Maurício Borges terá um novo papel na seleção brasileira em Tóquio
Ponteiro campeão olímpico aparece como quarta opção na posição (Divulgação/FIVB)
No elenco campeão olímpico em 2016, Mauricio Borges foi uma das peças mais importantes do grupo da seleção brasileira. Apesar de ter quatro ponteiros, Bernardinho usou somente o trio Lucarelli, Lipe e Mauricio Borges e, por conta dos problemas físicos dos dois primeiros durante as partidas no Rio de Janeiro, Borges foi peça fundamental na conquista do ouro olímpico.
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Após o ouro na Rio 2016, Maurício Borges viveu um ciclo um pouco diferente. No Mundial de 2018, que o Brasil ficou com o vice-campeonato, o ponteiro foi um dos desfalques por conta de um problema físico e viu um crescimento de Douglas Souza com a camisa da seleção brasileira. Após a competição, o processo de naturalização do ponteiro Leal se finalizou e a partir de 2019 o Brasil contou com o quarteto formado pelo cubano, Lucarelli, Douglas Souza e Maurício.
Apesar da excelente temporada com o EMS Taubaté Funvic, onde conquistou quase tudo que poderia e foi eleito o MVP da Superliga Masculina, a participação do Brasil na Liga das Nações mostrou que Maurício Borges está um pouco abaixo dos demais companheiros de posição, tendo atuado em cerca de metade das partidas da equipe brasileira na VNL.
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“O problema é que nós temos três ponteiros que estão sobrando. Então o Maurício é o quarto ponteiro e eu acho que, até agora, passava na cabeça dele de brigar por uma posição no time titular. O Maurício vai precisar se dar conta disso, assimilar o golpe e passar a ser um cara que vai contribuir para o grupo e entrar quando for preciso. E essa questão, Rafael, às vezes parece fácil para quem está fora, mas dentro de um grupo competitivo, de alto rendimento e que está disputando uma Olimpíada, o cara quer ser titular. Existem outros objetivos individuais que estão presentes. Qualquer um de nós que trabalha em qualquer ambiente, você quer melhorar, subir, se aprimorar, ganhar mais”. disse o comentarista do Saque Viagem Cacá Bizzocchi na edição 91 do programa “Mais Vôlei Por Favor”.
Ser reserva de um time não é algo comum na carreira de Maurício Borges. Na última temporada pelo Taubaté, mesmo tendo opções na posição como João Rafael e Douglas Souza, o ponteiro foi titular na maior parte do tempo. Na seleção brasileira o atleta passou a figurar mais como suplente na reta final do ciclo para Tóquio.
“Maurício Borges sempre foi titular, então é uma condição que ele talvez se acostume a partir de agora. Ele pode pensar ‘estou em Tóquio’, mas talvez eu seja um cara que vai precisar ajudar de outra forma e não como titular como sempre foi. Às vezes essa adaptação demora um tempinho, mas precisa acontecer logo porque nós estamos a um pouquinho mais de três semanas dos Jogos”, disse Cacá.