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Entenda o que pesa para o técnico na escolha do central para rede de 2 ou 3

Cacá Bizzocchi explicou sobre as escolhas de atletas para rede de 2 ou de 3 (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

 

Em uma das edições do programa “Mais Vôlei, Por Favor“, o comentarista Cacá Bizzocchi explicou sobre a escolha dos centrais para atuarem na rede de 2 ou de 3. O especialista deu detalhes sobre o assunto no quadro “Momento Volley University“. Quais são os requisitos que um meio de rede precisa ter para jogar ao lado de mais dois atacantes ou na companhia de um jogador ofensivo e o levantador? A diferença na configuração da estruturação das equipes é semelhante no masculino e no feminino ou em algum dos naipes essa opção é mais relevante?

 

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“No masculino, hoje em dia, não existe mais tanta diferença, principalmente para o central, de fazer parte de uma rede de 2 ou de 3 porque os ataques se tornaram múltiplos e estão acontecendo também pela região 6 e pela posição 1 e ele precisa cobrir a rede inteira. O que acontecia antigamente é que os ataques de fundo não eram muito utilizados, então, o central fazia a rede de 2 ou de 3 dependendo da facilidade que ele tinha para acompanhar o central do outro lado”, comentou Cacá Bizzocchi, que prosseguiu abordando o tema.

 

 

“Hoje, de acordo com a dinâmica do jogo, depende mais da capacidade de ataque do central que está junto com o levantador. Sendo assim, é muito mais vantagem para uma equipe ter um central que seja mais eficaz no ataque e saiba se livrar de uma marcação mais forte junto do levantador, fazendo parte da rede de 2, porque provavelmente ele vai receber mais bolas. Outra coisa que pesa também é a relação do central com o bloqueador. Na maioria das vezes, o central é mais alto que o levantador, então, precisa jogar na rede do levantador quem tem um bloqueio melhor”, destacou o especialista.

 

Ponteiro de ataque ou passador na rede de 2?
Escolhas para rede de 2 ou de 3

No feminino, o peso da escolha é mais relevante por causa do ataque da china (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

 

Cacá Bizzocchi apontou outro fator que pode influenciar na escolha de um atleta para rede de 2 ou de 3. “Se você coloca um bloqueador central que não bloqueia tão bem junto de um levantador baixo e que também não bloqueia bem, você vai ter ali um espaço muito vulnerável durante o jogo. Algo que também tira essa coisa do ataque mais forte junto com o levantador é a questão do ponteiro. Porque do mesmo jeito que você tem um central ao lado do levantador, você terá um ponteiro na rede de 2. E a maioria das equipes faz a opção de deixar o ponteiro passador junto do levantador”, elucidou.

 

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“Mas aí surge a pergunta: não seria ideal o ponteiro não passador, que é melhor de ataque, ficar junto do levantador? Quando você vai montar a estrutura da equipe, principalmente para receber o saque adversário, o melhor é você ter o ponteiro passador junto do levantador, então, por isso, que as equipes fazem essa opção. Portanto, é mais um elemento para a gente falar assim: ‘não tem tanta diferença rede de 2 ou 3 em relação ao ataque’. É toda uma estrutura geral de jogo que precisa ser levada em conta, no masculino”, completou o especialista.

 

Para concluir, o comentarista mostrou porque entre as mulheres essa escolha tem mais importância. “No feminino já tem uma diferença maior e um fator fundamental: a capacidade de atacar a bola de china. A jogadora que tem mais facilidade para atacar china tem que jogar na rede de 2. No feminino, a china é um ataque com potencial muito alto. Então, quando você coloca uma central que sabe atacar com mais eficiência do que a outra na rede de 2, ela vai fazer duas vezes a passagem em que poderá atacar china. Já a outra atacante de meio fará somente uma vez essa passagem”, finalizou.

 

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Rafael Zito é jornalista formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Acumula passagens pelas redações do Olimpíada Todo Dia, Terra, Federação Paulista de Futebol e, há mais de dez anos, cobre voleibol de quadra.

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