Bartsch-Hackley comanda e EUA vencem o Brasil de virada na decisão da VNL
Ponteira coloca 22 bolas no chão e é o grande nome da final que deu ao time americano o tricampeonato da competição
Americanas crescem no momento certo de cada parcial e saem com o terceiro título (Divulgação/FIVB)
Os Estados Unidos são tricampeões da edição feminina da Liga das Nações (VNL). Na decisão, nesta sexta-feira (25), em Rimini (ITA), as americanas superaram o Brasil por 3 sets a 1, com parciais de 26/28, 25/23, 25/23 e 25/21. Após sair atrás, a equipe de Karch Kiraly foi melhor nos momentos de definição de cada uma das parciais e venceu. A ponteira Michelle Bartsch-Hackley foi o grande destaque com 22 pontos e comandou a virada. Pelo lado brasileiro, Gabi foi o grande nome com 18 bolas no chão, seguida por Tandara e Carol, com 17.
Após a decisão, a seleção da VNL foi conhecida. Mesmo com o vice-campeonato, Tandara, Gabi e Carol Gattaz foram eleitas para o time ideal. Além das brasileiras, a central turca Eda Erdem, a ponteira Bartsch-Hackley, a levantadora Jordyn Poulter e a líbero Justice Wong, as três dos Estados Unidos, completaram a equipe. Bartsch-Hackley, que foi a MVP da Liga das Nações inaugural, em 2018, foi novamente premiada com o troféu, sendo escolhida a melhor jogadora da competição.
RESUMO DO JOGO: BRASIL ABRE VANTAGEM
A partida começou extremamente equilibrada. Os Estados Unidos abriram vantagem no início, mas o Brasil empatou em 9 a 9 com contra-ataque de Tandara, pela saída, e virou com Garay na pipe (10 a 9). O time verde-amarelo fez dois de diferença quando Carol Gattaz bloqueou Akinradewo (12 a 10). Tandara marcou pela saída e as comandadas de Zé Roberto anotaram 18 a 14. Porém, as estadunidenses reagiram e igualaram o placar com Larson na ponta (21 a 21). As seleções passaram a trocar pontos até Tandara fazer pela saída (27 a 26) e Bartsch-Hackley atacar para fora (28 a 26).
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As equipes apresentaram grande volume de jogo, mas o Estados Unidos erraram mais (7 a 4). Isso pesou no resultado, já que as comandadas de Karch Kiraly fizeram mais pontos de saque (1 a 0) e bloqueio (4 a 3). O Brasil foi mais eficiente em ações de ataque (18 a 17). As seleções defenderam muito e, além dos pontos em tocos, os bloqueios amorteceram várias bolas, possibilitando contra-ataques. Primeiro set de alto nível em Rimini. Com oito pontos, Tandara foi o destaque do time brasileiro. Já Thompson liderou os acertos da parcial, com nove.
EMPATE DAS ESTADUNIDENSES
Duas grandes seleções deram continuidade ao jogo de alto nível no segundo set. Repetindo o feito da parcial inicial, os Estados Unidos iniciaram melhor e chegaram ao tempo técnico na liderança após ataque de Bartsch-Hackley pela entrada de rede (8 a 6). Mais adiante, as estadunidenses falharam duas vezes ofensivamente, primeiro com Drews (13 a 13) e depois com Bartsch-Hackley (14 a 13), ambas para fora, e virada do Brasil. Os times seguiram trocando pontos até o 20 a 20, quando Tandara pisou na linha em ataque pelo fundo (21 a 20) e Bartsch-Hackley colocou no chão na pipe (22 a 20).
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O Brasil não se entregou e ainda obteve o empate em 22 a 22 após virada de bola de Rosamaria na entrada e Gabi em contra-ataque pela ponta. Rosamaria e Dani Lins que entraram na inversão 5-1 nos lugares, respectivamente, de Macris e Tandara. Porém, Larson e Bartsch-Hackley colocaram no chão em seguida (23 a 22 e 24 a 22). Gattaz ainda descontou de bloqueio (24 a 23), mas Poulter finalizou em ataque de segunda (25 a 23). Os Estados Unidos igualaram o placar porque melhoraram nas ações ofensivas (18 a 14)
EQUILÍBRIO ENORME E VIRADA NO PLACAR
Ao contrário dos dois sets finalizados, desta vez o Brasil começou superior e fez 9 a 6 após bloqueios de Carol em Bartsch-Hackley e Gabi em Washington. No 5 a 5, Zé Roberto trocou Garay por Natália por mais poderio ofensivo. A camisa 12 recebeu e atacou na rede (12 a 12). E os Estados Unidos viraram depois de invasão por cima de Macris (13 a 12). A seleção brasileira só retomou a dianteira quando Camila Brait fez uma defesa absurda e Gabi colocou no chão na pipe (19 a 18). Pouco mais adiante, a equipe americana foi melhor nos detalhes e conseguiu a vitória por 25 a 23.
BRASIL NO TUDO OU NADA
Na quarta parcial, a seleção brasileira foi para o tudo ou nada e abriu vantagem no marcador. Conseguindo manter um bom colume de jogo durante a maior parte do tempo, as brasileiras abriram 10 a 7. Na sequência da partida, as americanas aproveitaram de alguns erros e encostaram no placar, com 15 a 14. Em seguida, foi a vez da seleção dos Estados Unidos errarem e a diferença voltou para três pontos, com 17 a 14. No momento de definição, as americanas cresceram. “Travando” a virada de bola, a equipe de Kiraly foi cortando a diferença e virou o placar para 19 a 17.
O Brasil voltou a pontuar em um ataque de Carol. Com as duas seleções conseguindo manter a virada de bola, os Estados Unidos manteve a diferença de dois pontos para a hora da definição. Tentado buscar o placar, Rosamaria foi bloqueada em um ataque e a vantagem subiu para três pontos, com 22 a 19. Em seguida, Fê Garay foi bloqueada e as americanas encaminharam o set. Desta forma, com um ataque de Bartsch-Hackley, a seleção americana fechou em 25 a 21, confirmou a vitória de virada para 3 sets a 1 e conquistou o tricampeonato da VNL.