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Trio de força é decisivo e Rússia impõe 3ª derrota à China em Tóquio

Fedorovtseva, maior pontuadora do jogo, com 28, Goncharova, 27, e Voronkova, 26, foram decisivas na vitória por 3 sets a 2, parciais de 25/17, 23/25, 20/25, 27/25 e 15/12

Federovtseva Rússia bate China

Fedorovtseva encarando o bloqueio triplo da China (Divulgação/FIVB)

 

A China vive um drama nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta quinta-feira (29), após ver a vitória de perto na quarta parcial, as chinesas acabaram derrotadas pela Rússia na Arena Ariake, por 3 a 2, sets de 25/17, 23/25, 20/25, 27/25 e 15/12. As russas conquistaram o resultado positivo graças ao desempenho decisivo do trio de força das extremidades. A jovem ponteira Arina Fedorovtseva, de 17 anos, foi a maior pontuadora do jogo, com 28, seguida de perto pela oposta Nataliya Goncharova, com 27, e a ponta Irina Voronkova, com 26.

 

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Pelo lado da China, o destaque foi a ponteira canhota Yingying Li, que começou no banco de reservas, mas entrou a partir do segundo set e contribuiu para a virada no placar e a quase vitória, já que as chinesas chegaram a ter cinco pontos de vantagem na quarta parcial. A jogadora deixou a quadra com 27 pontos, dez a mais do que a capitã Ting Zhu. Mais duas atletas da equipe comandada pela técnica Lang Ping alcançaram os dois dígitos na pontuação: a central Xinyue Yuan, com 11, e a ponta Changning Zhang, dez.

 

 

A Rússia anotou 14 pontos a mais do que a China em ações de ataque (77 a 63) e também levou a melhor em bloqueios (14 a 10). As chinesas foram superiores no saque, com cinco aces a mais (8 a 5) e ainda pontuaram mais vezes em erros do adversário (23 a 16). Na quarta rodada do Grupo B, as comandadas do técnico italiano Sérgio Busato enfrentam os Estados Unidos, na sexta-feira (30), às 23h05 (horário de Brasília). Já a seleção dirigida por Lang Ping terá pela frente a Itália, no sábado (31), às 9h45.

 

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Depois de três rodadas do Grupo B, a Rússia aparece na terceira colocação, com duas vitórias e cinco pontos. Já a China, que perdeu os três jogos, soma um ponto e ocupa a quinta e penúltima posição. A liderança da chave é da Itália, que ganhou da Argentina e está com 100% de aproveitamento e nove pontos. Já a equipe sul-americana é a lanterna, pois está zerada em vitórias e pontos. Estados Unidos e Turquia ainda entram em quadra no encerramento da terceira rodada.

 

China no chão x Rússia

A China perdeu a terceira seguida nos Jogos de Tóquio (FIVB/Divulgação)

 

O JOGO

A partida iniciou com as equipes trocando pontos ou com no máximo dois de diferença até o 11 a 11. Foi quando a Rússia abriu quatro com Fedorovsteva marcando dois pontos de ataque, a central Irina Fetisova, de bloqueio, e Irina Voronkova, em ace (15 a 11). Zhu cometeu erro ofensivo e o set foi finalizado: 25 a 17. A equipe russa obteve dois acertos a mais que a chinesa nos três fundamentos que geram pontos (ataque: 16 a 14, bloqueio e aces: 3 a 1). Além disso, fez três em falhas do rival contra um. Goncharova e Fedorovtseva marcaram oito pontos cada uma, com Zhu, Zhang, Gong e Yan, com três.

 

No segundo set, a Rússia liderou o marcador na maior parte do tempo, porém, sofreu a virada na fase decisiva. Voronkova foi acionada no ataque e bloqueada por Zhang (23 a 22). Goncharova, em ataque, ainda igualou (23 a 23). No entanto, Zhang, em ação ofensiva, e Yuan em ace, com falha no passe de Voronkova, fizeram 25 a 23. A China ganhou a parcial mais pelo excesso de erros das russas (11 a 2) do que pelos próprios méritos, já que ficaram atrás em atos de ataque (17 a 10) e bloqueios (4 a 2), liderando apenas em acertos de saque (2 a 0). Fedorovtseva fez sete pontos na série.

 

O primeiro set conquistado na competição deu confiança ao time chinês, que passou a melhorar no emocional e em todos os fundamentos. Liderada pela canhota Li, com dez acertos, a China marcou 25 a 20 na Rússia. A seleção dirigida por Lang Ping foi superior em bloqueios (3 a 2) e em aces (3 a 0), perdendo somente nos pontos de ataque (14 a 16). E, para piorar para as russas, elas cederam três pontos a mais em falhas (5 a 2). E partiu de Zhu a responsabilidade de dar números finais. Ela foi acionada e explorou o bloqueio de Goncharova.

 

Bloqueio Rússia x China Tóquio

Goncharova na composição de bloqueio foi uma das destaques da partida (FIVB/Divulgação)

 

VIRADA DA RÚSSIA

Melhor em quadra, a China encaminhava a primeira vitória em Tóquio. A seleção chinesa abriu sete de diferença em ataque de Zhu (19 a 12). Li continuou decisiva e foi a primeira em pontos na parcial, com sete, todos ofensivamente. Mas o trio Voronkova, com seis, Goncharova e Fedorovtseva, ambas com cinco, não desistiu e recolocou a Rússia no jogo, igualando em 20 a 20 com Voronkova atacando. Com 25 a 25, Zhu atacou para fora e, em seguida, Goncharova explorou o bloqueio de Zhu: 27 a 25. Os bloqueios (4 a 1) e os erros chineses (5 a 3) foram decisivos para o êxito russo.

 

No quinto set a Rússia apresentou todo seu poderio de ataque, com quatro acertos a mais em comparação com a China (10 a 4). Voronkova fez quatro, inclusive, o último que decretou o 15 a 12. Mas ela não esteve sozinha, já que as outras duas atacantes de extremidade colaboraram: Fedorovtseva, com três, e Goncharova, com dois. Ninguém fez ponto direto de saque e a China foi superior em bloqueios (3 a 1). Porém, além da força ofensiva, as russas contaram com quatro erros das chinesas na parcial e só deram três.

 

Rússia vence China Tóquio

Russas em festa após vitória contra a China (FIVB/Divulgação)

 

OS GRUPOS DE TÓQUIO
China e Rússia integram o Grupo B dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que é composto também por Itália, Argentina, Turquia e Estados Unidos. Já o Grupo A é encabeçado por Japão, Brasil, Sérvia, Coreia do Sul, República Dominicana e Quênia. Na primeira fase da competição, as equipes se enfrentaram dentro das próprias chaves. Avançam às quartas de final as quatro melhores de cada lado.

 

 

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Rafael Zito é jornalista formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Acumula passagens pelas redações do Olimpíada Todo Dia, Terra, Federação Paulista de Futebol e, há mais de dez anos, cobre voleibol de quadra.

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