Com 34 de Thompson, EUA impõem segunda derrota à China

Seleção norte-americana vence o segundo jogo em Tóquio pelo placar de 3 a 0

27 de julho de 2021

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EUA estão invictos na competição (Divulgação/FIVB)

Rio-2016. Grupo da Morte. A China, uma das favoritas à medalha de ouro, faz uma primeira fase digna de seleção eliminada. Em cinco jogos, vence apenas Itália, com um grupo recheado de jovenzinhas, e Porto Rico. Depois do começo difícil, derrubou Brasil (quartas de final), Holanda (semifinal) e Sérvia (final) para se sagrar a melhor equipe da edição carioca.

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Tóquio-2020. Grupo da Morte. A China, uma das favoritas à medalha de ouro, inicia sua caminhada na fase classificatória repetindo o repertório de cinco anos atrás. Depois de tomar um sacolejo da Turquia na estreia, perdeu nesta terça-feira (27) para os Estados Unidos. Em dois jogos, não venceu nenhum set. No encontro com seu maior rival na chave, viu a oposta Jordan Thompson pontuar 34 vezes, em apenas três sets. Um absurdo em uma disputa que terminou com o placar de 29/27, 25/22 e 25/21.

Se antes parecia difícil de imaginar, um possível cruzamento do Brasil com a China ou da Sérvia com a China começa a se desenhar para as quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Enquanto as chinesas sofrem no Grupo B, os Estados Unidos assumem a liderança de forma folgada. São seis pontos ganhos, nenhum set perdido. As atuais campeãs olímpicas só têm campanha superior à Argentina, a lanterna da chave.

Na próxima rodada, no dia 29, a equipe de Karch Kiraly desafia a Turquia. A partida está agendada para as 9h45 (horário de Brasília). Antes, às 4h25, a seleção de Lang Ping coloca o futuro e o favoritismo em jogo diante da Rússia. Uma vitória faz as chinesas respirarem mais aliviadas para a reta decisiva da primeira fase.

O JOGO
Zhu Ting, que, segundo a imprensa chinesa, está jogando a Olimpíada com uma lesão, entrou em quadra contra os Estados Unidos usando uma atadura no pulso direito e uma espécie de estabilizador. A proteção, porém, não impediu que fosse ela a bola de segurança do time de azul. Li Yingying também apareceu bem pela entrada com sua canhotinha poderosa. Mas ninguém chamou mais a atenção no primeiro set do que Thompson. Virando tudo que é bola, a oposta correspondeu bem todas as vezes que foi acionada por Jordyn Poulter. Pesou também a favor o bom saque dos Estados Unidos, o que culminou com um trabalho melhor do bloqueio para a primeira parcial terminar em 29 a 27.

Zhu foi a principal pontuadora da China, com 16 pontos (Divulgação/FIVB)

A China reagiu bem à derrota no primeiro set. Logo nos primeiros minutos do segundo, a equipe de Lang Ping tomou para si a dianteira do marcador. Mas a liderança só durou até o nono ponto. Assim que as norte-americanas empataram, a treinadora chinesa tratou de chamar suas jogadoras para uma conversa. De nada adiantou. O crescimento dos EUA passou pelos ataques poderosos de Thompson. Foi com a oposta que Jordan Larson e companhia tomaram as rédeas do clássico. Na China, praticamente só Zhu virava bola. Lang Ping resolveu inverter então a sua rede com Di Yao e Changning Zhang. Mas a dupla também não mudou os rumos do jogo. Enquanto a China tinha muita dificuldade para colocar a bola no chão, Thompson fazia a festa do outro lado para fechar em 25 a 22.

A oposta estadunidense estava em uma jornada tão inspirada que chegou ao fim do segundo set com 23 pontos marcados. Mesmo com um jogo tão concentrado na camisa 12, a China passou o terceiro set com dificuldades para marcá-la. Para o azar de Zhu e companhia, Larson e Michelle Bartsch-Hackley eram mais efetivas que Li e Gong. As duas equipes chegaram à reta final da parcial iguais no marcador (18/18). Mas dois bloqueios seguidos sobre Li Yingying deixaram os Estados Unidos a poucos passos da vitória (21/18). Lang Ping, como última cartada, trouxe Zhang para a quadra. Mas não houve tempo para uma virada. Com Bartsch-Hackley na ponta, o time de Kiraly fechou em 3 a 0. Zhu fez 16 pontos para o lado asiático.

OS GRUPOS DE TÓQUIO
Estados Unidos e China fazem parte do Grupo B dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que é composto também por Itália, Rússia, Turquia e Argentina. O Grupo A é encabeçado por Japão, Brasil, Sérvia, Coreia do Sul, República Dominicana e Quênia. Na primeira fase da competição, as equipes se enfrentaram dentro das próprias chaves. Avançam às quartas de final as quatro melhores de cada lado.