Pedro Moska exalta campeãs olímpicas Sassá e Valeskinha: ‘sensacionais’
O treinador da equipe paranaense também comentou sobre a importância das duas e das experientes Ivna, Jú Perdigão e Bruninha como alicerce para as novatas Milena e Pietra
Pedro Moska e suas atletas no embate contra o Pinheiros (Ricardo Bufolin/Panamerica Press/ECP)
Pedro Castelli Filho, conhecido como Pedro Moska no vôlei, é o técnico do Curitiba no retrospecto positivo na Superliga 2020/21. Após 18 partidas, o clube paranaense está com 25 pontos e na sétima colocação. O treinador e suas atletas venceram oito jogos e foram superados em dez. Na última terça-feira (23), a equipe curitibana ganhou o confronto estadual, fora de casa, diante do São José dos Pinhais, por 3 sets a 0, parciais de 25/19, 25/20 e 25/22. A ponteira Pietra foi a maior pontuadora do time, com 14 acertos, seguida pela oposta Ivna, que tem 31, com 12.
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O técnico foi o responsável pela montagem do elenco que realizou o melhor turno da história do Curitiba na Superliga. Pedro Moska formou um grupo com duas campeãs olímpicas, a ponteira Sassá, de 38 anos, e a central Valeskinha, de 44, ambas medalha de ouro em Pequim-2008, e experientes vitoriosas, como Ivna, campeã Mundial de Clubes em 2012 e da Superliga 2011/12 por Osasco, a levantadora Bruninha, que ganhou a Superliga 2019/20 e a Copa Brasil 2019 pelo Minas, e a líbero Jú Perdigão, com cinco títulos da principal competição nacional, todos pelo Rexona-Ades, do Rio de Janeiro.
Além das atletas veteranas, o Curitiba conta com jovens de potencial, como as ponteiras Milena, de 21 anos, e Pietra, de 20. “Eu tenho que ser inteligente de ter Sassá e Valeskinha no meu time e usar a experiência delas à meu favor. E as duas treinaram com o José Roberto Guimarães e com o Bernardinho, então, quem sou eu na fila do pão? Eu falo para elas: ‘me ajudem com coisas que eles aplicavam nos treinos deles e vocês consideram interessante, pois isso vai me ajudar a crescer profissionalmente e ajudar o time como grupo”, relatou Pedro Moska em entrevista ao Saque Viagem.
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“Elas são sensacionais (Sassá e Valeskinha). Tudo que precisei delas até hoje eu tive. Espero que seja uma troca e que eu consigo corresponder, talvez não como Zé Roberto e Bernardo, no que elas necessitam de mim e de toda comissão técnica. A Sassá eu costumo dizer que não é deste mundo. Ela é de outro planeta. É uma pessoa fora de série. Ali dentro de quadra elas são um suporte para as outras meninas. As mais novas, como Milena e Pietra, olham para a Sassá e pensam: ‘essa mulher foi campeã olímpica. Eu quero chegar onde ela chegou’”, acrescentou o treinador.
Experientes dão suporte às mais jovens
E não são só as duas vitoriosas com a seleção brasileira que dão suporte às mais novas. Um trio de jogadoras com carreira vencedora em outros clubes também estão sendo importantes na campanha do Curitiba. “Elas são alicerces da equipe também porque, mesmo não tendo jogado tanto nos clubes que venceram, construíram uma carreira que as pessoas olham para elas e sabem que é a Ivna, a Bruninha e a Jú Perdigão. Elas tem uma história no vôlei de atletas que, por um acaso, não estavam de titulares na maioria das equipes que passaram”, comentou Pedro Moska.
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“Elas estão provando no Curitiba que podem ser titulares absolutas de qualquer equipe de Superliga. Estão mostrando o valor que possuem. São jogadoras que atuaram em times, com técnicos e atletas vitoriosos e, portanto, têm espírito vencedor. Isso também conta para um elenco, já que não adianta apenas contratar. No seu grupo você precisa ter atletas que tiveram experiências vencedoras. Isso é uma filosofia minha. Porque isso lá no final, psicologicamente falando, acaba fazendo a diferença, pois são pessoas que são acostumadas e querem ganhar”, completou o treinador.
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No momento, Ivna é a terceira maior pontuadora da Superliga, com 275 pontos, atrás somente das opostas Ariane, do Brasília Vôlei, 333, e Polina Rahimova, do Sesi Bauru, 316. Em acertos por sets, a jogadora está em quarto lugar, com 4,23 de média em cada parcial. Já Bruninha aparece em destaque nas estatísticas da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) no fundamento saque. Ela está entre as 20 melhores, exatamente na 20ª posição, com 13 aces. Por fim, Jú Perdigão é a 14ª em recepção, com 64% de eficiência: 223 recepções perfeitas em 349.
Novatas com potencial
Entre as mais jovens, as jogadoras que estão mais em evidência são as ponteiras Milena e Pietra. A primeira é a 12ª maior pontuadora da Superliga, com 219 pontos, e a 16ª em aces, com 13. Na média de acertos por sets, ela é a nona entre as pontuadoras, com 3,65, e a 17ª em saques diretos, 0,22. Já a segunda é a 17ª em acertos com o serviço, também com 13, e a nona em recepção, com 67% de eficiência: 261 passes perfeitos em 392. Pedro Moska comentou sobre as suas duas atletas titulares na posição de atacante com obrigações de recepção.
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“A história da Milena é engraçada porque, no primeiro jogo da temporada contra o Praia (no Troféu Super Vôlei), ela jogou e foi super bem. E muita gente perguntou de onde a gente tirou a Milena. Ela é de Santa Catarina, mas veio para Curitiba nova e começou a carreira dela praticamente aqui e depois foi para São Paulo. É uma atleta que realmente nunca tinha jogado Superliga, mas tinha um certo destaque nas categorias de base. A Pietra a mesma coisa. Ela, antes de machucar, já que teve uma lesão séria no joelho, era destaque nas categorias de base da seleção brasileira”, disse o técnico.
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“E a Pietra é filha só do Paulão (central medalha de ouro em Barcelona-1992). Portanto, é uma menina que tem um campeão olímpico em casa que sabe o caminho para ganhar. Ela e a Milena também estão tendo experiências com pessoas que sabem como chegar lá e estão se aproveitando disso. As minhas duas ponteiras titulares na Superliga estão com 20 e 21 anos. E ambas estão conseguindo corresponder a tudo que a gente propõe a elas”, concluiu Pedro Moska, que começou sua trajetória no vôlei em times de Santa Catarina, mais precisamente na cidade de São João Batista.
SEGUNDO EPISÓDIO DO PODCAST #NAGRINGA COM RICARDO LUCARELLI