Mikhailov imparável faz Rússia avançar e deixa Brasil na disputa do bronze
O melhor jogador em quadra foi o oposto campeão olímpico em Londres-2012. Ele decisivo na vitória por 3 sets a 1, parciais de 18/25, 25/21, 26/24 e 25/23
Mikhailov conduziu a Rússia à final olímpica em Tóquio (Divulgação/FIVB)
Não deu para a seleção brasileira masculina na semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na madrugada desta quinta-feira (5), o Brasil foi superado por uma Rússia que apresentou um voleibol mais consistente na maior parte da partida. O melhor jogador em quadra foi o oposto Maxim Mikhailov, decisivo na vitória por 3 sets a 1 (18/25, 25/21, 26/24 e 25/23). O atacante russo esteve em jornada inspirada e liderou a pontuação, com 22 acertos. Ele colocou 20 bolas no chão atacando e concluiu o duelo com 48,48% de eficiência. Do lado verde-amarelo o destaque foi o ponteiro Leal, com 18 pontos.
O JOGO
Intensidade lá em cima e estratégia bem traçada. O Brasil começou a construir sua liderança no marcador desde o princípio da parcial. A variação entre alguns saques viagens forçados e outros com menos peso acabou atrapalhando a linha de recepção dos russos, que tiveram baixo aproveitamento ofensivo. A seleção brasileira fez quase o dobro de pontos em ações de ataque (16 a 9). E o bom rendimento do saque da equipe comandada por Renan Dal Zotto (2 a 1 em aces) facilitou o trabalho do bloqueio (4 a 0). Leal foi o líder em bolas no chão no set, com seis.
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O quadro se modificou no segundo set, com a Rússia impondo seu jogo desde o primeiro ponto e dificultando o Brasil. A boa relação entre saque, bloqueio e defesa gerou aos russos mais chances de contra-ataques e a eficiência foi grande, assim como nas viradas de bola, com dez pontos a mais (16 a 6). A seleção brasileira ainda tentou reagir com três aces a mais (3 a 0), mas também ficou atrás em bloqueios (3 a 1). Mikhailov e Egor Kliuka foram os principais nomes da parcial com, respectivamente, sete e seis acertos.
A história do primeiro set se repetiu no terceiro em quase sua totalidade. O Brasil foi melhor e construiu uma dianteira de oito pontos (20 a 12). Na fase final, o placar marcava 23 a 19 para a seleção dirigida por Renan Dal Zotto, no entanto, os russos não desistiram da parcial e igualaram o marcador. A reação começou quando o técnico Tuomas Sammelvuo mudou o time, trocando o central Artem Volvich por Ilyas Kurkaev e o ponteiro Dmitriy Volkov por Yaroslav Podlesnykh. No 24 a 24, Kliuka colocou no chão em ataque e, em seguida, Kurkaev bloqueou Lucarelli (26 a 24).
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Confiante, a Rússia entrou com tudo na quarta parcial. Mesmo com a dolorosa derrota na terceira, a seleção brasileira foi aos poucos se reestruturando em quadra e foi capaz de igualar a partida. A definição chegou empatada em 22 a 22, quando o oposto Wallace mandou um contra-ataque para fora. No lance seguinte, o levantador Bruninho acionou o ponteiro Douglas Souza na entrada de rede, porém, o levantamento não foi preciso e restringiu as possibilidades do atacante, que foi bloqueado por Mikhailov (24 a 22). Douglas Souza ainda reduziu em ataque (24 a 23). Mas, na sequência, Kliuka fechou o jogo na virada de bola pela saída de rede (25 a 23).