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Temporada abaixo no Sesc-RJ fez Roberta temer pela vaga na seleção

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Roberta vai para seu quinto ano na seleção feminina (Foto: Divulgação/FIVB)

 

Por Vanessa Kiyan
26 de abril de 2019

 

Uma queda precoce na Copa Brasil. Outra na Superliga. Em 2018/19, o Sesc-RJ esteve bem longe de ser o bicho-papão de outros tempos. Com o mau desempenho da equipe na temporada, a levantadora Roberta temeu até pela convocação para a seleção. A confiança também ficou abalada em razão do próprio desempenho: “tive um ano bem abaixo, irregular”, confessou ela.

O nome de Roberta, porém, estava na primeira lista divulgada pelo técnico Zé Roberto no último dia 18. Em um misto de alívio e ansiedade por estar novamente no time nacional – “minha sensação é como se fosse sempre a primeira convocação” -, a jogadora agora trabalha para disputar a Liga das Nações, Campeonato Sul-americano, Pré-olímpico e Copa do Mundo neste ano. A conquista da vaga em Tokyo-2020 é o grande objetivo do ano.

Desde a última segunda-feira (22), Roberta se juntou à seleção feminina para dar início à preparação para os quatro compromissos de 2019. Sem poder contar com Dani Lins, Camila Brait, Drussyla, Gabi Cândido e Tássia, que pediram dispensa, o grupo tem se dividido em uma agenda que inclui bateria de exames, trabalho na academia e com bola na quadra.

E foi durante o intervalo de treinos na seleção que Roberta conversou com a reportagem do Saque Viagem. A jogadora falou sobre a equipe nacional, Macris, dispensas e Sesc-RJ. O único tema proibido, e respeitado, foi o futuro da atleta na temporada de clube.

 

Confira, abaixo, os principais trechos da entrevista com a levantadora da seleção:

 

CONVOCAÇÃO PARA A SELEÇÃO
Mesmo eu indo para meu quinto ano na seleção, a cada ano eu fico mais ansiosa para a lista de convocadas. Cada ano é diferente, entra e sai jogadora. Tenho muito orgulho de estar aqui. Fico sempre muito feliz quando recebo o uniforme da seleção, é o auge da carreira de todo atleta. A sensação é como se fosse sempre a primeira vez na seleção. Este é um ano que antecede as Olimpíadas, significa estar mais perto do meu sonho. Quando estava defendendo o clube (Sesc-RJ), estava focada nele. Agora, na seleção, estou focada em fazer o meu melhor aqui. Espero jogar bem para realizar meu sonho de estar em Tokyo-2020. No ano passado, não nos mantivemos tão regulares nas competições, perdemos pontos no início do Campeonato Mundial que fizeram a diferença no final. A gente vê que os times estão crescendo, precisamos ter um time regular, com muito volume de jogo. O Zé tem prezado muito por isso, é um grupo gostoso de se trabalhar. Isso facilita bastante.

 

Roberta: “Fico feliz que o Zé acredita no meu trabalho” (Foto: Divulgação/FIVB)

 

RECEIO DE NÃO ESTAR NA SELEÇÃO
Meu time não fez uma boa temporada. Não chegamos às finais da Superliga, Copa Brasil… Isso me deixou ansiosa para a lista. Eu ouvi um burburinho de que a lista sairia uma semana antes (do que foi divulgada). Como não saiu, achei que meu nome não fosse estar lá. Aí pensei: “vamos seguir a vida”. Quando vi meu nome, fiquei extremamente feliz. Me manter na seleção, estar neste ambiente, é muito importante. Fico feliz que o Zé acredita no meu trabalho.

 

DISPENSAS NA SELEÇÃO
Eu respeito a opinião de cada uma, cada uma tem um motivo pessoal para pedir a dispensa. Ninguém sabe o que passa, cada uma precisa ter o seu tempo. Acredito que seja o sonho de cada uma estar aqui, mas a gente não sabe o que cada uma pensa.

 

 

MACRIS – A MELHOR LEVANTADORA DA TEMPORADA
Não só a Macris tem jogado muito bem, como todo o time do Minas. O time teve um ótimo desempenho em questão de regularidade, foi muito sólido desde o início da Superliga. Alguns times foram caminhando, tentando evoluir ao longo da temporada. Além disso, o Minas tinha uma linha de passe e defesa invejável, a Macris jogou com bola na mão o tempo todo, isso ajudou muito no jogo rápido do Minas. A Macris já vinha jogando bem em outras temporadas, mas nesta mostrou seu melhor voleibol.

 

QUEDA DO SESC-RJ
Aconteceu muita coisa nesta temporada. A gente caiu nas quartas (de final da Superliga), nunca tinha vivenciado isso na equipe. Joguei nove anos no Rio, fizemos o mesmo trabalho das outras temporadas, tivemos a mesma dedicação. Desta vez, algumas peças mudaram (Gabiru assumiu o lugar de Fabi, Bia e Kosheleva chegaram), o que fez com que mudasse também a característica do time. Perdemos um pouco de volume de jogo. A gente passava e defendia muito. Trabalhamos da mesma maneira, mas o time não deu liga. Tivemos problemas também com algumas meninas voltando de lesão (Bia, Drussyla), a Monique teve que fazer uma função diferente… Era um grupo bom, mas que infelizmente não alcançou os resultados. Parecia que estávamos sempre remando contra uma maré muito forte. Foi uma temporada de luta o tempo inteiro. Fico triste que a gente não tenha alcançado os nossos objetivos.

 

AUTOCRÍTICA SOBRE A TEMPORADA NO SESC-RJ
Eu sou muito crítica comigo mesma, sempre acho que preciso crescer bastante, melhorar meu voleibol. Tive um ano bem abaixo, irregular. Tentava fazer mais pelo time e me perdia. Tive dificuldade em trabalhar sem a bola nas mãos, não que isso seja uma desculpa. Quero pegar de aprendizado as dificuldades da temporada para trabalhar e evoluir ainda mais na seleção.

 

Roberta tem quatro desafios com a seleção em 2019: Liga das Nações, Pré-olímpico, Sul-americano e Copa do Mundo (Foto: Divulgação/FIVB)

 

 

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