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Jaqueline fechou com Osasco horas antes da apresentação do time

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Jaqueline foi ovacionada em seu retorno ao Osasco (Fotos: João Pires/Fotojump)

 

Por Vanessa Kiyan
13 de agosto de 2019

 

Foi no início desta terça-feira (13), perto da 1 da manhã, que Jaqueline disse “sim” a Luizomar de Moura para defender o Osasco-Audax na temporada 2019/20. Foram quatro horas de negociação ao telefone entre ela, o técnico e o líbero Murilo, marido e empresário de Jaqueline, até que o martelo fosse batido. Da decisão até o primeiro compromisso pelo novo time, a jogadora quase não teve tempo de descansar. Menos de oito horas depois, se juntou à equipe para a apresentação do Osasco no Teatro Municipal da cidade. A decisão em plena madrugada pegou as próprias colegas do elenco de surpresa.

O namoro entre o time do José Liberatti e a bicampeã olímpica já se arrastava há algumas semanas. Nas redes sociais do clube, da atacante e até na do treinador, choviam pedidos da torcida para o acerto entre os dois lados. Luizomar chegou a brincar com a situação há duas semanas, quando se apresentou no Congresso Internacional de Voleibol, em São José dos Pinhais (PR). “Outro dia fui com meu filho para o cinema, era um domingo, postei a foto com ele, e as pessoas já vieram perguntar nos comentários quando que a Jaque iria chegar.”

 

 

Havia alguns empecilhos para que o casamento fosse selado. Um deles, econômico. O outro, o receio de Jaqueline por ter ficado um ano fora das competições. A jogadora não queria jogar apenas com o nome que construiu. Queria poder contribuir. Luizomar lhe deu respaldo. Murilo também não economizou no apoio. “Eu estou vindo por amor mesmo. O Murilo sempre falou pra mim: ‘Amor, você ainda tem muito a dar’. Eu peguei aquilo de um jeito… Eu falei: ‘Meu, voltar para onde tudo começou vai ser muito especial, vou estar com pessoas especiais também’.”

Jaqueline já sentiu um gostinho do que lhe espera durante o evento de apresentação do time de 2019/20. Diante de uma plateia cheia, foi, ao lado de Camila Brait, a jogadora mais festejada pela torcida. Puxada pela líbero, responsável por apresentar o último reforço osasquense da temporada, subiu ao palco ovacionada. E ela, mesmo tão acostumada aos holofotes, tremeu. “Receber este carinho da torcida ao vivo… Até parece que comecei a jogar agora. Eu me tremi todinha quando fui apresentada. Eu disse: ‘Pronto, vou desmaiar de novo’”, brincou Jaqueline, fazendo o mesmo gesto do desmaio que teve durante um jogo do Sesi-SP na última Superliga e que viralizou nas redes sociais. “Foi muito gostoso quando eu entrei, a Brait carinhosamente me pegou, eles fizeram essa brincadeira para interagir com a galera. Tudo isso está sendo muito gostoso, muito especial. A torcida do Osasco sempre me apoiou, sempre me deu força, eu só tenho a agradecer.”

 

A atacante ficou ausente das quadras na última temporada (Foto: João Pires/Fotojump)

 

A relação de Jaqueline com a cidade é antiga. Foi em Osasco (SP), há 20 anos, que a pernambucana começou a construir a carreira no voleibol profissional. O carinho pela equipe que lhe abriu as portas, e onde conquistou depois alguns dos principais títulos da carreira – Mundial de Clubes, Superliga e Sul-Americano de Clubes –, pesou em sua escolha. Estar perto da família também foi decisivo. “Eu sou uma pessoa muito família. Todo mundo que me conhece sabe. Quando fui jogar no Minas, fiquei dois anos longe do meu filho (Arthur) e do Murilo. Foi um sofrimento muito grande, o meu filho era muito pequeno. O meu pensamento hoje é estar próximo deles”, disse a atleta, que mora em São Paulo.

