Brasil vira contra Rússia e conquista vaga na semifinal dos Jogos Olímpicos

Rosamaria e Macris entraram e mudaram a partida (Divulgação/FIVB)

O Brasil está na semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Não foi nada fácil, mas a seleção brasileira conquistou sua vaga entre as quatro melhores da competição. Ninguém acreditava na Rússia antes do evento começar, mas elas cresceram no decorrer das partidas e exigiram o melhor das comandadas do técnico José Roberto Guimarães, que tiveram que virar o jogo para ganharem por 3 sets a 1, parciais de 23/25, 25/21, 25/19 e 25/22. A ponteira Gabi foi a maior pontuadora do time com 18, a central Carol Gattaz e a oposta Rosamaria fizeram 16, e Fernanda Garay marcou 14.

A ponteira Arina Fedorovtseva foi a maior pontuadora da partida, com 20. A jovem, de 17 anos, colocou 18 bolas no chão em ataques, uma em bloqueio e saque. A ponta Irina Voronkova contribuiu com 18, a central Irina Koroleva fez 14 e a oposta Nataliya Goncharova foi mais apagada e só anotou 11. O Brasil foi superior em todos os fundamentos, com quatro a mais em ações de ataque (59 a 55), um em tocos (16 a 15) e quatro em aces (6 a 2). Zé Roberto e suas atletas fizeram 17 pontos em erros e deram 15 ao rival.

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Fedorovtseva foi a atleta que mais marcou em ações de ataque, com 18. Em bloqueios, os destaques foram Koroleva e Rosamaria, ambas com seis. No saque, as duas que tiveram mais acertos foram Rosamaria e Gattaz, com dois aces. Garantido na semifinal dos Jogos de Tóquio, o Brasil enfrenta a Coreia do Sul, que eliminou a Turquia nas quartas de final com um triunfo por 3 sets a 2. Do outro lado da chave, os Estados Unidos encaram a Sérvia. As estadunidenses passaram pela República Dominicana e as sérvias derrotaram a Itália.

Gattaz e Garay brilharam contra as russas (Divulgação/FIVB)

O JOGO

Goncharova e Fedorovtseva foram os nomes do primeiro set. Parcial em que a Rússia aproveitou bem as viradas de bola e o sistema defensivo subiu bolas proporcionando pontos em contra-ataques. As russas foram melhores neste fundamento (19 a 14). Os saques não foram determinantes para nenhum dos lados, com o Brasil superior nos bloqueios (5 a 4). A seleção europeia errou duas vezes a mais que a brasileira (4 a 2), mas na hora da decisão Goncharova recebeu na entrada de rede e pontuou (25 a 23), marcando seu sétimo, liderando a série. Fedorovtseva fez seis, mesma pontuação de Garay.

O cenário continuou complicado no segundo set, quando a Rússia chegou a abrir 15 a 9. Foi quando Zé Roberto colocou em quadra Macris e Rosamaria nos lugares, respectivamente, de Roberta e Rosamaria. O Brasil cresceu de produção e virou (17 a 16) em ataque de Rosamaria. Em seguida, fez dois de diferença (19 a 17) com bloqueio de Gattaz. Foi uma parcial que o volume de jogo da seleção brasileira apareceu e, em mais um contra-ataque, Gabi fechou em 25 a 21. Em ações ofensivas, o time verde-amarelo fez quatro a mais (16 a 12). Gabi e Fedorovtseva marcaram seis pontos.

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Zé Roberto deixou Rosamaria e Macris em quadra no terceiro set e, com elas, o Brasil seguiu o embalo e construiu uma liderança de cinco (12 a 7). A levantadora brasileira colocou Gattaz ainda mais na partida e ela foi o destaque da parcial, com nove acertos, um a mais que Voronkova. Com igualdade em bloqueios (3 a 3) e aces (1 a 1), o diferencial foi novamente ofensivo, com quatro bolas no chão a mais (16 a 12). Além disso, a equipe verde-amarela errou menos (3 a 5). E foram seis defesas a mais das sul-americanas (16 a 10). No fim, Gattaz fechou a série em ataque: 25 a 19.

O quarto set foi bastante equilibrado, com o Brasil abrindo 15 a 12, mas deixando a Rússia igualar e virar em 17 a 15 quando Fedorovtseva foi para o saque e fez estrago. A seleção brasileira voltou a construir dois de diferença em bloqueio de Rosamaria (21 a 19). E foi de Rosamaria os últimos três pontos do jogo, sendo o último em mais uma ação de ataque (25 a 22). As seleções empataram em bloqueios (4 a 4) e em erros (5 a 5), com dois aces e um ponto a mais ofensivamente para as comandadas de Zé Roberto. Rosamaria brilhou com sete pontos no set decisivo.

Goncharova foi bem marcada pela seleção brasileira (Divulgação/FIVB)