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Opinião Saque Viagem: Qual será o time olímpico feminino do Brasil em Tóquio?

Os jornalistas Paulo Chacon, Rafael Zito, Sidrônio Henrique e Vanessa Kiyan analisaram como estão as disputas pelas 12 vagas da seleção brasileira. Veja as opiniões e preferências posição por posição

Zé Roberto1 17.06 - editada

Zé Roberto comandará a seleção feminina pela quinta Olimpíada seguida (Divulgação/FIVB)

 

A equipe feminina do Brasil voltou a entrar em quadra pela Liga das Nações (VNL) nesta sexta-feira (18), quando derrotou a Coreia do Sul e se classificou ao Final Four. Com mais duas partidas pela fase de classificação do torneio, a seleção brasileira joga no sábado (19) e no domingo (20), respectivamente, contra Holanda, às 14h30 (horário de Brasília), e Turquia, às 16 horas. Desta forma, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães garante ao menos mais cinco confrontos, os últimos oficiais antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

 

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De olho na Olimpíada, marcada de 23 de julho a 8 de agosto de 2021, na capital do Japão, os jornalistas do Saque Viagem analisaram como estão as disputas pelas 12 vagas olímpicas na seleção brasileira feminina. Confira abaixo as opiniões e preferências de Paulo Chacon, Rafael Zito, Sidrônio Henrique e Vanessa Kiyan. Os quatro selecionaram suas jogadoras posição por posição e explicaram suas escolhas.

 

 

Macris 18.06

Macris é a titular da seleção brasileira na Liga das Nações (Divulgação/FIVB)

 

LEVANTADORAS:

Paulo Chacon: Macris e Roberta

Acredito que as duas levantadoras do Brasil farão sua estreia em Tóquio. Macris, que é a melhor do país na posição no ciclo, deverá ser a titular. Penso que a suplente será a Roberta. Não só pelo que vem jogando na atual temporada da seleção brasileira mas porque, para mim, na comparação com Dani Lins, ela é a atleta que tem o jogo mais diferente em relação ao jogo de Macris.

 

Rafael Zito: Macris e Roberta

A equipe feminina do Brasil possui algumas unanimidades e uma delas é Macris, a melhor levantadora do país neste ciclo aos Jogos de Tóquio. Quando saíram as convocadas e os nomes de Dani Lins e Roberta foram os únicos na briga pela segunda vaga, minha aposta foi na campeã olímpica em Londres-2012, porém, a Liga das Nações tem mostrado que a camisa 9 tem aproveitado melhor as oportunidades dadas por Zé Roberto. Após um início de VNL em igualdade, Roberta tem sido mais consistente e segura em suas aparições nas inversões de 5-1, com a capacidade de reverter de ruim para positivo o cenário de um jogo. Já Dani Lins tem cometido erros incomuns ao seu potencial e sinto que ela está com dificuldade de movimentação.

 

Sidrônio Henrique: Macris e Roberta

Com Macris absoluta na condição de titular, fica a dúvida sobre sua suplente. Roberta ou Dani Lins? Roberta cresceu bastante tecnicamente nos últimos cinco anos e vive um momento melhor do que Dani Lins, campeã olímpica em Londres-2012. O treinador certamente se preocupa com o fato de Macris jamais ter disputado uma competição desse porte. Roberta, reserva no Mundial 2018, também não aportaria muito nesse sentido. Vantagem, aqui, em tese, para Lins, como uma eventual reestruturadora em um momento de aperto. Porém, o que temos visto nas inversões na Liga das Nações é um melhor desempenho de Roberta. O técnico parece se sentir seguro com sua presença em quadra. Apesar da história de Lins na seleção, creio que o treinador vai optar por Roberta como reserva de Macris.

