Retrô Mundial 2022: Quais seleções decepcionaram no Mundial?
Comentarista Cacá Bizzocchi faz um balanço das seleções que ficaram devendo bola na edição da Holanda e Polônia
Estados Unidos jogaram muito mal o Campeonato Mundial (Foto: Divulgação/FIVB)
Os Estados Unidos chegaram ao Campeonato Mundial de vôlei com o rótulo de favoritos a conquistar pela segunda vez a competição. Mas bastaram alguns jogos para a comunidade do vôlei se perguntar: “o que está acontecendo com o time de Karch Kiraly? Será que estão escondendo o jogo?”
A resposta não demorou a chegar. O time estava mal mesmo, quase irreconhecível. Aquela máquina de jogar vôlei com extrema velocidade, que assustou o mundo e que fez dos Estados Unidos a equipe vitoriosa nos Jogos Olímpicos de Tóquio, colecionava problemas. O passe não funcionava, o ataque não derrubava bola, o fundo de quadra não defendia.
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Mas houve outras seleções que ficaram devendo na edição 2022 do Campeonato Mundial de vôlei feminino. No programa dessa segunda-feira (18) do “Golden Set”, o comentarista Cacá Bizzocchi listou todas elas.
ESTADOS UNIDOS (4°lugar)
“O que os Estados Unidos jogaram neste Campeonato Mundial, a gente não esperava. Foi um time muito frágil, com muita dificuldade para jogar em todo campeonato. Até nos jogos fáceis, tiveram sets muito complicados. Apenas uma jogadora foi constante no campeonato, que foi a Washington”.
Para Cacá, o desempenho das estadunidenses pode ter relação com a passividade do técnico Karch Kiraly. “Estranhei o comportamento dele, eu não sei se existe algo dele ou do grupo que ele não está satisfeito.”
HOLANDA (12° lugar)
Anfitriã do Campeonato Mundial de vôlei feminino, a Holanda contou com uma plateia quente nos jogos da primeira e segunda fases. Mas, em quadra, a seleção de Avital Selinger não correspondeu. O troca-troca de atletas foi constante, sem que se chegasse a um grupo competitivo, capaz de ir mais longe.
“Não senti que era uma equipe que poderia avançar mais do que foi. A Holanda é um time muito limitado, muito dependente de uma Anne Buijs. Em alguns momentos, achei uma seleção que não tinha um padrão de jogo muito moderno, presa no tempo.”
TURQUIA (8° lugar)
A Turquia foi a Turquia de sempre: irregular, instável, uma montanha-russa de emoções. Ao longo de todo o Campeonato Mundial de vôlei feminino, a seleção de Giovanni Guidetti não conseguiu mostrar um voleibol que a credenciasse a brigar por medalhas. As ponteiras foram mais uma vez o calcanhar de Aquiles. A central Zehra Gunes, com problemas nas costas, não foi decisiva. O time não conseguiu sequer se aproveitar do mau momento dos Estados Unidos para ir mais longe.
“A Turquia não anda. Tem investimento em categoria de base, no campeonato nacional, mas a equipe tem um comportamento previsível. Sabemos que vai acabar afinando, é um time que fica muito nervoso em quadra. Sem contar os problemas de dispensa. Nas pontas, é uma situação que um técnico do nível do Guidetti pode resolver, mas vemos uma seleção cada vez pior.”
COREIA DO SUL (20° lugar)
Seleção tradicional e semifinalista na última edição dos Jogos Olímpicos, a Coreia do Sul repetiu o mau voleibol apresentado meses antes na Liga das Nações (VNL). Na primeira fase, só conseguiu vencer a Croácia. A era pós-Kim se mostra duríssima para o voleibol sul-coreano.
“Precisa mudar o trabalho de grupo, pois esse trabalho está muito ruim.”
COLÔMBIA E ARGENTINA (21° lugar e 16° lugar)
Representantes da América do Sul ao lado do Brasil, as equipes colombiana e argentina mostraram que o caminho é ainda muito longo no nível internacional.
“Me decepcionou, esperava mais dessas duas seleções. A Argentina até avançou de fase, mas sem mostrar muita coisa diferente. A Colômbia acabou saindo do Mundial sem mostrar quase nada, ficaram devendo para a próxima competição.”
Golden Set #409 – Quem foi bem e quem ficou devendo no Mundial
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