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Renan não quer saber de excesso de confiança após título da VNL

Técnico voltou a comandar a seleção masculina após se recuperar da Covid-19

Renan Dal Zotto sobre a VNL: “Foi um título importante, temos que saber tirar proveito disso” (Divulgação/FIVB)

 

Em 2012, antes mesmo de pisar na Vila Olímpica, a Polônia era apontada pelo mundo do voleibol como a grande favorita ao ouro olímpico. Também pudera. A seleção de Bartosz Kurek e Michal Kubiak havia vencido a Liga Mundial semanas antes de chegar a Londres (GBR) e vinha de um bronze no Campeonato Europeu.

 

A fase vencedora, no entanto, não foi o bastante para os poloneses superarem a Rússia nas quartas de final dos Jogos Olímpicos. A volta para Varsóvia (POL) aconteceu bem antes da sonhada decisão da medalha de ouro, que teria brasileiros e russos como grandes protagonistas no Earls Court.

 

 

A própria seleção masculina viveu uma situação parecida nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984. Na fase classificatória, injetou grandes doses de confiança após atropelar os Estados Unidos. Na grande final, porém, a atuação não foi a mesma. Tampouco o resultado. Desta vez, a vitória ficou do lado da seleção de Karch Kiraly.

 

Renan Dal Zotto, um dos atores principais daquela decisão, sabe bem que a vitória do Brasil na Liga das Nações (VNL) não é um passaporte para o sucesso em Tóquio-2020. Por isso, antes mesmo de ficar internado por 35 dias para se recuperar da Covid-19, tratou de deixar bem claro que a VNL era apenas um laboratório para os Jogos Olímpicos.

 

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O objetivo principal era avaliar o grupo para fazer a escolha dos 12 jogadores a representar o Brasil na edição japonesa. Para uma equipe que não jogava desde a conquista da Copa do Mundo, no final de 2019, estar em quadra era fundamental para esta definição. “Não queria cometer erros ou injustiças na hora de escolher os jogadores”, confessou Renan ao Saque Viagem.

 

Brasil foi campeão da VNL e homenageou Renan no pódio (Divulgação/FIVB)

 

Por isso, deu chances iguais para Isac e Flávio, que concorriam pela vaga de terceiro central. Lucão e Maurício Souza, não era mistério para ninguém, só ficariam fora de Tóquio em caso de lesão. Nas demais posições, praticamente definidas, os testes foram mais escassos. O líbero Maique, por exemplo, foi figurante de luxo de Thales na vitoriosa campanha do Brasil.

 

A VNL também era vista como uma oportunidade de crescimento do time. Ainda que tivesse apresentado altos e baixos ao longo da fase classificatória, com derrotas elásticas para França e Rússia, a equipe, de um modo geral, esteve muito bem. Rivais diretos na busca pelo ouro olímpico, Estados Unidos, Polônia (duas vezes) e França (semifinal) foram dominados pelos brasileiros.

“Nós oscilamos um pouco em algumas partidas, o que é normal em uma competição tão longa como foi aquela, mas eu fiquei muito feliz em ver o time, nos momentos mais importantes, se superando. O time demonstrou uma grandeza muito legal, isso faz parte do crescimento, da maturidade e deixa a gente muito feliz. Ao mesmo tempo, com uma responsabilidade muito grande de chegar aos Jogos e tentar manter o mesmo nível. Não é fácil, porque cada competição é uma competição”, explicou Renan.

O treinador, que viu de longe a VNL em razão da recuperação da Covid-19, voltou ao ambiente da seleção nessa sexta-feira (2). No ginásio da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo, a equipe se reencontrou pela primeira vez após o título da Liga das Nações. Com o elenco definido para Tóquio-2020, o treinamento, a partir de agora, é todo voltado para a busca pelo tetracampeonato olímpico.

 

 

 

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E não há muito tempo para grandes ajustes. Na próxima semana, a seleção passa a treinar em Saquarema (RJ). A ordem é trabalhar em cima dos fundamentos que não funcionaram tão bem na VNL. O bloqueio, por exemplo, tem margem para ser melhorado. Outra preocupação é controlar um possível excesso de confiança após o voleibol apresentado em Rimini (ITA).

“Nós temos uma mescla bem legal de jogadores mais experientes com jogadores mais jovens, existe uma motivação natural bem bacana aqui. Antes da VNL, falamos bastante sobre isso (excesso de confiança), que essa competição era um processo de crescimento. Foi um título importante, temos que saber tirar proveito disso. De que forma? Nos alimentando desta sensação que é poder ganhar. O sabor da derrota é muito amargo. Quando você conhece o sabor da vitória, você consegue comparar bem. Vamos usar isso de motivação”, contou o técnico da seleção.

O Brasil faz sua estreia nos Jogos Olímpicos no próximo dia 24, contra a Tunísia, o adversário mais fraco do Grupo B. Depois, encara uma sequência que é uma verdadeira pedreira: Argentina, Rússia, Estados Unidos e França. Para seguir no sonho do ouro, precisa encerrar a fase classificatória dentro das quatro primeiras posições.

 

 

 

Golden Set #76 – Boas notícias para a seleção masculina

Vanessa Kiyan é jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Tem mais de dez anos de experiência na cobertura de voleibol de quadra.

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