusivos do vôlei
– Você foi 5ª maior pontuadora da Superliga com 380 pontos, a 6ª em número de aces, com 23 pontos, e a 19ª melhor bloqueadora da Superliga, com 41 pontos. Ficou satisfeita com sua temporada?
São números que me surpreenderam. Eu sabia que estava em um momento bom, mas não imaginei que estaria dessa forma. Fiquei como maior pontuadora da Superliga durante o segundo turno todo praticamente e só saí da primeira posição porque o Brasília foi eliminado nas quartas. E aí as outras atletas que estavam atrás de mim (Tandara, Polina, Martinez) acabaram dando sequência no campeonato e foram me ultrapassando. Mas eu não esperava que fosse ter essa quantidade de pontos e dessa forma. Sabia que estava bem, mas não imaginava que estava a esse ponto. Eu fiquei muito feliz com o resultado e também sei que posso muito mais. Já estou trabalhando para que na próxima temporada possa continuar no Top 5 ou 10 da Superliga.
– Em quem você se inspira como atleta?
A Tandara é uma pessoa que me inspiro na quadra. Ela e o Wallace são os dois atletas da posição que me espelho dentro de quadra. Eu vejo vídeos de como eles jogam e como trabalham mentalmente para que eu possa jogar no nível que eles jogam, que eu possa estar no mercado e ser reconhecida da maneira que eles são. No primeiro jogo contra o Osasco na última Superliga o meu coração quase parou. Naquele jogo emocionante que o Brasília ganhou por 3 a 2, eu sai com as pernas bambas: ‘meu deus estou jogando contra uma pessoa que me espelho dentro de quadra e muitas pessoas gostariam de ter esse privilégio’. Quando teve o segundo jogo do returno, que foi aqui em Brasília, tirei foto com ela, abracei e falei tudo, ou seja, disse que ela me inspirava dentro de quadra. Ela me deu total apoio e força. Quando ela me mandou mensagem no whatsapp eu quase tive um treco. O carinho que ela teve comigo foi surreal. Não tem nem como descrever. Por isso que me inspiro muito nela pela humildade e carisma que ela tem com as pessoas que são fãs dela e principalmente comigo que sou atleta que jogou contra ela, mas a rivalidade só ficou dentro de quadra.
– Disputar o Mundial de 2022 pela seleção brasileira é uma de suas metas?
Eu projeto. É algo que já venho trabalhando mentalmente para isso. É um dos objetivos. Mas eu também tenho a minha consciência tranquila de que, se não acontecer, é porque não era o momento ou não estarei preparada o suficiente para isso. Cada dia que passa é um objetivo a mais alcançado para que esse momento aconteça e no ano que vem esteja na lista de convocadas. Porém, se não acontecer, na hora certa meu nome estará lá. Meu sonho é ter uma tatuagem dos arcos olímpicos. Sonho com uma medalha olímpica.