“O Japão precisa saber que contra o Brasil não tem jeito”, diz Cacá Bizzocchi
O comentarista do Saque Viagem considera muito importante o Brasil realizar uma boa partida diante das japonesas. Já Pedro Moska vê a seleção brasileira muito superior ao rival
Macris e Gattaz em formação de bloqueio duplo contra o Japão (Divulgação/FIVB)
Brasil e Japão disputam uma vaga na decisão da Liga das Nações (VNL) de 2021 nesta quinta-feira (24), às 11 horas, com transmissão do SporTV 2. Na etapa de classificação, a seleção brasileira feminina aplicou 3 sets a 0 nas japonesas, parciais de 25/15, 25/19 e 25/21, com Fernanda Garay como destaque na ocasião, maior pontuadora com 21 acertos. O favoritismo das comandadas de José Roberto Guimarães existe, porém, ele precisa ser confirmado dentro de quadra. Para evitar surpresas, o time verde-amarelo precisa conter as atacantes de extremidade Kurogo, Ishikawa e Koga.
“Eu acho muito importante fazer um bom jogo com o Japão. Não deixar o Japão gostar de jogar com o Brasil. Pegar o Japão em Tóquio não será fácil e a gente sabe disso. As japonesas precisam saber que contra o Brasil não tem jeito, tenta ganhar de outros adversários, pois o Brasil já mostrou que para vocês que para vocês não dá. O Japão vai chegar mais forte do que pegou o Brasil lá no começo. É um time que ganhou estrutura com Ishikawa, Kurogo e Koga, as três tão segurando o rendimento tanto na parte de recepção quanto de ataques”, analisou Cacá Bizzocchi, comentarista do Saque Viagem. E ele fez essa avaliação na edição 90 do “Mais Vôlei, Por Favor”, exclusiva para assinantes da “VolleyPlay”.
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Quem também comentou sobre esse duelo contra as japonesas na semifinal da Liga das Nações foi Pedro Moska, atual técnico do Azulim/Gabarito/Uberlândia. O treinador participou da edição 67 do “Golden Set” e apresentou seu ponto de vista sobre o confronto. “Sem querer menosprezar o Japão, mas o Brasil é muito mais time. A equipe feminina japonesa só entrou entre as quatro melhores da Liga das Nações porque várias seleções não disputaram a competição com força máxima. A principal virtude delas é defender e jogar com velocidade. O bloqueio não é forte e elas também não possuem um ataque tão potente. O Brasil tem mais bloqueio e ataque do que o Japão”, afirmou.
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Pedro Moska também elogiou o sistema defensivo do Brasil, mas deixou um alerta para que a equipe não seja surpreendida. “Hoje, o Brasil não perde em defesa para o Japão. A Brait está fazendo uma excelente VNL e Gabi e Garay não perdem em nada para ninguém no fundo de quadra. Se o Brasil fizer o que fez no jogo da fase de classificação, as chances de ganhar são grandes. Porém, temos que ter atenção porque já demos indícios de que em determinados momentos podemos ter rompantes de jogar muito mal. E, se isso acontecer e as japonesas ganharem moral, a situação pode desandar”, concluiu o técnico que fez sucesso na Superliga 2020/21 comandando o Curitiba Vôlei.
CAROL APONTA SAQUE COMO FUNDAMENTAL
Com 23 aces, a central Carol foi a quinta melhor sacadora da Superliga 2020/21 vestindo a camisa do Dentil/Praia Clube, time que foi o vice-campeão do campeonato, perdendo a decisão para o Itambé/Minas. A jogadora é considerada uma das melhores do país neste fundamento, porém, assim como suas companheiras da seleção brasileira, não apresenta números relevantes na Liga das Nações. Neste quesito nenhuma atleta do Brasil está entre as 20 que se destacam nas estatísticas da competição.
Sabemos que um jogo de vôlei só começa após um dos times dar o primeiro saque e, neste fundamento, a melhor jogadora até aqui é a central belga Marlies Janssens, com 23 pontos. Se por um lado não temos nenhuma das comandadas de Zé Roberto, do lado japonês três atletas aparecem com importância quando executam seus serviços: Kurogo marcou 16 aces e ocupa a nona posição. Logo abaixo, Ishikawa é a 14ª, com 15 acertos diretos de saque. Por fim, Koga aparece em 16º lugar, com 14 bolas no chão por meio do serviço.
“A expectativa para a semifinal contra o Japão é muito boa. Estamos felizes com a evolução do time até o momento na competição. O Japão é uma equipe de tradição e que evoluiu bastante nessa Liga das Nações. É um time coeso que comete poucos erros, defende muito e joga com muitas mexidas. O nosso saque será muito importante e vamos precisar jogar muito bem taticamente. Estamos confiantes e sabendo que vai ser um jogo difícil. Vamos em busca dessa vaga na final”, destacou Carol.