O que o Brasil precisa melhorar para superar a Rússia na VNL?
Para Pedro Moska, a seleção brasileira precisa ser mais efetiva nos ataques pelo meio de rede
O Brasil venceu o Japão na primeira partida da segunda semana (Divulgação/FIVB)
Após três vitórias em quatro jogos na edição feminina da Liga das Nações (VNL), o Brasil volta a enfrentar a Rússia em um torneio internacional. Um dos maiores clássicos do vôlei mundial no começo dos anos 2000, brasileiras e russas duelam nesta terça-feira (1º) e buscam mais uma vitória para subir na classificação da competição. Contudo, o que a seleção brasileira precisa melhorar em relação as últimas partidas para superar as europeias?
Na edição desta segunda-feira do programa “Golden Set”, o técnico do Uberlândia Pedro Moska disse que, no seu ponto de vista, o Brasil precisa ser mais efetivo na virada de bola com as centrais. “O Japão me surpreendeu negativamente e o Brasil fez um jogo muito bom. Mas se eu pudesse apontar alguma coisa da seleção brasileira seria a centrais. Acho que precisamos virar mais bola pelo meio. As nossas ponteiras estão muito bem, sempre lembrando que jogamos contra o bloqueio japonês, mas as centrais precisam jogar mais. A bola pela frente com as centrais precisa ser mais efetiva, principalmente contra as grandes equipes”.
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Se analisarmos a estatística da partida contra o Japão, as centrais brasileiras no confronto, Carol Gattaz e Carol Silva, tiveram um aproveitamento baixo no ataque. A atleta do Itambé/Minas terminou acertando 66% dos pontos que tentou ao atacar e a jogadora do Dentil/Praia Clube colocou no chão 30% das bolas que tentou. “Conseguir virar 30% dos ataques em um jogo é baixo para uma central, muito baixo. Se pegarmos as estatística da Superliga da última temporada as atletas de meio que tinham que ter uma média de aproveitamento na casa de 60%. Em jogos contra bloqueios altos e duros, como é o da Rússia, em que as jogadoras de ponta normalmente são marcadas, as centrais precisam colocar no chão”, disse Pedro Moska.
Retrospecto entre Brasil e Rússia
Na atual edição da Liga das Nações, a Rússia, apesar de rodar seu elenco de um jogo para o outro, vem mantendo a tradição de ter um bom bloqueio. Segundo as estatísticas da FIVB, a seleção russa terminou os quatro primeiros jogos com 37 pontos de bloqueios feitos, que dá pouco mais de nove pontos por jogo. Além disso, Goncharova vem comandando a equipe na pontuação e já fez 57 pontos na VNL. Como efeito de comparação, após quatro partidas o Brasil conseguiu 48 pontos de bloqueio e a melhor atacante da equipe é Fernanda Garay, com 67 bolas no chão.
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O histórico de duelos entre Brasil e Rússia pode ser visto de duas maneiras. Levando em consideração todos os jogos, somando os jogos contra a União Soviética, as brasileiras venceram 32 vezes e perderam 29. Contudo, quando é feito o recorte mais recente, o domínio é todo das comandadas de José Roberto Guimarães. Dos últimos 15 jogos entre as seleções, 14 tiveram vitórias da seleção brasileira.