 

Vanessa Kiyan: Macris e Roberta

Acredito que vamos ter duas levantadoras sem experiência olímpica em Tóquio-2020, e isso de forma alguma me preocupa. Ambas são muito experientes, centradas. Macris, nossa melhor levantadora há anos, tem feito uma boa VNL. Torço para que neste último mês até a Olimpíada adquira mais entrosamento com as centrais. E Roberta, que parecia ser a terceira opção antes do início da Liga das Nações, tem ganhado na quadra o carimbo no passaporte. Em todos os jogos que teve a chance de jogar, sobretudo contra Itália e Polônia, se saiu bem. Mostrou segurança, fez boas escolhas e ajudou o Brasil a sair de situações complicadas. Pra mim, mostrou que, se o jogo da Macris não funcionar, podemos contar com ela.

 

Carol Silva 18.06

Carol Silva se preparando para executar o saque (Divulgação/FIVB)

 

CENTRAIS:

Paulo Chacon: Carol Gattaz, Carol e Bia

Penso que duas das três vagas estão mais do que certas, mas também garantidas como titulares. Apesar da idade, Carol Gattaz fará sua estreia olímpica em 2021 e colocará em quadra seu entrosamento com Macris. Além dela, Carol Silva, atleta do Dentil/Praia Clube, também está garantida entre as 12 jogadoras de Tóquio. A terceira vaga para Olimpíada, pelo que vem acontecendo nas partidas da VNL, está mais próxima de Bia. Apesar da irregularidade dentro do ciclo para o Japão, a atleta está na frente de Adenizia e Mayany, suas concorrentes, será mais uma estreante em Jogos Olímpicos.

 

Rafael Zito: Carol Gattaz, Carol e Bia

Está é, sem dúvidas, a posição mais difícil para escolher as convocadas para Tóquio. Desde que Thaisa oficializou sua aposentadoria da seleção brasileira, a preocupação aumentou e continua crescendo. Não consigo sentir firmeza em nenhum dos cinco nomes escolhidos por Zé Roberto. No entanto, os jogos realizados na Liga das Nações deixaram claro, pelo menos para mim, que Carol Gattaz está dentro. Carol Silva iniciou muito bem a VNL, mas passa por uma queda de rendimento. Mesmo assim, só não irá para Tóquio se acontecer uma grande reviravolta. E quem será a terceira entre Bia, Adenízia e Mayany? Aposto em Bia. Considero que Bia e Adenízia são as mais versáteis das três, com a primeira em vantagem por ser mais completa, pois saca e defende melhor que sua rival. E, no ataque, Bia precisa tirar o bloqueio que sente e soltar o braço. Nada me tira da cabeça que os excessos de largada são falta de confiança por causa do ombro.

 

Sidrônio Henrique: Carol, Carol Gattaz e Bia

Carol e Carol Gattaz se firmaram como preferências de Zé Roberto entre as titulares. Em seguida, o maior espaço dado a Bia é um sinal de que deve ocupar o posto de terceira central. Mayany e Adenizia foram pouco acionadas.

 

Vanessa Kiyan: Carol, Carol Gattaz, Bia e Adenízia

Esta é uma escolha polêmica. Neste momento, eu levaria quatro centrais para Tóquio-2020 e sacrificaria uma ponteira. Bia está à frente de Adenízia, mas alterna boas e apresentações mais apagadas. Carol começou muito bem, mas, contra seleções mais altas, teve dificuldade para atacar e bloquear. Carol Gattaz tem sido nossa melhor central, mas me preocupa a condição física dela. Nos últimos anos, a minastenista conviveu com muitas lesões. Como se trata de uma posição fundamental, e como acho que ainda falta mais consistência e regularidade a todas elas, prefiro ter mais opções no meio.

 

Tandara 18.06

Tandara acionada em ataque em jogo da VNL (Divulgação/FIVB)

 

OPOSTAS:

Paulo Chacon: Tandara e Sheilla

Não precisamos negar que sabemos que Tandara está nos Jogos Olímpicos e, muito provavelmente, como titular absoluta da posição. Olhando para o grupo todo, e para a ausência de Thaisa por aposentadoria, acredito que Sheilla está entre as 12. Vem entrando aos poucos nas partidas da VNL e dá para a seleção brasileira a experiência em Jogos Olímpicos, que falta.

