Macris prioriza centrais e ‘está conectada com a vanguarda’ do vôlei
Macris foi elogiada por Cacá Bizzocchi (Orlando Bento/MTC)
O clássico mineiro entre Itambé/Minas e Dentil/Praia Clube foi a principal atração da décima rodada do returno da Superliga 2020/21 no naipe feminino. Os clubes duelaram na última sexta-feira (26), em Belo Horizonte (MG), e o time minastenista venceu o de Uberlândia, de virada, por 3 sets a 1, parciais de 23/25, 25/23, 27/25 e 28/26. A central Thaisa foi a maior pontuadora do jogo, com 24 acertos, e Carol Gattaz, companheira de posição, fez 18. Segundo Cacá Bizzocchi, comentarista do Saque Viagem, a prioridade da levantadora Macris em acionar as centrais é o que tem feito a diferença.
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“As vezes fica difícil estudar o diferencial de um time para o outro. Mas a gente vem batendo nisso e é cada vez mais flagrante a superioridade de Carol Gattaz e Thaisa para cima das outras centrais e o quanto elas estão fazendo esse time do Minas jogar, com 42 dos 88 pontos feitos por elas, quase a metade. A recepção estava mais ou menos equilibrada, mas na hora que a bola chegou na mão de Claudinha e Macris, uma jogou 49 vezes com as suas centrais contra 22 da outra. É o que está fazendo a diferença. É a explicação de um time estar em primeiro e o outro em quarto”, afirmou o especialista.
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“Na hora que a bola chegou, eu vou jogar com a central. Essa é a diferença. A hora que dá pra jogar com a central, eu jogo. E do outro lado, a hora que dá pra jogar com a central, eu não vou arriscar. E não estou falando apenas do Praia Clube, mas das outras equipes também. É aí que os outros times estão ficando para trás. Jogar com as centrais é uma tendência do voleibol mundial, tanto no masculino quanto no feminino, e a Macris é uma levantadora que está conectada com a vanguarda”, acrescentou Cacá Bizzocchi. .
A falta de evolução do Praia Clube
Se por um lado, o Minas segue com sua rotina de vitórias e na liderança da Superliga, com 60 pontos, por outro, o Praia Clube continua com dificuldades para evoluir. O time comandado pelo técnico Paulo Coco foi derrotado nas últimas três rodadas. Além do clube minastenista, a equipe de Uberlândia perdeu para Osasco São Cristóvão Saúde e Sesi Bauru. Com 44 pontos, a ponteira Fernanda Garay e suas companheiras estão em terceiro lugar, sem chances de fecharem a fase de classificação em segundo e com risco de serem superadas pelo quarto, as bauruenses, e quinto, Sesc Flamengo.
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“Era um jogo muito importante para o Praia, que tem feito partidas equilibradas com todos os adversários diretos e perdido. Portanto, perder dessa forma (último ponto em lance polêmico) e em um jogo que todos os sets foram disputadíssimos é complicado, mesmo que não que não tenha sido um jogo de playoff. E a questão da Anne é o que está impedindo o Praia de conseguir evoluir, pois de cada três saques ela acerta um passe na mão. E, de cada três ataques, ela coloca um no chão. É um prejuízo muito grande de uma jogadora que foi contratada para ser decisiva”, declarou Cacá Bizzocchi
Desafio polêmico
No revés contra o Minas, o último ponto foi bastante polêmico. Carol Gattaz atacou e a arbitragem, com ajuda do vídeo check, assinalou toque no bloqueio de Jineiry Martinez. “O problema não foi a interpretação. O vídeo check aparece e diz que não tocou. Mas depois ele apontou que sim, que havia tocado. E aí quebrou todo mundo. Eu acho que pegou. O bloqueio da Jineiry está subindo, então, a hora que você vê a bola passando ali, as mãos dela ainda estão se dirigindo para a bola. E aí que foi toda a dificuldade da interpretação. Eu acho que tocou na subida”, opinou Cacá Bizzocchi.
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“A bola está passando por ela, mas na subida acaba tocando no dedo. Os árbitros estão relutando muito em voltar o ponto nessas situações. Como se, quando não vissem, o vídeo check tem que decidir e falar o que aconteceu. Mas as vezes não fica claro. Sou favorável que seja feita uma reunião com os técnicos e definam o seguinte: ‘o negócio é o seguinte, na hora que acontecer isso, os árbitros estão autorizados a jogar o ponto novamente”, ressaltou o comentarista. No lance em questão, as atletas do Praia comemoraram, porém, Jineiry, a atleta envolvida, não festejou.
Cacá Bizzocchi comentou que, observar a reação do atleta que participou da jogada, é uma atitude que os juízes mais experientes adotam nesses casos duvidosos. “Isso é até uma estratégia dos árbitros mais experientes. Eles sabem que, nessas bolas mais duvidosas, eles precisam olhar imediatamente a reação de quem está envolvido nelas e que ali tem uma pista do que aconteceu”, concluiu o comentarista. Na atual temporada, Minas e Praia se enfrentaram quatro vezes e o clube minastenista venceu todas.
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