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Ex-presidente Ary Graça e CBV são alvos de operação sobre fraude tributária

Batizada de 'Desmico', o procedimento foi organizado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e se fundamenta em um esquema de R$ 52 milhões

Ary Graça e CBV

Ary Graça Filho quando era presidente da CBV (FIVB/Divulgação)

 

Vitorioso dentro de quadra, o vôlei brasileiro viveu mais um capítulo negativo fora dela nesta quinta-feira (20). A CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), ex-dirigentes da instituição, entre eles Ary Graça, presidente até 2014, e um ex-prefeito da cidade de Saquarema, município localizado na região dos Lagos Fluminense (RJ), foram alvos de uma operação contra uma fraude tributária milionária. Batizada de ‘Desmico‘, o procedimento foi organizado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e se fundamenta em um esquema de R$ 52 milhões.

 

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De acordo com a equipe de trabalho do MP-RJ e da Polícia Civil do RJ, mais de mil empresas-fantasma atuavam em dois escritórios em Saquarema e desfrutavam de regalias fiscais ilícitas oferecidas pelo prefeito Antonio Peres Alves, de 2000 a 2008, época de seu mandato. Dentre essas empresas estão as que embolsavam recursos da CBV para realização de serviços que não foram efetuados. A 10ª Vara de Saquarema despachou 20 mandados de busca e apreensão, porém, sem pedidos de prisão. Na residência de Ary Graça, no Leblon, os agentes confiscaram, em espécie, US$ 20 mil e R$ 15 mil.

 

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Além de Ary Graça, atual presidente da FIVB (Federação Internacional de Voleibol), foram alvos de buscas: a sede da CBV, na capital fluminense; a Cidade do Vôlei, em Saquarema; Antonio Peres Alves, ex-prefeito de Saquarema; Manoela Peres, atual prefeita de Saquarema e mulher de Antonio; e Fabio André Dias Azevedo, ex-superintendente da CBV e atual diretor-geral da FIVB. A denúncia aponta também que Ary Graça manuseava a verba de patrocínio do Banco do Brasil à seu favor e do grupo criminoso, promovendo contratos com empresas sem estrutura de pessoal e fixadas em locais fictícios.

 

Nota oficial da CBV:

 

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) confirma que recebeu nesta quinta-feira (20) pela manhã a Polícia Civil em suas sedes na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), e em Saquarema (RJ), por conta de uma investigação iniciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2013 sobre ex-dirigentes da entidade. Funcionários da confederação prestaram todo o auxílio às autoridades policiais que buscavam documentos relativos a um suposto esquema de fraude tributária que teria contado com o auxílio do ex-presidente da CBV, Ary Graça Filho.

 

De acordo com as investigações, a CBV teria sido vítima dos seus então dirigentes, que teriam criado contratos fictícios para desviar dinheiro da instituição. A atual gestão da confederação cooperará integralmente com a investigação e, se forem comprovados prejuízos financeiros à CBV, tomará todas as medidas necessárias para que estes valores sejam integralmente ressarcidos à comunidade do voleibol.

 

Nota da defesa de Ary Graça:

 

O Dr. Ary Graça recebeu com surpresa a busca em seu apartamento e a notícia veiculada hoje cedo pela mídia. Ele está em Lausanne, seu local de residência por motivo de trabalho, e acionou seu advogado para tomar ações imediatas no sentido de contestar as alegações, as mesmas feitas no passado e que agora voltam à tona. Ary Graça prestou todos os esclarecimentos à época em que as alegações foram levantadas e, após seu pronunciamento, não houve qualquer ação resultante por parte da justiça brasileira. Como anteriormente, ele se coloca à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.

 

Nota da Polícia Civil:

 

Policiais civis da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCC-LD), em ação conjunta com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), realizam, nesta quinta-feira (20/05), a “Operação Desmico”, contra lavagem de dinheiro em Saquarema, na Região dos Lagos. Entre os alvos da operação estão as sedes da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e endereços de pessoas ligadas à CBV e à Federação Internacional de Voleibol, além de um ex-prefeito de Saquarema.

 

Os agentes buscam cumprir 20 mandados de busca e apreensão nos bairros do Leblon, Barra da Tijuca, Copacabana, Ilha do Governador e Vargem Grande, na capital fluminense, e no município de Saquarema. De acordo com o delegado Thales Nogueira, titular da DCC-LD, após fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, verificou-se que em dois pequenos escritórios em Saquarema funcionavam de forma fictícia mais de mil empresas que recebiam benefícios fiscais concedidos pelo então prefeito. Os valores obtidos com as centenas de contratos de sublocação eram repartidos entre os integrantes da organização criminosa.

 

Com o auxílio de relatórios de inteligência financeira produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e por meio de quebra de sigilo fiscal, apurou-se a ocorrência de crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio em diversas transações de compra e venda de imóveis por valores abaixo do mercado. Os valores obtidos pela organização criminosa, entre contratos não cumpridos, sublocações fictícias dos imóveis comerciais e patrimônio sem lastro financeiro, somam mais de R$ 52 milhões, que foram objeto de ordem judicial de sequestro.

 

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Rafael Zito é jornalista formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Acumula passagens pelas redações do Olimpíada Todo Dia, Terra, Federação Paulista de Futebol e, há mais de dez anos, cobre voleibol de quadra.

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