 

Saque Viagem conversou com Jaqueline durante a apresentação do Osasco-Audax para a temporada 2019/20. Confira abaixo os trechos do bate-papo:

 

COMOÇÃO PELO RETORNO A OSASCO
Eu já estou um pouco acostumada com tudo isso, com essa pressão toda, mas agora está sendo muito diferente porque fiquei um ano parada. Acho que recebi umas 50 mensagens por dia nas minhas redes sociais da galera pedindo pra eu voltar (às quadras), independentemente se fosse no Osasco. Todo mundo era Jaque Voleibol Clube, queria o meu retorno, viram a Sheilla voltar… O pessoal tem um carinho por nós, jogadoras, eles sentem muito quando a gente fica fora. Receber este carinho da torcida ao vivo… Até parece que comecei a jogar agora. Eu me tremi todinha quando fui apresentada. Eu disse: “Pronto, vou desmaiar de novo”. Foi muito gostoso quando eu entrei, a Brait carinhosamente me pegou, eles fizeram essa brincadeira para interagir com a galera. Tudo isso está sendo muito gostoso, muito especial. A torcida do Osasco sempre me apoiou, sempre me deu força, eu só tenho a agradecer.

 

COMO FOI A DECISÃO
Eu decidi ontem era meia-noite e meia, quase uma. O Luizomar me ligou era oito horas da noite, ficamos conversando eu, o Murilo (marido e empresário) e o Luizomar. Ali eu decidi. Eu estou vindo por amor mesmo. O Murilo sempre falou pra mim: “Amor, você ainda tem muito a dar”. Eu peguei aquilo de um jeito. Eu falei: “Meu, voltar para onde tudo começou vai ser muito especial, vou estar com pessoas especiais também. Estou muito feliz e não vejo a hora de começar a jogar.

 

Plateia vibrou com o anúncio de Jaqueline como jogadora do Osasco (Foto: João Pires/Fotojump)

 

O QUE IMPEDIA DE FECHAR COM OSASCO?
Ainda fico em dúvida se vou conseguir voltar como era antes. Até falei pro Luizomar: “Você tem certeza? Estou há um ano sem jogar”. Eles acreditam muito no meu trabalho, vou me dedicar bastante para corresponder. Eu sempre gostei de treinar, de ajudar. Acho que o mais importante é você contribuir.

 

E SE NÃO VOLTASSE ÀS QUADRAS?
Como eu não sabia se ia voltar a jogar nesta temporada, eu comecei a estudar. Tenho o sonho de ser apresentadora, estava estudando esta parte. Também estava fazendo fono para tirar o meu sotaque (pernambucano), mas eu dizia: ‘Quem quiser me contratar vai ter que ser com o meu sotaque’ (risos). Eu vinha trabalhando isso todos os dias, mas agora vou parar por causa do Osasco. Gosto muito desta interação com a torcida, com as pessoas. Estava sendo muito legal também. Mas o mais legal está sendo agora, receber tudo isso, todo este carinho, este retorno das pessoas.

 

Jaqueline foi campeã mundial de clubes pelo time do Liberatti (Foto: Divulgação/FIVB)

 

PARTICIPAÇÃO NA PRÉ-TEMPORADA
Eu não consegui fazer um trabalho de pré-temporada nos últimos cinco anos. Eu entrei nas equipes no final do ano, não porque eu quis, mas porque aconteceu. Elas (jogadoras do Osasco) já começaram há um mês a trabalhar, mas agora vou ter a oportunidade de começar um trabalho antes. Vai ser muito importante (fazer a pré-temporada). Quando eu atingia minha melhor forma física, já era nas finais e aí acabava a Superliga. Agora, vou ter a oportunidade de começar do início e poder trabalhar bem, até porque eu já tenho 35 anos. Meu desafio é estar bem fisicamente para poder contribuir, ajudar essas jogadoras mais novas.

 

JOGAR NA PRAIA
É muito gostoso jogar na praia, eu curti bastante, mas meu mundo é a quadra. Quem sabe um dia eu volte a jogar na praia? Onde eu queria estar mesmo era na quadra.

 

ÚLTIMO ANO DA CARREIRA?
Não sei, depende deste ano, como tudo vai acontecer. Se eu for muito bem, com certeza eu quero dar continuidade.

Esta é a terceira passagem de Jaqueline pelo Osasco. A primeira foi entre 1999 e 2004. Já consagrada, voltou em 2009 e ficou até 2013. Neste retorno, vai ter como companheiras as levantadoras Roberta, Pri Heldes e Amanda; centrais Bia, Mara, Karyna e Adriani; ponteiras Bjelica, Ellen Braga, Fernanda Tomé e Vanessa Janke; oposta Casanova, além das líberos Camila Brait e Kika.

 

 

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