Rosamaria e Roberta ganham mais pontos rumo a Tóquio
Dupla voltou a entrar bem e foi decisiva para a vitória do Brasil sobre a Polônia no terceiro set
Rosamaria (7) e Roberta (9) entraram em um momento difícil do jogo e viraram para o Brasil (Divulgação/FIVB)
Se o Brasil não fez uma partida brilhante contra a Polônia, na rodada deste sábado (12) da Liga das Nações (VNL), ao menos deixou uma imagem das mais positivas no terceiro set. O saque não teve a agressividade esperada, a ponto de a ponteira Magdalena Stysiak, mesmo com dificuldades no passe, ter se virado bem no fundamento e não ter dado tanto prejuízo.
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Mas o poder de reação do time, que foi dominado pelas polonesas até a fase decisiva da parcial, foi importante para a sequência da competição. A começar pela oposta Tandara, que esteve muito abaixo nos dois primeiros sets e foi a atacante decisiva no terceiro deles. Foi animador ver a camisa 11 do Brasil se reinventar dentro de uma mesma partida.
A inversão do 5-1 com Roberta e Rosamaria, que não tinha tido efeito com Roberta e Sheilla – mais pela bicampeã olímpica, que só derrubou uma bola nas cinco oportunidades que teve nos dois primeiros sets -, foi matadora. A atacante do Novara-ITA deu mais uma prova ao técnico Zé Roberto que tem voleibol de sobra para estar em Tóquio-2020. Em quatro chances, converteu três. Aproveitamento de 75% no ataque, em um momento pra lá de quente do jogo.
No quebra-cabeça que é montado para a edição olímpica, o comandante deixou mais algumas pistas: quando precisou de uma atacante para colocar na bola no chão e buscar a virada, recorreu à camisa 7, não à Sheilla. Lorenne, que também briga pela posição de reserva de Tandara, sequer foi relacionada para o confronto. E, quando o é, tem sido aproveitada basicamente para sacar.
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Já a levantadora Roberta subiu mais um degrau na acirrada competição com Dani Lins pela vaga olímpica. Com boas decisões, a ex-jogadora do Osasco São Cristóvão Saúde tem aproveitado melhor cada pequena oportunidade que tem recebido do treinador da seleção. Mais do que isso: mostrado que, se o jogo nem sempre anda do jeito que se espera com a titular Macris, a curitibana pode mudar os rumos dele.
Foi o que aconteceu contra a Polônia. Roberta e Rosamaria, que já tinham sido uma boa dupla de inversão contra a Itália, foram convocadas no final do terceiro set. Àquela altura, a equipe adversária estava mais perto de prolongar a disputa do que o Brasil de fechar em 3 a 0. As duas deram tão certo que deixaram a quadra quando o placar apontava 24 a 23 para a seleção. Zé Roberto só desfez a inversão porque a levantadora chegou à rede.
GABI CRESCE NO ATAQUE
Outra boa notícia do duelo foi o desempenho de Gabi, que cresce no ataque rodada a rodada. A jogadora, que já vinha desempenhando um bom papel no fundo de quadra, fez contra Stysiak e companhia sua melhor apresentação no setor ofensivo.Foram 15 pontos – a melhor marca entre todas as jogadoras – e 36% de aproveitamento. Em um dia de pouca inspiração das atacantes do Brasil, a craque do VakifBank-TUR foi uma espécie de salvadora da pátria.
“Estou muito orgulhosa como nosso time começou, fomos muito agressivas, pressionando no saque, nosso bloqueio funcionou muito bem. Mas ainda cometemos alguns erros, sobretudo no primeiro set, quando erramos muito no saque. Não podemos jogar assim. No terceiro set, jogamos 2, 3 pontos atrás, mas continuamos a lutar”, avaliou a camisa 10 do Brasil.
Neste domingo (13), a partir das 16 horas, o Brasil voltará a jogar pela Liga das Nações, desta vez contra a Alemanha. Desfalcadas da levantadora Denise Hanke e da oposta Louisa Lippmann, as germânicas deverão oferecer pouca resistência ao selecionado brasileiro, com muitas chances de terminar a rodada ainda mais firme na vice-liderança. O SporTV2 transmite a disputa.
Gabi fez sua melhor partida no ataque nesta edição da VNL (Divulgação/FIVB)