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Zé Roberto elogia Macris, Natália, Garay e Gabi e aponta ‘problema’ de Sheilla

Durante a conversa, o treinador da seleção brasileira feminina analisou as chances da equipe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto

Zé Roberto Guimarães Seleção Brasileira Feminina

O treinador da seleção brasileira participou de uma live no perfil da CBV (FIVB/Divulgação)

 

O técnico José Roberto Guimarães foi entrevistado pela jornalista Glenda Koslowski e a medalhista olímpica Virna, bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000, em live veiculada nesta terça-feira (27) no perfil oficial da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) no Instagram. Durante a conversa, o treinador da seleção brasileira feminina analisou as chances da equipe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que serão disputados de 23 de julho a 8 de agosto, elogiou Macris, Fernanda Garay, Natália e Gabi e também apontou o ‘problema’ de Sheilla visando a busca por uma vaga.

 

 

Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

 

Exigência com Macris e demais levantadoras:

 

Sou exigente porque elas precisam estar bem, correr, ter precisão, saber o que fazer em cada bola que recebem, precisam saber o tempo, a altura, a bola de cada atacante. Isso é treinamento e dedicação. Primeiro tem gesto e precisão, depois entra a distribuição do jogo. Tem muita coisa associada. Nós precisamos cobrar, porque senão o resultado final não vai ser legal. Elas sabem que vão ser cobradas. Elas precisam de muita coisa para tocar uma seleção brasileira. Não é fácil. É uma carga emocional muito grande.

 

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De vez em quando eu ouço: “ah, o Zé Roberto não gosta da Macris”. Eu adoro a Macris. Da bola que sai da mão dela, o ângulo que ela solta a bola, o gesto, a velocidade que ela se move. O que eu achava que ela precisa melhorar, ela está melhorando e melhorou muito, que era o fato de chorar muitas vezes quando tomava bronca, de não aguentar a pressão em algumas situações. Hoje ela é outra jogadora. Ela tem maturidade. Ela cresceu demais em todos esses anos, em todos os campeonatos que disputou pelo clube e pela seleção. Mas isso faz parte do crescimento de todas as jogadoras. Cada vez ela tem feito campeonatos melhores. Ela se tornou uma grande levantadora, gosta de treinar, tem atitudes bacanas. Ela tem tudo que uma grande levantadora tem, das melhores que a gente já conheceu.

 

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Eu pego no pé porque a Macris tem 1,78m e ela sabe que eu gosto de defesa. E eu fico toda hora: tem de defender, não pode cair, tem de ter posicionamento, ver o ângulo da bola, o tempo inteiro a gente vai cobrar, mas quando a gente cobra é para o bem, para que ela seja cada vez melhor. Para que ela entenda mais o jogo. Nosso time não é alto, tem de defender bem, bloquear, tem de ao menos tocar nas bolas, sacar bem e contra-atacar com muita velocidade. É um contexto. Esse é o voleibol brasileiro. Ela está bem, assim como a Dani melhorou e a Roberta também. Elas estão correndo muito. Não tem outra forma, tem de se dedicar e é o que elas estão fazendo.

 

Sheilla e o problema na questão física

 

Sheilla é uma jogadora que sabe jogar voleibol, todo mundo sabe disso. Tecnicamente, é uma das melhores jogadoras que eu já vi e treinei. O problema dela hoje é físico e ela sabe que tem de correr atrás do físico. Uma das coisas que eu disse quando saiu a convocação foi o seguinte: não é requisito estar entre as 12 que vão para a Olimpíada ser campeã ou bicampeã olímpica. Todo mundo aqui vai ter que correr atrás do seu espaço. E lógico que não tem como não ser dessa maneira. Elas precisam mostrar e nós temos que levar o que temos de melhor. A Sheilla vai ter a chance na Liga das Nações e vai ter de derrubar bola e fazer o trabalho que ela sempre fez. Ela é uma jogadora excepcional, mas tem de estar em uma boa condição para poder estar entre as 12.

 

Gabi, Natália e Garay em destaque:

 

A Gabi está fazendo um bom campeonato na Turquia e evoluiu muito em termos de maturidade. A Nati, que jogou esse ano na Rússia, vi ela bem mais tranquila, madura e equilibrada. A Fernanda Garay fez um excepcional campeonato. E eu estou vendo a Fe treinar aqui e a força que essa mulher está no treinamento, do início ao fim, o que ela está se dedicando e se doando, as atitudes, que ela tem tido é de um exemplo fenomenal. Isso é que a gente precisa. Pra se formar um time a gente precisa de atitudes como essa. Dessa força de vontade, desse sacrifício.   completou o técnico.

 

Os favoritos em Tóquio

 

China, Sérvia, Estados Unidos e Itália são as seleções candidatas. Depois, no bolo, vem o Brasil, mas eu não descartaria a Rússia, que vem com um time mais jovem. Porém, para mim Olimpíada é um mistério, não arriscaria um palpite. Acho que os Estados Unidos estão batendo na trave há muitos anos. O Kiraly (Karch Kiraly, técnico da Seleção norte-americana) está de olho em uma medalha de ouro e ele está fazendo um bom trabalho também.

 

Alguns países têm jogadoras diferentes. A China tem a Zhu, a Itália a Egonu e a Sérvia a Boskovic, que são jogadoras que fazem a diferença, principalmente se os times conseguem levar o jogo ao tie-break. Aí essas jogadoras ficam mais exuberantes e recebem 70% das bolas. A Egonu está voando. Está em um momento da carreira dela excepcional.

 

Rafael Zito é jornalista formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte pela FMU. Acumula passagens pelas redações do Olimpíada Todo Dia, Terra, Federação Paulista de Futebol e, há mais de dez anos, cobre voleibol de quadra.

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