 

Rafael Zito: Tandara, Rosamaria e Sheilla

Assim como afirmei em relação à Macris, Tandara é mais uma das unanimidades do Brasil. Inclusive, é a jogadora que pode ser decisiva na campanha da seleção brasileira em Tóquio. Aos 32 anos, a jogadora terá, enfim, a chance de brilhar como titular em uma Olimpíada. Ela está no auge de sua carreira e é a bola de segurança para as levantadoras do time verde-amarelo. É o momento de protagonismo para a camisa 11. Sua reserva imediata será Rosamaria, que se transformou em uma atleta com mais repertório, confiança e segura de seu potencial desde que foi jogar na Itália, primeiro por Perugia e depois Casalmaggiore. Ela está mostrando na Liga das Nações que alcançou a maturidade para disputar uma Olimpíada e, certamente, será bastante efetiva quando acionada. Sheilla entra também, já que, no meu ponto de vista, ela briga pela última vaga com Lorenne e Ana Cristina. Sendo assim, acho sua presença mais relevante para o Brasil.

 

Sidrônio Henrique: Tandara e Rosamaria (opção também na entrada)

Se a escolha da titular é óbvia, Tandara, a decisão sobre sua reserva deve mexer muito com a cabeça de Zé Roberto. É que o treinador insiste com Sheilla e adoraria levá-la para Tóquio, mas a realidade pede outra opção. Rosamaria tem sido efetiva nas inversões e tem agradado ao treinador. Já Sheilla tem tido dificuldade para derrubar bola. Lorenne, outra que buscava uma das vagas de oposta, quase não foi acionada. Mesmo que decida levar Sheilla, Rosamaria acabaria indo aos Jogos Olímpicos, atuando como coringa, podendo ser aproveitada tanto na saída quanto na entrada de rede. Nesse caso, quem ficaria de fora seria a quarta ponteira. Mas acredito que Zé Roberto vai optar mesmo somente por Tandara e Rosamaria.

 

Vanessa Kiyan: Tandara e Rosamaria

Tandara é a nossa bola de segurança, a nossa maior referência ofensiva. Gosto muito de como Tandara lidera a equipe, chama o jogo para si, assume as responsabilidades. Vamos precisar muito dela para chegarmos ao pódio em Tóquio-2020. Sinto que, embora tenha sido a nossa grande oposta do ciclo, ainda lhe falta uma grande conquista como protagonista na seleção. Quem sabe não seja lá em Tóquio-2020, não é? E Rosamaria é a minha segunda opção como oposta, mas também com um pezinho na entrada. A estrela do Novara-ITA mostra, rodada a rodada, que a ida dela para o voleibol italiano lhe fez muitíssimo bem. Mais madura, mais regular, Rosamaria é aquela reserva que entra e pode mudar um jogo. Tanto por seus golpes quanto por seu espírito.

 

Garay 18.06

Garay tem formado dupla com Gabi na equipe titular (Divulgação/FIVB)

 

PONTEIRAS:

Paulo Chacon: Gabi, Garay, Natália e Rosamaria

Gabi e Garay vem jogando e estão garantidas entre as 12. Natália, que seria a capitã do Brasil na VNL, também está em sua terceira Olimpíada da carreira. A quarta vaga na posição de ponteira é a mais incerta e, pelo que vem acontecendo na Liga das Nações, acredito que Rosamaria pode ser a opção escolhida. Apesar de atuar as últimas temporadas na Itália como oposta, a jogadora já foi testada na posição neste período com a seleção brasileira e foi bem. Além disso, a ida da atleta como ponteira faz com que a equipe de José Roberto Guimarães ganhe em variedade tática.

