Seleções protagonistas do vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio
O comentarista Cacá Bizzocchi fez uma análise dos Grupos A e B e apontou os favoritos em busca de uma vaga nas quartas de final da Olimpíada
Lucarelli na rede com Juantorena após vitória do Brasil diante da Itália na final (FIVB/Rio-2016)
COLUNA DO CACÁ BIZZOCCHI
carlosbizzocchi.blogspot.com
Este é o terceiro de uma série de textos que compartilhamos para acompanhar a contagem regressiva até a estreia do vôlei brasileiro nos Jogos Olímpicos. Nas duas primeiras edições dos Jogos Olímpicos, o sistema de disputa do vôlei masculino era de turno único entre todos os participantes, sagrando-se campeão o time que somasse mais vitórias. De 1972 até 1988, os dois primeiros de cada um dos grupos nos quais as equipes passaram a ser divididas disputaram as semifinais, enquanto os terceiros e quartos jogaram para ficar entre quinto e oitavo.
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Desde Seul-88 a competição masculina tem sistematicamente 12 participantes e a organização do torneio passou a ter o formato que será também repetido em Tóquio. Serão dois grupos de seis seleções que jogam entre si dentro do próprio grupo. Os quatro primeiros de cada grupo avançam às quartas de final e os confrontos serão contra os classificados do outro grupo. Destes jogos eliminatórios, está certo que o 1º colocado de A enfrentará o 4º de B e o 1º de B pegará o 4º de A. Os outros dois confrontos serão definidos por sorteio.
A escolha do sorteio para definição dos outros dois confrontos é uma ferramenta utilizada desde Pequim-2008 para evitar a “escolha” de adversários por meio de jogos “arranjados” – sendo que o 2º de A pode pegar o 2º ou o 3º de B, e o 3º de A pode encarar o 2º ou o 3º de B. Os vencedores das quartas brigarão por medalhas em duas semifinais que definirão os finalistas e os que disputarão a terceira colocação, sendo que os que vencerem os confrontos de 1º x 4º só se encontrarão na final ou na disputa do bronze.
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Para os Jogos de Tóquio, marcados no período de 23 de julho a 8 de agosto de 2021, o grupo A está definido com Itália (ITA), Canadá (CAN), Japão (JPN), Venezuela (VEN), Irã (IRI) e Polônia (POL). O grupo B tem Brasil (BRA), Estados Unidos (USA), Argentina (ARG), França (FRA), Tunísia (TUN) e Rússia (RUS). A delegação russa competirá independentemente sob a sigla ROC (em inglês, Comitê Olímpico Russo), por causa do escândalo de doping que suspendeu o país em todas as competições esportivas.
Força máxima na Liga das Nações e protagonistas em Tóquio
Ao contrário do feminino, as principais candidatas às medalhas no Japão devem apresentar suas formações principais na Liga das Nações (VNL) que começa esta semana na bolha de Rimini, na Itália. Isso permitirá traçar uma previsão mais consistente para Tóquio. Mesmo assim, nas duas últimas edições da Liga no ano olímpico, os campeões não emplacaram nos Jogos: em 2012 deu Polônia – quinta colocada na Olimpíada – e em 2016, França – eliminada na fase de grupos.
No grupo A, apenas a Venezuela parece estar fora da briga para avançar às quartas de final. Itália, Irã e Polônia são os três países que devem brigar pelas primeiras posições do grupo, enquanto Canadá e Japão brigarão pela última vaga. Os canadenses vêm evoluindo, mas alternando boas e más campanhas nos torneios internacionais, por isso, pode surpreender não só com uma classificação, mas também uma posição melhor, como também sucumbir diante dos bravos japoneses.
O grupo do Brasil também não será fácil. Tirando a Tunísia, todos podem passar para a próxima fase, o que fará com que um deles fique pelo caminho. Na Rio-2016, a França perdeu para o Brasil o jogo decisivo e adiou o sonho da medalha olímpica. Teoricamente, a Argentina seria a seleção com menos chances de avançar, mas é bom lembrar que há cinco anos os portenhos ficaram em primeiro num grupo tão forte quanto este. Mesmo assim, não há como não considerar favoritos os campeões das quatro últimas edições dos Jogos: Brasil, Estados Unidos e Rússia.
Texto extraído do blog de Cacá Bizzocchi: carlosbizzocchi.blogspot.com
GOLDEN SET #42 – ESQUENTA VNL