Em grande jogo, Rússia mostra força e passa pelos EUA
Equipe de Mikhaylov está invicta na edição japonesa dos Jogos Olímpicos
Russos tiveram muito trabalho para chegar à segunda vitória em Tóquio (Divulgação/FIVB)
De incógnita, pelo que havia apresentado na Liga das Nações (VNL), a uma das favoritas às medalhas. A carreira meteórica do sempre perigoso time dos Estados Unidos em Tóquio encheu ainda mais de expectativa o clássico com a Rússia, neste domingo (25), na Arena Ariake. Também pudera. Na primeira rodada da Olimpíada, os estadunidenses amassaram sem dó nem piedade a França. Já os russos tiveram mais dificuldade para passar pela Argentina.
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Na balança dos favoritos ao lugar mais alto do pódio, o peso pendeu mais para a Rússia, que mostrou força ao vencer o clássico por 3 sets a 1, parciais apertadas de 25/23, 27/25, 21/25 e 25/23.
O JOGO
O primeiro set só confirmou as expectativas por um grande jogo. Os dois gigantes fizeram uma parcial parelha, com ponto lá, com ponto cá. Se de um lado o oposto russo Maxim Mikhaylov batia forte na bola, do outro Matt Anderson, a estrela da equipe de John Speraw, deixava tudo igual. O forte saque dos Estados Unidos para cima da linha de passe russa, que em alguns momentos ficou posicionada com quatro homens, deixou os norte-americanos em boa situação. A Rússia, porém, foi mais eficiente e fechou em 25 a 23.
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A vitória deu fôlego extra para os russos, que comandaram o placar no começo do segundo set. Mas uma boa passagem dos estadunidenses pelo saque colocou a recepção de Egor Kliuka e companhia em apuros. A partir daí, os americanos tomaram as rédeas do placar. E não a perderam mais. A vitória parecia certa até que os russos empataram em 25. E foram além: fecharam em 27 a 25 de virada.
Jogo entre russos e americanos foi bastante equilibrado (Divulgação/FIVB)
A derrota não abateu a equipe de Speraw, que iniciou forte o terceiro set. Mas, assim como havia acontecido no segundo, os estadunidenses deixaram novamente os europeus encostarem. O jogo parecia perigoso até que Anderson entrou na zona de saque. Os passadores da Rússia sentiram, enquanto os Estados Unidos abriram frente no placar. Diante da dificuldade da equipe, Tuomas Sammelvuo sacou até Mikhaylov. De nada adiantaram as mudanças. Os rivais venceram a parcial por 25 a 21.
Como um resumo de todo o clássico, o quarto set também foi bem disputado, com as duas equipes trocando pontos no placar. Mas os russos, com um saque agressivo, combinado com um ataque pra lá de eficiente, não deixaram os adversários sonharem com o tie-break. Com 25 a 23, liquidaram o quarto set e colocaram um ponto final na disputa na Arena Ariake.
O ponteiro Dmitry Volkov liderou a pontuação do lado vitorioso, com 12 pontos conquistados. Pela equipe adversária, Anderson e o ponteiro Taylor Sander fizeram 14 pontos cada.
A Rússia chega aos seis pontos no Grupo B e segue na briga pela primeira posição. Na próxima rodada, no dia 28, os russos têm pela frente outro clássico, desta vez contra o Brasil, às 9h45 (horário de Brasília). Já os Estados Unidos, que conheceram a primeira derrota, têm tudo para alcançar a recuperação contra a Tunísia, o time mais fraco da chave.
OS GRUPOS DE TÓQUIO
Rússia e Estados Unidos fazem parte do Grupo B dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que é composto também por Brasil, França, Argentina e Tunísia. O Grupo A é encabeçado por Japão, Polônia, Itália, Irã, Venezuela e Canadá. Na primeira fase da competição, as equipes se enfrentaram dentro das próprias chaves. Avançam às quartas de final as quatro melhores de cada lado.
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