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Brasil precisa jogar mais para enfrentar as principais forças no Japão

Seleção brasileira feminina precisa jogar tudo que pode para brigar com as melhores equipes do mundo (Divulgação/FIVB)

 

O Brasil terminou a edição feminina da Liga das Nações (VNL) deixa a seleção brasileira como a segunda melhor equipe do mundo hoje? Na competição realizada em formato de bolha em Rimini (ITA), Itália e Sérvia mandaram suas equipes alternativas e a China passou a maior parte do tempo com uma seleção mista. Com isso, a impressão que se tem é que o time de José Roberto Guimarães precisa fazer mais para se colocar entre os melhores do mundo. Contudo, o que é esse mais?

 

 

“Para jogar contra essas grandes forças, considerando que o Brasil é uma seleção que vai brigar por medalhas, não sei se consegue brigar pela de ouro, mas vai brigar por medalhas, ele precisa encontrar uma forma de jogar 100% o tempo todo contra Estados Unidos, Sérvia, China e Itália. Que são hoje as equipes mais fortes no cenário internacional. Vejo a evolução do Brasil na competição como muito positiva. Nós tivemos um início com dúvidas, muita incerteza em relação ao que o Brasil poderia mostrar, mas se colocou numa final. E isso não dá para negar que é um grande resultado”, disse o comentarista Cacá Bizzocchi na edição 91 do programa “Mais Vôlei Por Favor”.

 

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Na decisão diante dos Estados Unidos, Garay e Natália se revezaram em quadra e não apresentaram bom voleibol. Tandara fez oito pontos no primeiro set e, somando os outros três, marcou mais nove, deixando nítida uma queda de rendimento da oposta. Entre as atacantes de extremidade apenas Gabi foi mais regular, porém, não foi suficiente. E, na quarta parcial, a camisa 10 também diminuiu seu desempenho ofensivo. Para duelar de igual para igual com as principais potências, o Brasil precisa que suas atacantes não oscilem.

 

“No jogo contra os Estados Unidos na final, eu vi as nossas principais jogadoras caindo de produção e não conseguindo se superar. E aí, para mim, foi o fator mais alarmante. Que é onde eu acho que o Brasil precisa pegar para chegar em Tóquio em melhores condições. Porque a gente teve Tandara, Natália, Garay e Gabi caindo de produção na final. E até a Macris, nos momentos mais importantes dos sets, ela se perdeu um pouco, coisa que a gente não está acostumado. E é natural e ainda bem que teve a Liga das Nações para a gente ver isso. Então são pontos que o Brasil precisa crescer”, acrescentou Cacá Bizzocchi.

 

AJUSTES ANTES DE CHEGAR EM TÓQUIO

Projetando para a participação brasileira em Tóquio, é fato que as quartas de final serão perigosas. Por estar em um grupo mais tranquilo, ao menos no papel, com Sérvia, Quênia, Coreia do Sul, Japão e República Dominicana, o Brasil terá um cruzamento nas quartas de final com os quatro classificados da chave que tem Estados Unidos, Itália, China, Rússia, Turquia e Argentina.

 

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“No chaveamento da Olimpíada, nós devemos nos classificar. Só que nas quartas de final, a gente pode pegar uma das grandes forças. Se o Brasil não ficar em primeiro, e a briga vai ser direto ali com a Sérvia, vamos dizer que a Sérvia fica em primeiro e a seleção brasileira em segundo, o Brasil vai pegar o segundo ou terceiro do outro grupo, porque vai depender de sorteio, e aí a gente pode pegar a Itália, China ou Estados Unidos. E aí corre o risco de, mais uma vez, ficar fora das semifinais. Então o Brasil precisa se acertar logo, não temos muito tempo e não vamos poder chegar numa semifinal para se acertar”, comentou Cacá.

 

 

Golden Set #73 – Quais evolução precisam acontecer para brigarmos por medalhas em Tóquio?

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