 

Rafael Zito: Gabi, Natália e Garay

O trio de ponteiras formado por Gabi, Natália e Garay é uma certeza em Tóquio. Isso só não acontecerá se, por algum motivo, Natália não conseguir se recuperar da lesão no dedo mínimo da mão. As três estão muito acima de qualquer outra jogadora da função com a nacionalidade brasileira. As duas primeiras estão jogando em alto nível na Europa e a terceira fez uma excelente Superliga. Elas são bem superiores às demais pela qualidade delas, mas também pela escassez de atletas que combinem qualidade ofensiva com de recepção. Duas delas estarão em quadra nos Jogos Olímpicos e a terceira será a substituta imediata, por isso, não acredito na ida de uma quarta ponteira de origem.

 

Sidrônio Henrique: Gabi, Natália, Garay e Ana Cristina

Na ponta, a recuperação de Natália deve colocá-la ao lado de Gabi, no sexteto inicial. Garay seria a primeira opção, em caso de substituição. Em forma, não se pode prescindir de uma atacante do nível de Natália no time titular. Já a presença da ponta Ana Cristina seria um olhar para o futuro. Em competições de tiro curto, como uma Olimpíada, raramente a quarta ponteira é acionada. Sem tanta pressão, Ana teria a oportunidade de vivenciar a maior competição esportiva do mundo, partindo para o próximo (e mais curto) ciclo olímpico. Paris-2024 será a vez dela, talvez como titular. Ir como reserva aos Jogos de Tóquio pode significar muito para essa atleta tão promissora, pode acrescentar muito à sua carreira. É nesse olhar, visando o futuro, em que aposto.

 

Vanessa Kiyan: Gabi, Natália e Fê Garay

Antes do início da VNL, eu confesso que temia pela falta de uma ponteira como Jaqueline e Amanda, mais especialistas no fundo de quadra. Mas Gabi e Fê Garay têm ido muito bem e dado uma boa estrutura ao jogo da seleção, ainda que não tenhamos enfrentado saques da potência dos de Paola Egonu e Tijana Boskovic. Natália é extremamente necessária para dar mais poder de fogo ofensivo, algo que faltou, por exemplo, contra a China. Espero que se recupere plenamente da lesão no dedo mínimo da mão esquerda.

 

Brait 18.06

Camila Brait em vantagem e deve jogar sua primeira Olimpíada (Divulgação/FIVB)

 

LÍBERO:

Paulo Chacon: Camila Brait

Não existem dúvidas na posição de líbero. Após um período afastada, Camila Brait está com um pé e meio em Tóquio. É a melhor atleta que o Brasil tem na posição e vem mostrando a cada rodada e semana da VNL que está pronta para os Jogos Olímpicos.

 

Rafael Zito: Camila Brait

Chegou a vez de Camila Brait! Depois de ser cortada já treinando com as companheiras em Londres-2012 e da exclusão da lista final da Rio-2016, a líbero do Osasco São Cristóvão Saúde chegou a se aposentar da seleção brasileira. Entretanto, voltou atrás e é hoje, disparada, a jogador mais completa da posição, um composto de qualidades técnicas e táticas e virtudes psicológicas, com maturidade para sustentar momentos complicados. Neyme é uma jogadora de muito talento e com futuro promissor, mas, em 2021, Brait é imbatível.

 

Sidrônio Henrique: Camila Brait

Camila Brait era, desde o final de 2019, quando Leia anunciou durante a Copa do Mundo que disputava sua última competição pela seleção, nome certo na próxima Olimpíada. E a líbero do Osasco vem sendo consistente, em um grande momento da carreira.

 

Vanessa Kiyan: Camila Brait

Vai que é sua esta Olimpíada, Brait. Nossa melhor líbero, acho que vive o momento mais pleno dentro da seleção. Tem sido uma das jogadoras mais regulares do Brasil na VNL, liderado o nosso fundo de quadra com brilhantismo. Está aí uma posição em que não precisamos nos preocupar.

 

 

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