Focado no Minas, Maique avalia disputa com Thales por vaga na seleção
Nas estatísticas da Superliga, o líbero aparece na terceira posição no passe com 75% de eficiência: 206 recepções perfeitas em 275 bolas recebidas
O defensor já tem duas medalhas de ouro pelo Brasil (Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
O líbero Maique, do Fiat/Minas, é um dos atletas com presença constante na lista de convocados do técnico Renan Dal Zotto. Além dele, o treinador da seleção brasileira conta com o defensor Thales, do EMS Taubaté Funvic. O selecionador deverá escolher somente um deles para participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio e, no momento, o jogador do time taubateano está em vantagem, pois tem sido o escolhido quando apenas um competidor da posição figura entre os inscritos de uma competição. Na Superliga 2020/21, o minastenista está à frente do rival no fundamento recepção.
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Nas estatísticas da Superliga, Maique aparece na terceira posição no passe. Depois da oitava rodada do returno, o líbero está com 75% de eficiência, com 206 recepções perfeitas em 275 bolas recebidas. Abaixo dele, no quarto lugar, com 74%, figura Thales, do Taubaté, o principal “oponente” na briga por um lugar na seleção brasileira. “Acho que é uma disputa bem acirrada. Depende muito de momentos e de ambos os trabalhos. O Thales tem um trabalho excepcional e está na seleção faz tempo. Mas estou focado no meu presente, em terminar bem a Superliga, ser campeão com o Minas”, disse.
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“Estamos trabalhando para buscar o título e tenho buscado evoluir cada vez mais. Uma convocação será consequência lá na frente do que estou fazendo agora”, afirmou Maique que, por pouco, não desistiu do sonho de se tornar jogador de vôlei, mas, no final, tudo deu certo. “O caminho é longo e difícil, mas não impossível. Basta acreditar no seu potencial e no seu trabalho do dia a dia”, acrescentou o líbero. Com a seleção brasileira adulta, o defensor conquistou as medalhas de ouro na Copa do Mundo, no Japão, e no Sul-Americano, no Chile, ambas em 2019, e a prata no Campeonato Mundial de 2018.
Trajetória até chegar ao vôlei
No entanto, quem vê as belas defesas de Maique no Minas não imagina que ele já suou muito a camisa bem longe das quadras. Se hoje o jogador, de 23 anos, se destaca como um dos melhores líberos do vôlei brasileiro, no passado já trabalhou como colhedor de café e servente de pedreiro em Santo Antônio do Amparo (MG), sua cidade de origem. “Minha infância foi muito boa, brincava na rua como qualquer outra criança, de pique bandeira, pega-pega. Mas isso foi até aos 10, 11 anos”, contou o líbero.
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“Depois não tive muito tempo para brincar porque parte desse tempo eu dividia entre os estudos e o trabalho. Trabalhava com meu pai como servente de pedreiro carregando tijolos e nas férias ia com minha mãe para as lavouras de café ajudar na colheita. Mas foi uma infância maravilhosa. Tive o gostinho de ser criança, de aprontar, e também de ver e lidar com a realidade dos meus pais para colocar comida em casa. Saudades desses momentos”, finalizou Maique, personagem importante na campanha do Minas na Superliga. O time minastenista é o quarto colocado, com 38 pontos.
SEGUNDO EPISÓDIO DO PODCAST #NAGRINGA COM RICARDO LUCARELLI