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“Não somos favoritas, mas temos chances de brigar lá em cima”, diz Rosamaria

Seleção feminina do Brasil embarcou para Tóquio nesta segunda-feira (12). As brasileiras buscam o tricampeonato olímpico

Rosamaria vai disputar a primeira Olimpíada da carreira (Divulgação/FIVB)

 

Primeiro, veio a convocação para os Jogos Olímpicos. Depois, os treinos finais em Saquarema (RJ). Prestes a disputar a primeira Olimpíada da carreira, Rosamaria confessa que a ficha ainda não caiu. O sentimento de realização do desejo de menina, confessa a camisa 7 do Brasil, só vai se concretizar mesmo quando ela pisar na Vila Olímpica.

 

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O primeiro passo para isso foi dado na tarde desta segunda-feira (12). Foi do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, que Rosamaria e suas companheiras despacharam as bagagens com o sonho do tricampeonato olímpico. A partir de agora, mais 30 horas separam a atacante do Novara-ITA do solo olímpico.

“Agora é que começou a bater a ansiedade e as coisas começam a se tornar mais concretas. Para ser sincera, a ficha ainda não tinha caído muito bem, e acho que só vai cair mesmo quando a gente chegar em Tóquio e entrar na Vila Olímpica. É uma mistura de emoção e ansiedade para tentar entender o que está acontecendo e o que está para acontecer”, disse Rosamaria.

O que está para acontecer ainda é uma incógnita. Pelo voleibol apresentado na Liga das Nações (VNL), o Brasil é forte candidato a uma medalha olímpica. China e Estados Unidos parecem, neste momento, mais próximos da mais desejada por todos. Sérvia e Itália, pelo que não mostraram nos amistosos, parecem mais abaixo. Mas as últimas edições olímpicas mostraram que nem sempre favoritismo e primeiro lugar falam a mesma língua.

“Acho que a gente tem uma equipe muito forte, com muitas jogadoras experientes e outras que disputarão a primeira Olimpíada, assim como eu, mas que já acumulam experiências internacionais e que estão na seleção há bastante tempo. Acho que temos um grupo interessante, versátil, que pode jogar muito rápido e surpreender. Embora não sejamos muito altas, temos um elenco muito bom tecnicamente. Não somos favoritas, mas temos chances de brigar lá em cima. Como sempre, o Brasil está trabalhando e batalhando muito”.

 

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Por isso, os últimos dias foram de trabalho intenso. Primeiro, em Barueri (SP). Depois, em Saquarema (RJ), na casa do voleibol brasileiro. Se hoje a seleção não ostenta o melhor elenco do circuito – além de jogadoras mais baixas, o Brasil também tem um time mais envelhecido -, o jeito é diminuir a distância para os tidos favoritos, ou para as equipes que possuem foras de série como Tijana Boskovic e Paola Egonu, deixando muito suor em quadra.

 

Rosamaria vai disputar a primeira Olimpíada da carreira (Divulgação/FIVB)

“Esses últimos dias foram muito legais. A gente treinou bastante, em um ritmo muito alto. Nos dedicamos mais do que 100%, principalmente, nessa última semana que foi muito proveitosa, em Saquarema”, contou Rosamaria, cuja seleção faz sua estreia olímpica contra a Coreia do Sul, no próximo dia 25 de julho. República Dominicana, Japão, Sérvia e Quênia também estão no caminho na primeira fase.

Ao menos no papel, o principal oponente da equipe verde-amarela é a Sérvia. Uma vitória sobre elas pode facilitar o caminho da seleção rumo às medalhas olímpicas. Já uma derrota pode antecipar o encontro com um gigante nas quartas de final. Pode dar China. Pode dar Estados Unidos. Pode dar Itália. Pelo que aconteceu na Rio-2016, que já colocou frente a frente brasileiras e chinesas no primeiro mata-mata olímpico, sair da rota dos gigantes pode ser um bom negócio.

“É um grupo bem equilibrado. A grande maioria dos times a gente já conhece. Só não enfrentamos o Quênia. A Sérvia estará com um time completamente diferente da Liga das Nações, é a atual vice-campeã olímpica, e acredito que seja uma das favoritas. Serão jogos muito diferentes, como é de praxe em Jogos Olímpicos, mas vamos focadas para iniciarmos da melhor maneira possível em Tóquio”, completou Rosamaria.

 

 

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