Sesi Bauru fecha com capitã do Azerbaijão e Osasco repatria ponteira
O time dirigido pelo técnico Rubinho acertou a contratação de Odina Aliyeva, de 31 anos, ponteira da seleção azeri. Já o clube comandado por Luizomar acertou a chegada da versátil Silvana Papini
Odina Aliyeva, da seleção do Azerbaijão, é do Sesi Bauru (Divulgação/FIVB)
Dois clubes de São Paulo continuam movimentando o mercado de contratações para temporada 2021/22. O Sesi Vôlei Bauru seguirá com uma jogadora azeri em seu elenco. Após não renovar o contrato da oposta Polina Rahimova, o time dirigido pelo técnico Rubinho acertou a contratação da ponteira e capitã do Azerbaijão. Trata-se de Odina Aliyeva, de 31 anos, e que atuou pela Liga dos Estados Unidos em 2020/21. Já o Osasco São Cristóvão Saúde fechou com Silvana Papini, 33, ponta de origem, mas que já executou a função de líbero e chega para contribuir com o fundo de quadra.
AZERI EM BAURU
Odina Aliyeva esteve no elenco e foi titular do Azerbaijão no Pré-Olímpico de 2019, quando a seleção brasileira bateu as europeias por 3 sets a 2. A capitã de seu país realiza o sonho de atuar no vôlei do Brasil pela primeira vez ao se juntar ao grupo que já conta com as centrais Mayhara, Mara, Mayany e Adenizia, as levantadoras Dani Lins e Leticia Lima, a líbero Nyeme, as opostas Pamela e Nia Reed e as ponteiras Suelle e Drussyla. Camisa 5 do time nacional azeri, a jogadora foi campeã da European Golden League, de 2016, e da Islamic Solidarity Games, de 2017.
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“Sempre foi um dos meus sonhos jogar no Brasil e, principalmente, em um grande clube como o Sesi. Para mim é uma grande honra que eles tenham me escolhido também. Ouvi muitas palavras agradáveis sobre como as meninas são ótimas e legais, como o treinador é uma ótima pessoa e técnico e, no geral, o clube também. Tudo isso me motiva muito a seguir meu sonho”, destacou Odina Aliyeva, que deve chegar em solo bauruense no dia 15 de julho juntamente com a oposta estadunidense Nia Reed.
EM QUADRA E FORA DELA
Odina Aliyeva tem 1,86m de altura e é natural de Navoi, no Uzbequistão, país da antiga república soviética, mas naturalizou-se azeri. Em sua carreira, a atleta jogou no Azerbaijão (2011 a 2016), onde foi eleita duas vezes a melhor jogadora da Superliga. Em seguida, ela atuou na Itália (2016/2017), Turquia (2017/;2018), Indonésia (2019/2020), onde também foi a atleta mais valiosa da competição, melhor atacante e maior pontuadora. Ela é presença frequente na seleção do Azerbaijão desde 2009, tendo sido capitã por muitos anos.
“Comecei no Uzbequistão e vim muito jovem para o Azerbaijão, onde toda a minha vida e carreira mudaram. Jogo há muitos anos pela seleção, sendo capitã por muitos anos. O vôlei brasileiro está entre as três principais ligas do planeta. Eu sei e ouvi que o Brasil é um país quente, legal e ótimo, com pessoas amáveis e amigáveis e com uma das melhores torcidas do mundo. Espero que todos juntos me façam sentir em casa e saber mais sobre esta terra maravilhosa. Espero tudo de bom e estou muito animada e feliz por fazer parte de um grupo tão bom”, enfatizou a ponteira.
Aliyeva adora cães e cavalos e, em seu tempo livre, gosta de dançar bachata (ritmo musical e uma dança originária na República Dominicana, da década de 60, que é considerada um híbrido de bolero com outras influências musicais, como o chá-chá-chá e o tango), surfar, ouvir música, costurar, assistir a desenhos animados e ver fotos. “Eu amo animais e curtir o tempo com amigos. Vivemos uma vez e nunca sabemos quando nossa vida chega ao fim. Mantendo as qualidades pessoais, devemos amar, respeitar e desfrutar todas as coisas bonitas que nos foram dadas”, concluiu a atleta.
“CORINGA” CHEGA AO OSASCO
Ponteira de formação, Silvana Papini já atuou como líbero, principalmente em sua passagem pelo Brasília Vôlei, onde estava até a temporada 2020/21. Ela garante estar pronta para colaborar da melhor forma em relação a composição do time. Está será a terceira passagem da atleta pelo Osasco. “Hoje sou uma jogadora mais experiente, me especializei no fundo de quadra, pois passei alguns anos atuando como líbero. Agora voltei a atacar na ponta, mas o Luizomar pode me usar como achar melhor. Independentemente da posição, não vai faltar dedicação e garra”, afirmou.
Mineira de Belo Horizonte, Silvana vestiu a camisa do Osasco entre os anos de 2006 e 2009 e, posteriormente, em 2011/12. Nesse período de quatro temporadas, sendo três consecutivas, somou um título de Superliga, três campeonatos paulistas, uma Copa Brasil, uma Salonpas Cup e um Sul-Americano de Clubes. “Minha sensação é de estar voltando para casa. Fui muito feliz nos anos que tive a oportunidade de defender essa camisa, e criei um carinho enorme pela cidade e pela torcida”, relatou a ponteira.
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A jogadora é o 12º nome confirmado pelo Osasco para 2021/22 e a quarta ponteira. A primeira foi Michelle Pavão, seguida por Carla e Tifanny. Além delas, o clube osasquense já anunciou as levantadoras Kenya e Fabíola, a líbero Keyla e a central Saraelen. E essas caras novas se juntam as opostas Tandara e Karine Schossler, a líbero Camila Brait e a central Camila Paracatu, que renovaram seus vínculos. Tandara e Camila Brait estão treinando com o Brasil e estão confirmadas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto.
O técnico Luizomar sabe bem as virtudes de Silvana, já que trabalhou com ela anteriormente no próprio Osasco e também nas seleções brasileiras de base. “Conheço bem a Silvana e sei das suas qualidades e dedicação ao time. Especialmente no passe e defesa, sei que ela será uma peça importante nos momentos em que a equipe precisar de equilíbrio, especialmente na recepção”, afirmou o treinador, que também estará nos Jogos de Tóquio. Ele será o comandante da seleção do Quênia.