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Retrô Mundial 2022: Quais seleções surpreenderam no Mundial?

Comentarista Cacá Bizzocchi faz um balanço das seleções que foram além do que se esperava na edição da Holanda e Polônia

Brasil chegou até a final do Campeonato Mundial (Divulgação/FIVB)

 

Quem imaginava que o Brasil fosse chegar a uma final de Campeonato Mundial de vôlei logo no início de um novo ciclo? E jogando o nível de voleibol que apresentou nas quadras da Holanda? Apesar de a final com a Sérvia ter sido uma decepção, é preciso falar sobre como a seleção de vôlei feminino surpreendeu positivamente na edição 2022.

 

Durante a edição dessa segunda-feira (17) do “Golden Set”, o comentarista Cacá Bizzocchi listou os times que jogaram acima da expectativa na competição.

 

 

JAPÃO (5° lugar)
Seleção sensação do Campeonato Mundial, o Japão por pouco não interrompeu o sonho do Brasil de chegar até as finais da edição 2022. Nas quartas de final, quando ficaram frente a frente, as japonesas chegaram a colocar 2 a 0 no placar sobre as brasileiras. A seleção de José Roberto Guimarães precisou suar muito a camisa para virar um jogo perdido. O time da fera Mayu Ishikawa caiu, mas caiu de pé e ganhou destaque com seu grande poder de resiliência e com sua defesa impecável na competição.

“Para mim, foi a quarta força desse Campeonato Mundial. Eu gostei demais (do Japão). Naquele jogo contra o Brasil, faltou alguém para finalizar (as jogadas) para avançar. O Manabe fez essa seleção jogar um jogo mais moderno, sabia da dificuldade por conta da estatura. O saque sempre tinha o objetivo tático. Quando o passe saía, com todo mundo inteiro, era muito perigoso”.

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POLÔNIA (7° lugar)
Seleção sede do torneio, a Polônia não figurava entre as favoritas a chegar à disputa de medalhas no Campeonato Mundial de vôlei feminino. Mas o técnico Stefano Lavarini, com tão pouco tempo de trabalho, deu outra cara para a equipe polonesa. A oposta Magdalena Stysiak, que não tinha disputado a Liga das Nações (VNL), também ajudou a colocar a seleção vermelha e branca em outro patamar. Não bastasse, com o apoio da torcida, a Polônia cresceu durante a competição, a ponto de dar muito trabalho para a campeã Sérvia nas quartas de finais, num jogo duríssimo de cinco sets.

“Foi a seleção que mais cresceu na competição, apesar de não ter grandes jogadoras e tradição, ela tem potencial pelo seu trabalho técnico com o Lavarini. Se a Polônia tivesse duas meios melhores, poderia ter brigado pelo título”.

tornozeleira de vôlei

 

BÉLGICA (9° lugar)
As Yellow Tigers chegaram com o moral baixo para o Campeonato Mundial após o rebaixamento na Liga das Nações. Mas a equipe que disputou a edição da Holanda e Polônia nem parecia a mesma de meses atrás. Com Britt Herbots voando, a Bélgica jogou bem contra times importantes como a Itália, cresceu durante a competição e chegou à última rodada com chances de avançar às quartas de final.

“Em termos de força, foi uma das melhores (equipes). Só tinha a Herborts na VNL e foi um time que se acertou. Se tivesse uma jogadora melhor na rede, poderia ter avançando ainda mais. Daqui alguns anos, pode ser uma boa seleção.”

 

tênis de vôlei

 

BRASIL (2° lugar)
Atuais vice-campeãs olímpicas e da Liga das Nações, a seleção de Zé Roberto vem passando por um processo longo e extenso de renovação, o que tornou a participação uma incógnita no Campeonato Mundial. Havia a expectativa de que o grupo, recheado de novas caras, chegasse pelo menos até as quartas de final. Mas, depois de um início em marcha lenta, e de uma derrota dolorida para ao Japão na primeira fase, a equipe verde-amarela engrenou. Engrenou tanto que venceu duas vezes a favorita Itália, resultado que fez os fãs sonharem com o inédito título. A final com a Sérvia, no entanto, foi uma ducha de água fria. Fria não, gelada.

“O Brasil só não foi surpresa absoluta porque fomos bem na VNL. Era um time com um cobertor curto, o Zé fez uma opção arriscada com apenas a Gabi e a Pri Daroit de ponteiras autênticas e deu certo, muito pelo crescimento do seu banco de reservas e do seu grupo como todo. Não dá para tirar os méritos do Brasil com tamanhas dificuldade. Por ser um grupo novo e em evolução, podemos dizer que o torneio do Brasil foi uma grata surpresa (no Mundial).”

 

Golden Set #409 – Quem foi bem e quem ficou devendo no Mundial

 

MVPF #183 NA ÍNTEGRA – Brasil joga mal, e Sérvia é campeã mundial

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