Título da VNL coloca o Brasil como referência e mostra a força da equipe
Após o título inédito, os brasileiros viraram o time a ser batido no vôlei masculino mundial
Motivada e embalada, a seleção brasileira busca o bicampeonato olímpico no Japão (Divulgação FIVB)
“O Brasil é referência e mostrou sua força”. A frase é do comentarista Cacá Bizzocchi sobre a conquista da edição masculina da Liga das Nações (VNL) pela seleção brasileira. Dominante no Final Four, os brasileiros não só saíram com o título inédito, em Rimini (ITA), como também mostraram que atualmente são a melhor equipe de vôlei do mundo.
“O Brasil passa a ser a seleção visada e estudada pelos demais. A gente tinha Polônia e Rússia sendo consideradas as melhores seleções, mas a seleção brasileira se mostrou superior a elas hoje e, com isso, vai passar a ser mais estudada. Eu vejo o conjunto muito bom, vejo o tripé de Bruno, Wallace e Lucão como a grande força do Brasil. O diferencial será a composição de ponteiros, com Douglas Souza, Lucarelli e Leal, que nenhuma seleção no planeta tem. A Polônia, por exemplo, tem o Leon, que é o ponteiro de força, o Kubiak, que é um atleta mais baixo, que vai receber uma bola ou outra, mas não é um atacante de força. Nós brasileiros temos três que estão passando muito bem e definindo muito bem, isso é um diferencial. O Brasil mostrou força. Mauricio Souza e Wallace mostraram que podem ajudar e muito. O Final Four da seleção brasileira foi impecável”, disse o comentarista do Saque Viagem Cacá Bizzocchi na edição 91 do “Mais Vôlei Por Favor”.
A presença do tripé e do diferencial, citados por Cacá, aconteceu na Fase Final da VNL. No duelo contra a França, Leal foi o grande nome. Com 20 pontos, o ponteiro comandou a seleção brasileira na vitória. Já na decisão, mais uma vez, Wallace apareceu e, com 22 bolas no chão, apareceu a foi o líder da vitória de virada para a conquista do primeiro título da Liga das Nações da história brasileira.
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O Brasil mostrou força contra os principais adversários olímpicos na VNL. Apesar da derrota para a França na fase classificatória, a seleção brasileira fez uma de suas melhores partidas de toda a competição na semifinal, quando devolveu a derrota da primeira fase para os franceses. Nos dois duelos contra os poloneses, o Brasil controlou o forte saque adversário e saiu com as vitórias. Dos confrontos contra as seleções mais fortes e vistas como favoritas ao pódio no Japão, os brasileiros só foram derrotados pela Rússia. Contudo, é preciso levar em consideração o cenário do jogo. Com a liderança da Liga das Nações garantida, o Brasil entrou em quadra com uma outra mentalidade e acabou superada.
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EVOLUÇÃO E TÓQUIO
Com o grupo mais pronto que a seleção feminina, a equipe masculina do Brasil também mostrou evolução durante a VNL. Sem poder contar com o técnico Renan dal Zotto, que se recuperava de Covid-19, a seleção brasileira foi crescendo, aprendendo e evoluindo a cada partida da competição.
“Acho que o masculino foi uma grata surpresa. A gente sabia do potencial desse time, teve o episódio do Renan Dal Zotto, o estado que ele ficou nos preocupou muito e não sabíamos como seria o comportamento do grupo. Os comentários há cerca de um mês, 45 dias atrás, falavam sobre a possibilidade do Schwanke dirigir a equipe e lembro que falamos que ele não tinha experiência para isso. Porém, a verdade é que ele deu um show. Teve um momento na derrota para a França que não conseguiu administrar muito bem, precisava fazer algumas alterações que não foram feitas. Mas dessa partida para frente a equipe e ele evoluíram, principalmente no Final Four. Eu vejo a seleção brasileira numa evolução muito grande, muito positiva e chega no Japão impondo respeito. Chega para os Jogos Olímpicos brigando pela medalha de ouro”, disse Bizzocchi.
Na Olimpíada de Tóquio, o Brasil está no grupo B ao lado de Tunísia, Argentina, Rússia, Estados Unidos e França, estreando em 23 de julho contra os tunisianos. No grupo escolhido para os Jogos Olímpicos do Japão, a comissão técnica manteve sete representantes da conquista do ouro no Rio de Janeiro, em 2016.